Ministério Público recomenda e prefeito de Vitória exonera presidente da CDTIV – ES Hoje

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Pelo menos três cargos de comando no Governo Lorenzo Pazolini (Republicanos) na prefeitura de Vitória estão em situação provisória. Em exercício estão Luciano Forrechi na secretaria de Governo, Anna Claudia Dias na Desenvolvimento da Cidade e Habitação, e por último, Valderene Correa Vasconcelos na Companhia de Desenvolvimento, Turismo e Inovação de Vitória (CDTIV).
Evandro Figueiredo Boldine foi destituído da presidência da Companhia. Desde 26 de setembro ele não responde mais pela empresa municipal de administração indireta. Embora seja reconhecido um dos maiores cabos eleitorais e aliados dos Republicanos, ele se dedicou na reta final à campanha de Erick Musso a senador e Amaro Neto a deputado federal. Contudo, sua saída teve isso apenas como cortina de fumaça. O real motivo é que a sua ocupação neste cargo seria ilegal.
Segundo denúncia pr meio de ação popular, em julho, à 4ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Municipal, Registros Públicos, Meio Ambiente e Saúde, quanto assumiu o comando, Evandro Figueiredo não tinha curso superior completo, havia sido dirigente partidário e concorreu a vereador num prazo inferior a 36 meses.
O estatuto da CDTIV impõe, inclusive, que a presidência seja de pessoa sem filiação partidária e ter experiência profissional. “Eu estou tranquilo. Saí para atuar na campanha e para resolver isso sem dar dor de cabeça ao prefeito Pazolini. Isso não vai dar em nada porque eu tenho provas que derrubam todas as afirmações da denúncia”, garantiu o, agora, ex-presidente.
Figueiredo concorreu a vereador pelo Republicanos, partido do prefeito, em 2020, quando declarou – de próprio punho – que tinha curso superior incompleto e que sua ocupação era “empresário”. Ele assumiu como diretor-presidente em 4 de fevereiro deste ano, mas concluiu faculdade à distância somente em 18 de junho de 2022.
Em 16 de setembro o promotor de Justiça Rafael Calhau Bastos assinou notificação recomendatória destacando que há fortes indícios de que a nomeação foi em desacordo com os requisitos normativos exigidos para indicação do cargo. E recomendou que a prefeitura procedesse o desligamento de Figueiredo em 72 horas, mas o ato da exoneração foi publicado no Diário Oficial do Município de 30 de setembro.
“Isso não vai dar em nada e pode ser que eu volte. Mas pode ser que eu siga por outro caminho. Agora é responder isso com tranquilidade e concluir o trabalho que fizemos na campanha de Amaro e Erick Musso”, finalizou Evandro Figueiredo.
A prefeitura de Vitória foi procurada para comentar a mudança, mas não respondeu até a publicação da matéria. Antes de assumir a Companhia, ele foi subsecretário de Governo na atual gestão em Vitória, bem como já ocupou cargos comissionados na Assembleia Legislativa e Governo do Estado na Gestão Paulo Hartung.

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