Quanto custa para produzir um carro de Fórmula 1? – AutoPapo

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A Fórmula 1 é um dos esportes mais caros do mundo e o custo para produzir um carro pode passar dos R$ 50 milhões
O automobilismo é um dos esportes mais caros do mundo a ser praticado e, quando falamos em cifras, a F1 certamente lidera esse segmento. As peças utilizadas em um carro de Fórmula 1 são as mais modernas e eficientes possível para que isso se traduza em desempenho na pista e, por isso, é de se imaginar que o custo para construir um bólido para a categoria seja extremamente alto.
Para se ter uma noção, as equipes de ponta, como Mercedes e Ferrari por exemplo, chegavam a gastar bilhões de reais em uma temporada antes da implementação do teto orçamentário em 2021. Em 2020 a marca alemã confirmou que gastou algo na bagatela dos 333,2 milhões de libras (R$ 1,92 bilhão na cotação atual) – isso, claro, considerando desenvolvimento e atualização dos carros, salário de funcionários, transporte etc.
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Para nivelar o grid e dar mais chances para as equipes pequenas, a categoria implementou um teto orçamentário que em 2021 foi de U$ 145 milhões (aproximadamente R$ 755,4 milhões) e reduziu para US$ 140 milhões (R$ 729,4 milhões) esse ano.
No entanto, o custo da produção de um carro de Fórmula 1 continuou alto. Mas quanto exatamente?
É difícil cravar precisamente o custo de cada componente utilizado em um carro de Fórmula 1, já que a planilha das equipes não são divulgadas ao público e um monoposto possui aproximadamente 14.500 peças. No entanto, a equipe Red Bull divulgou em seu site o custo dos principais componentes do carro.
Se os 50 mil euros (R$ 253 mil) do volante extremamente tecnológico e cheio de botões te surpreendem, espere até saber quanto custa as frágeis, mas extremamente eficientes, asas traseiras e dianteiras.
A começar pela parte principal, e também mais cara: o motor. Ao longo do ano as equipes têm direito, por regulamento, ao uso de três unidades de potência – se necessário elas podem utilizar mais, mas isso acarreta em punições no gird. A estimativa é que cada motor custe algo na casa dos 10 milhões de euros (R$ 50,6 milhões)
O motor é composto, basicamente, de três partes: a parte de combustão interna, e outras duas partes híbridas, chamadas de MGU-K e MGU-H, sendo a última a mais complexa e responsável por elevar o preço do propulsor.
As asas dianteiras e traseiras, aquelas extremamente frágeis que se danificam com quase qualquer contato, mas que são importantíssimas para a aerodinâmica também não são nada acessíveis. O conjunto, pode chegar à bagatela dos 200 mil euros (R$ 1,01 milhão).
O chassi de um carro de Fórmula 1 é construído quase que em sua totalidade em fibra de carbono para reduzir o peso e, por isso, não custa menos que  600 mil euros (R$ 3,03 milhões). O sistema de transmissão e câmbio fica na casa dos 440 mil euros ( R$ 2,22 milhões).
Os pneus, que apesar de parecerem não têm nada de simples, também não ficam baratos, já que, atualmente, o jogo custa 2,4 mil euros (R$ 12,1 mil).
O halo, componente fundamental para a segurança dos pilotos que parece uma alça de chinelo, também pesa no bolso das equipes: 15 mil euros (R$ 75,9 mil). A peça é produzida em titânio grau 5, um material leve que tem alta resistência mecânica e oferece uma desejável relação de resistência/peso. Tudo isso é feito em uma estrutura que pesa apenas 7 kg. Os crash tests oficiais da FIA determinam que a peça suporte um peso de 12 toneladas por cinco segundos sem danificar sua estrutura.
Somando esses, que são os principais componentes, é necessário pelo menos 11,18 milhões de euros (R$ 56,6 milhões) apenas para tirar o veículo da garagem. Se considerar ainda o valor de peças como sistema hidráulico, tanque de combustível, assoalho e afins o valor pode se aproximar dos 15 milhões de euros (R$ 75,9 milhões).
O carro de Fórmula 1 mais caro já vendido é, nada menos que o Mercedes W196 que levou o pentacampeão Juan Manuel Fangio ao segundo título mundial em 1954.
O exemplar foi vendido durante o festival de Goodwood, na Inglaterra, em 2013 e foi arrematado no leilão por 19,6 milhões de libras (que, na cotação atual, corresponde a R$ 113 milhões).
Apesar de ser um carro extremamente antigo, com menos tecnologia e peças mais simples do que as encontradas nos Fórmula 1 atuais, tem alguns fatores que explicam o valor do modelo alemão.
Além de ter pertencido a uma das lendas do esporte, o que por si só já o valoriza bastante, o W196 também marcou o retorno da Mercedes Benz às competições e à categoria após a Segunda Guerra Mundial.
Ademais, foi o primeiro carro de corrida a trazer rodas descobertas e é equipado com um motor 2.5 de oito cilindros. Ele também trouxe algumas inovações para a época, como injeção de combustível, suspensão independente nas quatro rodas e estrutura multitubular.
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