Campanha de Lula divulga novo vídeo ligando Bolsonaro a pedofilia – Poder360

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TSE proibiu a divulgação de trechos da entrevista concedida pelo presidente sobre meninas venezuelanas
A campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a divulgar conteúdos associando Jair Bolsonaro (PL) a prática de pedofilia. A divulgação vem depois de o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) proibir publicações com o trecho da entrevista concedida pelo presidente sobre meninas venezuelanas.
O vídeo foi divulgado na noite de 2ª feira (17.out.2022) pelo canal Evangélicos com Lula, que está listado como um dos veículos oficiais de campanha do candidato no DivulgaCand, plataforma do TSE. O vídeo e a mensagem sobre o tema estavam disponíveis no canal até às 7h30 desta 3ª feira (18.out). No entanto, foram apagados em seguida.
O conteúdo com o título “O vídeo que o Bolsonaro não quer que você assista” afirma que o presidente já disse ter “interesse” em meninas menores de idade.  O material tem trechos de vídeos do presidente falando sobre suposta prostituição infantil de meninas venezuelanas e outras declarações sobre o tema.
Assista ao vídeo divulgado pelo canal Evangélicos com Lula (1min59s): 

Em outra mensagem, a campanha diz que o vídeo não foi retirado de contexto, e que o presidente teria utilizado a expressão “pintou um clima” com conotação sexual ao falar de meninas venezuelanas.

Bolsonaro foi alvo de críticas nas redes sociais no sábado (15.out) e associado à pedofilia, assunto que esteve entre os mais comentados do Twitter.
A entrevista foi concedida por Bolsonaro na 6ª feira (14.out) ao canal Paparazzo Rubro-Negro, no YouTube.
No programa, ele diz: “Eu parei a moto em uma esquina, tirei o capacete e olhei umas menininhas, 3, 4, bonitas, de 14, 15 anos, arrumadinhas em um sábado numa comunidade. E vi que eram meio parecidas. Pintou um clima, voltei. ‘Posso entrar na sua casa?’. Entrei. Tinham umas 15, 20 meninas, sábado de manhã, se arrumando. Todas venezuelanas. E eu pergunto: meninas bonitinhas de 14, 15 anos se arrumando no sábado para quê? Ganhar a vida”.
No domingo (16.out), o ministro Alexandre de Moraes determinou que “qualquer referência ao vídeo impugnado” associando Bolsonaro a prática de pedofilia fosse retirado do ar, sob multa de R$ 100.000.
No texto, o presidente do TSE diz que houve divulgação de um fato “sabidamente inverídico, com grave descontextualização e aparente finalidade de vincular a figura do candidato ao cometimento de crime sexual”.
A análise foi feita pela presidência do TSE de forma imediata em razão da urgência do caso, indicada pela defesa de Bolsonaro.
Os advogados do presidente listaram 48 links que devem retirar o vídeo do ar, entre eles o canal Evangélicos com Lula no Telegram, citado nesta reportagem.
O texto alega que é “evidente a estratégia eleitoral” da campanha de seu adversário pela difusão de “fake news” e “desqualificação e ofensa à imagem” de Bolsonaro, com a divulgação de fatos “gravemente descontextualizados”.
Na madrugada de domingo (16.out), Bolsonaro fez uma transmissão ao vivo no Facebook e disse que o PT “extrapolou todos os limites” ao “recortar pedaços” do vídeo da entrevista. Ele citou a reprodução em seu perfil da visita feita às meninas venezuelanas em 10 de abril de 2021 em São Sebastião, região administrativa do DF.
Em 2020, eu fiz uma live de dentro de uma casa de umas meninas venezuelanas –devia ter umas 12, 13, 14 meninas. O sinal foi captado pela ‘TV CNN’ e transmitida a live”, falou Bolsonaro. “O que eu estava mostrando com aquilo? A minha indignação, porque aquelas meninas venezuelanas, que tinham fugido do seu país, tinham fugido da fome, estavam no pequeno grupo delas, como existem milhares pelo Brasil, aqui na periferia de Brasília”, continuou.
Ainda no sábado (15.out), seus filhos Flávio Bolsonaro (PL) e Carlos Bolsonaro(Republicanos) publicaram a transmissão da visita no Twitter, que foi reproduzida pela emissora CNN Brasil.  O documento apresentado ao TSE no domingo (16.out) afirma que o vídeo mostra “o combate enérgico à exploração sexual de crianças” pelo presidente.
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