Dos fan tokens aos jogos NFT, futebol brasileiro mergulha no universo dos criptoativos – LANCE!

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LANCE! conversa com especialistas em inovação e traz detalhes da entrada dos criptoativos na indústria do esporte no Brasil
Indústria do futebol faz aposta nos criptoativos (Foto: Divulgação/Pay Sports)
O mundo de criptoativos, também conhecidos como moedas virtuais, é cada vez mais palpável entre clubes brasileiros. As opções vão de fan tokens, jogos NFT (abreviação de “Non-Fungible Token”, que em português significa “Token Não-Fungível”), interações no metaverso e uma infinidade de possibilidades a serem exploradas.

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Com um potencial de crescimento ainda desconhecido e muito a explorar, alguns formatos começam a ganhar força e capilaridade no cenário nacional. É o caso dos fan tokens.

Felippe Ribbe, diretor geral da Sócios.com (empresa que ainda será melhor apresentada a você, leitor, na sequência), enxerga com empolgação o futuro desse mundo digital.

– O potencial de crescimento é enorme, inclusive dentro dos clubes em que já trabalhamos. Ainda estamos numa fase de apresentar e detalhar os benefícios dos fan tokens. Ainda há um entendimento confuso do público – disse Ribbe, em entrevista ao LANCE!.

Desde agosto do ano passado os fan tokens começaram a surgir por aqui. O primeiro clube a aderir ao movimento foi o Atlético-MG e, na próxima segunda-feira, o Bahia se juntará ao “Grupo dos Nove”. Estão entre eles: Flamengo, Fluminense, Vasco, São Paulo, Corinthians, Palmeiras, Atlético-MG, Internacional e o próprio Bahia.

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Todos com parcerias firmadas com a plataforma Sócios.com – que faz a ponte nesse mercado de ativos digitais entre o torcedor e o clube por todo o mundo.

Com muitas novidades, a interpretação do torcedor as vezes fica confusa. Os fan tokens não funcionam como uma criptomoeda. Ou seja, seu objetivo não é a valorização ou desvalorização do token em si. E, sim, a continuidade de um constante programa de benefícios que são oferecidos aos detentores do ativo digital.

– Os fan tokens são tokens utilitários. Eles têm variação de preço, mas isso não influencia na utilidade dele. O cliente pode vender isso num mercado secundário dentro do app. O usuário ganha pontos ao utilizar o app e esses pontos poderão ser convertidos em vários prêmios. Quando você resgata, por exemplo, um ingresso da final da Copa do Brasil. Você só gasta seus pontos acumulados, os fan tokens seguem ativos. Você só deixará de tê-los quando decidir vende-los – explica Ribbe.

Apesar da expansão constante, não há planos, no momento, de novos clubes aderirem ao programa de fan tokens. A meta da Sócios.com, por ora, é melhorar a relação com os usuários e explorar novos caminhos com os times que já tem acordo.
MUNDO DOS NFTs

Um token é um símbolo eletrônico que representa um bem. Ele tem características únicas e não pode ser substituído por outra coisa. A ideia dos NFTs se relacionarem com os clubes começa a explorar o mundo dos jogos virtuais. Uma nova experiência, seguindo formato semelhante ao de games do passado, como o Brasfoot ou, até mesmo, o clássico Fifa – queridinho dos videogames.

A diferença é que o NFT carrega consigo um valor monetário e pode ser carregado pelo usuário mundo digital a fora, não ficando restrito àquele jogo. Na esteira dessa alta procura por oportunidades no mundo digital, surgiu o Futster.

O jogo fechou parceria com o Flamengo e pretende aproveitar a imagem do clube de maior torcida do Brasil para quebrar a barreira do desconhecido entre o grande público de torcedores do futebol nacional.

– A principal diferença é que você consegue gerar ativos digitais únicos que nenhum outro jogo tem. Você costuma ficar fechado naquele ciclo. Já agora o usuário pode explorar aquele ativo, seja para revenda ou para criar outras plataformas. O ativo é do usuário, ele pode utilizar como bem entender. Os clubes têm participação em royalties de todas as vendas relacionadas às vendas dos clubes. Quanto mais certo o game vender, mais os próprios clubes vendem – relata Bruno Natal, diretor criativo da Futster.

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O jogo segue uma premissa simples em que o usuário cria uma conta, sem precisar colocar qualquer dinheiro do mundo real, e ganha 11 jogadores para montar seu time. Com os craques em campo, o usuário pode se inscrever em torneios online e, então, começar a ganhar a moeda do jogo – que poderá ser trocada nos mercados digitais por dinheiro real.

– Os usuários compram os envelopes e tiram os cards. Com os cards você monta seu próprio time e vai se inscrevendo nos campeonatos para enfrentar outros usuários. O jogo é automático, então, as ações e vitorias são simuladas baseadas nos cards que cada um tem – complementa Natal.

Os NFTs também podem trazer melhorias que a muito tempo tentam ser combatidas sem sucesso, como o cambismo. É a opinião de Ribbe:

– Vejo muitas possibilidades com os NFTs, até mesmo para utilização de ingressos. Isso coíbe o abuso dos cambistas, podendo ser rastreado quem vende para quem e controlar o comércio paralelo, obrigando taxas nesse mercado secundário ou impedindo revendas abusivas – explica.

Diante do leque aberto para novas possibilidades, é certo dizer que o mundo dos criptoativos está mais presente do que nunca nos clubes nacionais. E a expectativa é que os times passem a se tornar donos das próprias plataformas.

– Os dados são o novo petróleo e os clubes precisam ter os dados dos torcedores. É o futuro – finaliza Ribbe.

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