Bia Kicis diz que críticas a Bolsonaro não passam "de papo furado" – Correio Braziliense

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Deputada federal mais votada no DF nas eleições do último domingo, com 214.733 votos, Bia Kicis participou ontem do CB.Poder, uma parceria do Correio e da TV Brasília. Em entrevista a Denise Rothenburg, a parlamentar explicou que o foco nas próximas semanas será na campanha de reeleição de Jair Bolsonaro (PL). Bia Kicis afirma que a estratégia é desconstruir as críticas a Bolsonaro. Segundo ela, não passam de “papo-furado”. Kicis revela, ainda, interesse em disputar o Senado ou o GDF em 2026. Leia, a seguir, trechos da entrevista.
É claro que tem aí a força do presidente Bolsonaro no Distrito Federal, porque as pessoas me identificam muito com ele — e com razão. Mas tem também, é claro, o reconhecimento do meu trabalho, porque outros deputados próximos também do presidente Bolsonaro não conseguiram se reeleger em seus estados. Tem o reconhecimento da minha atuação como a primeira mulher a presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), trabalho que fiz com seriedade e dedicação. Houve esse reconhecimento do povo, e eu tenho muito a agradecer.
Nós temos que entender o que está acontecendo no Nordeste. E a melhor forma de entender é estar lá, conversando com as pessoas, dialogando com o povo. Queremos conversar com as mulheres simples da Bahia. Aquelas que dependem de auxílios, por exemplo. Elas estão recebendo do governo, mas muitas vezes não recebem a informação correta. Queremos conversar com as mulheres que cuidam dos seus filhos, para que elas entendam que a política do presidente Bolsonaro é uma política pró-família, pró-vida. Mas, para isso, é preciso que a informação chegue lá, na ponta.
Acredito que sim. A Damares tem uma presença muito forte no Nordeste. Ela mobiliza, não é? E eu já tenho um perfil um pouco diferente, acho que a gente se complementa. Então, vai ser muito importante essa nossa ida. Nessa largada do segundo turno, até agora o presidente tem recebido apoios. Hoje (ontem) a campanha começa efetivamente. E nós vamos dar essa largada em Vitória da Conquista. Fazendo aqui um trocadilho, é para que a gente conquiste a vitória.
A gente sabe que está difícil, que o salário está curto. Agora, imagina se não fosse um governo tão competente para lidar nessa situação do pós-pandemia e de guerra? Como é que nós estaríamos? Basta olhar para os nossos vizinhos e ver como os governos aliados ao Lula estão lidando na Argentina, na Colômbia, no Chile, na Venezuela. É o caos. No Brasil, apesar de toda a dificuldade, que a gente reconhece, o povo está começando a ver uma melhora, começando a respirar. Os preços estão caindo.
Esse discurso só existe porque é acompanhado por parte da mídia, por parte da OAB, por algumas instituições que estão completamente aparelhadas. Ontem eu estava ouvindo um programa de TV e, sinceramente, dá vontade de vomitar. Estavam defendendo ministros do Supremo que estão violando a Constituição: abrindo inquéritos ilegais, mandando prender deputado, interferindo no poder do presidente, na atribuição constitucional dele de nomear diretor da PF, entrando em contas de empresários, bloqueando só porque eles apoiam o presidente da República. Essa parte da mídia fica dizendo que quem é antidemocrático é o presidente.

Essa mentira não se sustenta. Quem o Lula defende? O presidente da Argentina, o presidente da Venezuela, o Daniel Ortega, da Nicarágua, um país onde estão fechando igrejas, fechando emissoras de TV. Isso é só narrativa, papo-furado. E você vence o papo-furado com a verdade.
Tem que mostrar que eles editaram. Por exemplo, aquelas coisas de dizer que ele imitou a pessoa (tossindo). Não, ele estava falando como era a política do Mandetta, que era o ministro da saúde. Deixa a pessoa ficar em casa até ela não ter ar… Aí ele mostrou como era o sufoco de uma pessoa sem ar. Ela vai para o hospital para quê? Para ser entubada e morrer? Então, ele estava contestando essa política. Ele não estava debochando.
Gente, vamos olhar os fatos. Aquela história “não sou coveiro”, ele realmente falou no momento que estava sendo atacado pela mídia. Mas aqui no Brasil, naquele momento, estava todo mundo transtornado. Ninguém sabia com o que a gente estava lidando, e, às vezes, o presidente fala umas bobagens. Eu não aplaudo as bobagens que ele fala, mas eu aplaudo o governo que ele faz. Então, um governo que deu, sim, vacina pra todo mundo. A primeira vacina foi distribuída no mundo em dezembro de 2020. Em janeiro de 2021, aqui no Brasil, já se estava dando vacina.
As universidades, infelizmente, os professores nem quiseram dar aula. Durante a pandemia, ficou todo mundo em casa. E até hoje tem gente que não quer voltar a dar aula. Então, se não está tendo aula, não precisa de tanto recurso. E mais, os recursos, eles podem ser utilizados onde são mais necessários. Se o pessoal das universidades, infelizmente, quer fazer pesquisas voltadas, por exemplo, só para questões que não vão trazer nenhum benefício pro Brasil, questões ideológicas, eu não vejo por que você ficar patrocinando esse tipo de pesquisa.
As universidades merecem um olhar especial. Mas infelizmente, hoje, o que a gente vê é o Supremo Tribunal, por exemplo, adotando uma tese de que a autonomia universitária permite que as universidades sejam terra de ninguém. Eu me formei pela UnB, uma universidade pública. Eu nem reconheço a UnB quando eu vou lá. É um absurdo aquilo ali, é um campo para formar militância. Nós queremos universidades sérias, que possam formar pessoas e devolver à sociedade algum benefício pela gratuidade que elas têm no seu estudo.
Não. Na verdade, o que há hoje é uma invasão de competência do Supremo sobre o Legislativo e o Executivo. Não queremos isso. Ainda mais eu, que sou uma pessoa de formação jurídica. Eu me formei aprendendo a ter admiração pelo Supremo. É uma instituição importantíssima. Hoje, me dói ver ministros sendo achincalhados. O Supremo hoje é a instituição menos respeitada pela população brasileira. A não ser por aqueles que aplaudem, né? Porque acham bonito perseguição de inimigo, acham bonito ver ministros do Supremo fazendo política. Eu não acho isso bonito nem democrático.
Sabe o que eu espero, sinceramente? Que só o fato de o presidente ter mostrado a força dele, de ter conseguido a eleição de 20 senadores aliados, de governadores, seja suficiente. Espero que, com isso, os ministros do Supremo façam uma reavaliação — aqueles que estão abusando da sua autoridade — e retrocedam.
É possível. Quero ver como o eleitorado vai se comportar com relação a isso, porque as pessoas me pedem muito. Vem para o Senado, Bia, vai para o governo. Eu digo o seguinte: para o Senado, desta vez eu não tinha como vir, porque eu estou no partido da Flávia Arruda, ela é presidente do partido e já havia se lançado. Depois surgiu a Damares, que é também uma pessoa de alinhamento muito forte com o presidente Bolsonaro. Então não faria menor sentido eu disputar com a Damares. Daqui a quatro anos, são duas vagas, né? Então é, sim, possível que eu queira concorrer. Eu tenho vontade de ir pro Senado.
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