Guerra na Ucrânia completa sete meses neste sábado – Jovem Pan

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Organização das Nações Unidas confirmou mais de 8,6 mil civis feridos e quase 6 mil mortos desde o início da invasão russa
Neste sábado, 24, a guerra na Ucrânia completa 7 meses de duração. Neste período, a Organização das Nações Unidas (ONU) confirmou mais de 8,6 mil civis feridos e quase 6 mil mortos, incluindo 379 crianças. O Alto Comissariado de Direitos Humanos da ONU ressaltou que os números reais são bem mais altos. O total de mortes de militares na guerra é difícil de calcular pois Rússia e Ucrânia não divulgam dados oficiais pro razões de segurança. O governo russo alega que perdeu menos de 6 mil soldados em ação. Enquanto o Pentágono estima 15 mil fatalidades no exército da Rússia. O Kremlin afirma ainda que matou ou feriu mais de 110 mil militares ucranianos, mas o governo de Kiev fala em 10 mil mortos e 30 mil feridos. O sofrimento causado pela guerra não se limita ao território ucraniano. Em todo o mundo a população percebe a disparada do preço internacional do petróleo e do gás natural. Além de pesar no bolso dos motoristas, a inflação dos combustíveis encarece todos os bens e serviços que dependem de transporte. A escalada nos preços dos alimentos é outra grave consequência da crise militar na Europa. Os dois países envolvidos na guerra estão entre os principais produtores de grãos do planeta. A Rússia é a maior exportadora mundial de trigo, representa mais de 18% do comércio internacional desse produto e também lidera o comércio global de fertilizantes. Diante do crescimento vertiginoso no custo de vida, a ONU reforça alertas para o risco de uma severa crise alimentar no mundo. O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um novo apelo aos países na cooperação contra a fome.

“Para aliviar a crise mundial dos alimentos nós precisamos abordar com urgência a crise no mercado global de fertilizantes. Esse ano o mundo tem comida o suficiente, e o problema é a sua distribuição. Mas se o mercado de fertilizantes não for estabilizado, o problema do ano que vem pode ser a própria oferta de alimentos”, declarou Guterres na Assembleia Geral da ONU. As notícias mais recentes da guerra são pouco animadoras. No Leste da Ucrânia, perto da fronteira com a Rússia, a cidade de Kharkiv é alvo frequente de ataques russos e contra-ataques ucranianos. Na cidade de Zaporizhzhia, os bombardeios recorrentes perto de uma usina nuclear fortalecem o medo de um novo desastre atômico. Também no Leste Ucraniano, foi descoberta uma vala coletiva com quase 450 corpos perto da cidade de Izium, o que gerou reação enérgica dos países ocidentais, que preparam um novo pacote de sanções contra a Rússia. Na mesma região, autoridades encontraram uma suposta câmara de tortura de prisioneiros ucranianos.
Ainda assim, a resistência ucraniana desafia as investidas do exército russo e o Kremlin escala esforços para manter a máquina de guerra no país vizinho. Na última semana, o presidente Vladimir Putin anunciou a convocação de até 300 mil reservistas para integrar os batalhões. Protestos em reação à medida foram repreendidos pelas forças policiais e uma ONG de direitos humanos estima mais de 1.300 manifestantes presos. Com medo de serem convocados para uma guerra que não apoiam, homens russos têm deixado o próprio país em direção à Finlândia, Sérvia e Armênia sem previsão de voltar para casa.

*Com informações do repórter Bruno Caniato

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