Rogério Ceni fala sobre futuro no São Paulo, apego ao clube e dispara: 'Eu investiria para sanar as dívidas' – LANCE!

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Treinador do Tricolor paulista falou sobre sua permanência na equipe e saiu em defesa dos jogadores após derrota em casa contra o Botafogo
A coletiva de imprensa de Rogério Ceni após a derrota do São Paulo no Morumbi, por 1 a 0 para o Botafogo, teve como principal tema o seu futuro na equipe e a projeção para a próxima temporada. O treinador afirmou que pretende continuar no clube, pelo menos, até 2023. De acordo com a sua fala, é uma decisão bilateral. Ou seja, não depende só dele, mas também da direção.

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 – Eu gostaria de cumprir até o ano que vem. Nada impede que eu saia antes, tem uma multa bilateral no contrato. O clube pode querer que eu não fique. Quantos treinadores fecham o ano? Três ou quatro que conseguiram terminar e começar o ano. Se não tivermos opções e times que consigam competir, as pessoas não querem saber o momento, as dívidas. As pessoas querem saber se ganha ou não ganha. Se ganha, é bom. Se não ganha, não serve. Não é uma coisa só minha. Nós temos que apresentar resultados. Se não apresentar, não faz sentido nem para o clube e nem para mim continua – explicou.
Ao ser questionado sobre o efeito do fracasso da Copa Sul-Americana, Ceni alegou que, ao seu ver, o elenco controla a maioria dos jogos que disputa, mas que o baque é nítido.

– A frustração de todos é não ter conquistado a Sul-Americana. Infelizmente perdemos um jogo importante que nos daria essa vaga na Libertadores e um título importante. Isso tem pesado. Conseguimos uma boa vitória contra o América. O clube também tem o direito de definir. É bilateral. Às vezes você quer ficar e os outros não e vice-versa. A cada jogo fazemos uma análise. Acho que o time, dentro do que temos, controla a maioria dos jogos. Raríssimos jogos deixamos de controlar a partida e ter chances para avanços, especialmente no Morumbi – completou.
Ídolo no São Paulo em sua época de goleiro, o treinador sempre costuma demonstrar bastante carinho e apego ao time. Durante sua entrevista pós-jogo, Rogério Ceni chegou até a disparar que, se tivesse condições, investiria no São Paulo e compraria o clube para sanar as dívidas que o Tricolor enfrenta, estimadas em mais de R$ 700 milhões.

– Tenho um carinho enorme pelo clube que me projetou. Tento devolver o que me deram ao longo dos anos. Mas, logicamente, as pessoas que administram o clube têm responsabilidades de fazer escolhas e ver o que é possível fazer. Não adianta achar que do dia para a noite vai mudar. Se eu tivesse R$ 1 bilhão, R$ 2 bilhões, eu investiria no São Paulo para sanar todas as dívidas, comprar o clube e administrar. Mas eu não tenho, não posso fazer. Tenho que trabalhar. Talvez fosse o maior favor que eu poderia fazer para o clube, mas eu não tenho condições – disse.
Rogério Ceni também esclareceu sobre as projeções para o próximo ano. De acordo com Ceni, o São Paulo não detém recursos para a contratação de novos jogadores e nem definição que envolva o futuro de atletas em situação de fim de contrato.

– Grande parte do elenco tem contrato para 2023. É que no momento não parece ter verba para contratação de novos jogadores. Não parece ter definição com jogadores com contrato vencendo. Existe planejamento, não está tudo largado. Como em todos os clubes, saídas e chegadas acontecerão – explicou.
No próximo domingo (16), o São Paulo encontra o Palmeiras pelo Campeonato Brasileiro no Allianz Parque. Rogério Ceni também falou sobre este confronto, destacando a dificuldade da partida.

– Agora temos jogo difícil. Palmeiras é sempre complicado. Uma semana para trabalhar, ausência de dois jogadores, Léo e Rafinha, vamos tentar treinar uma equipe que possa tentar criar dificuldades ao palmeiras. Eles fazem o melhor, nós da comissão, a direção tenta dar as melhores – disse.

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