Quais esportes são indicados para a idade do seu filho? – São Paulo para Crianças

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Fotos: Reprodução / Divulgação
Dra Danielle H. Admoni
Atualizado em 03/10/22
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Praticar esportes é uma atividade saudável que deve ser inserida na vida das crianças desde pequenas. Além de ser uma ótima forma de fazer amigos e estimular o desenvolvimento físico, mental e emocional, esse hábito também é um excelente aliado no combate à obesidade infantil, que hoje afeta 7,2 milhões de crianças e adolescentes atendidos no Sistema Único de Saúde, de acordo com dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional do Ministério da Saúde
Um estudo realizado na Universidade da Califórnia (EUA), revelou ainda que as crianças que praticam esportes em grupo são menos propensas a desenvolver sinais de ansiedade, depressão, retraimento, problemas sociais e de atenção. A pesquisa contou com dados de mais de 11 mil voluntários e foi publicada na revista Plos One.
“As atividades coletivas contribuem também para o reconhecimento de hierarquias, respeito e disciplina. A disputa saudável ajuda os jovens a saberem lidar com frustrações relacionadas a perdas, contribuindo com o amadurecimento”, destaca Danielle H. Admoni, psiquiatra geral, da infância e adolescência, preceptora na residência da Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria).
A psiquiatra reforça ainda a importância dos esportes no tratamento de transtornos como déficit de atenção, dislexia, e no controle de posturas agressivas.
No entanto, nem todo esporte é recomendado para as crianças. É preciso ficar atento à faixa etária adequada para garantir que os pequenos tenham um bom desenvolvimento.
Confira abaixo as dicas de atividades esportivas da psiquiatra Danielle Admoni para três faixas etárias: 2 a 5 anos, 6 a 9 anos e 10 a 12 anos.
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A coordenação motora fina só se desenvolve nas crianças a partir dos 6 anos. Sendo assim, os pequenos de 2 a 5 anos ainda possuem a atenção e o equilíbrio limitados. Da mesma forma como a visão e a capacidade de seguir objetos em movimento ainda estão em desenvolvimento. 
Para essa fase da infância, são indicadas atividades que não exijam muita coordenação motora, como correr, nadar, rolar, dar cambalhotas, jogar e pegar objetos.
“As habilidades podem ser aperfeiçoadas, mas não dependem de um esporte organizado e com regras. Nessa idade, as crianças aprendem explorando, experimentando e copiando as pessoas. As atividades devem ser estimuladas por meio de demonstrações e ter tempo pré-determinado. Evite atividades competitivas e, de preferência, participe com seu filho”, pontua a psiquiatra.
Aos 6 anos, a maioria das crianças já possuem habilidades motoras suficientes para esportes mais organizados, com regras e em grupo. As regras deixam de ser aleatórias e centradas na própria criança.
Porém, é comum que ainda falte coordenação entre os olhos e as mãos. É possível também que a criança ainda não consiga entender ou lembrar de todas as regras e estratégias de determinados esportes em equipe.
Sendo assim, para essas crianças são indicados esportes com regras mais flexíveis e habilidades mais básicas, como correr, nadar, pedalar, fazer artes marciais, ginástica olímpica, dança, futebol ou tênis. Procure evitar esportes que precisam de tomadas de decisão rápidas, reflexos apurados e estratégia de equipe, como basquete, handebol e vôlei.
“As regras devem ser adaptadas para promover ação e participação, sem focar em competitividade, mas em desenvolvimento de novas habilidades. O material e as condições do jogo também devem ser de acordo com a faixa etária: bolas pequenas, campos menores, tempos mais curtos, menos jogadores e mudança frequente de posições”, afirma Danielle.
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Nesta faixa etária, em sua maioria, as crianças já conseguem realizar atividades mais complexas que exigem habilidades motoras e cognitivas, além de entender as estratégias de jogo individual ou em equipe.
Porém, o foco ainda deve ser em desenvolvimento, diversão e participação, não em competição. Vale lembrar que, neste período, muitos já podem estar na puberdade. Ou seja, isso influencia no esporte adequado, pois pode haver crianças muito maiores, mais fortes e mais pesadas do que outras da mesma idade.
Por isso, o ideal é que as crianças joguem com outras no mesmo estágio de desenvolvimento, para não ter desvantagem. Estas devem ser encorajadas a participar de esportes que não dependem tanto do seu tamanho, como tênis, natação, artes marciais, ginástica olímpica e dança.
Esportes de saltos devem ser evitados antes dos 11 anos e os mais competitivos somente após os 12, 13 anos. Já a musculação só é indicada após o estirão de crescimento e deve ser feita sob orientação especializada.
“Lembrando que é fundamental que a criança sinta prazer na atividade física praticada, e não que esteja fazendo só porque é modinha entre os colegas ou, principalmente, que tenha sido imposta pelos pais. O ideal é oferecer as opções de acordo com a idade do seu filho, permitir que ele as experimente e escolha a que mais se identificou. Se a criança praticar um esporte que não lhe proporcione alegria, bem-estar e satisfação, além de afetar seu psicológico, é capaz que, futuramente, ele se torne um indivíduo avesso às atividades físicas e, por consequência, uma pessoa sedentária”, alerta a psiquiatra.
Sobre Dra Danielle H. Admoni:
Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP.
Sobre Dra Danielle H. Admoni:
Dra. Danielle H. Admoni, psiquiatra da Infância e Adolescência na Escola Paulista de Medicina UNIFESP e especialista pela ABP.
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Atenção: Todas as informações são de responsabilidade dos organizadores do evento e estão sujeitas a modificações sem prévio aviso. As informações foram checadas pela equipe de reportagem do São Paulo para Crianças em 03/10/22. Antes de sair de casa, confirme os dados com o destino, para evitar imprevistos
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