Para desarmar Bolsonaro – O Bastidor – O Bastidor
A decisão do presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, de exigir que o Ministério da Defesa entregue em 48 horas o relatório da auditoria que fez na votação do primeiro turno, é parte de um movimento para restringir as chances de o presidente Jair Bolsonaro organizar um tumulto para contestar o resultado da eleição.
Nesta terça, o ministro Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Rede Sustentabilidade e ordenou que o Ministério da Defesa entregue o tal relatório. No dia da eleição, os militares examinaram mais de 400 boletins de urna, fizeram um relatório e entregaram a Bolsonaro. O presidente não permitiu a divulgação.
O TSE não é o único a exigir o documento. O Tribunal de Contas da União – que está tão relacionado ao processo eleitoral quanto o Ministério da Defesa ou a Funai – fez uma auditoria própria e divulgou os resultados (nada de errado foi detectado). Em seguida, deu 15 dias para a Defesa encaminhar o seu. Justificativa: foi usado dinheiro público para o trabalho.
O objetivo todo é desarmar Bolsonaro. Nas últimas semanas, o presidente impediu os militares de divulgar o relatório, pediu que seus eleitores permaneçam nas imediações das zonas eleitorais até o final da apuração e fez o Cade e Ministério da Justiça, via Polícia Federal, abrirem investigações para intimidar institutos de pesquisa. Esta última manobra também foi desarmada por Moraes.
Com as pesquisas desacreditadas, militantes nas ruas no dia da eleição e um documento militar secreto que poderia ser usado para levantar suspeitas contra urnas eletrônicas e contestar a votação, Bolsonaro teria em mãos recursos suficientes para sustentar uma fantasia sobre fraude eleitoral e insuflar um tumulto em caso de derrota. Algo que foi feito em 2020 por Donald Trump nos Estados Unidos.
A ação do TSE é uma forma de reduzir este arsenal do presidente para sustentar uma fantasia. Bolsonaro terá um recurso a menos para desacreditar o processo eleitoral e a democracia.
Chegaram aos ouvidos de Arthur Lira conversas de Valdemar Costa Neto sobre a presidência da Câmara a partir de 2023. Lira não gostou do que ouviu e começou a sentir um cheiro de traição.
Sergio Moro vai gravar para o programa eleitoral de Jair Bolsonaro. A programação é que os primeiros vídeos sejam feitos ainda esta semana.
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, determinou que o ex-deputado Paulo Maluf pague 2,7 milhões de reais relativos a multas de dois processos nos quais foi condenado e não pode mais recorrer. Maluf tem dez dias.
A resposta do Ministério da Defesa à solicitação do Tribunal Superior Eleitoral que apresente, entre outros dados, o resultado da auditoria nas eleições no primeiro turno será de que não há o que apresentar.
Alexandre Cordeiro emendou uma série de viagens para eventos no Brasil e no exterior e não tem agenda pública dentro do órgão de controle desde o dia 23 de outubro. Passeios para compromissos oficiais são custeados com dinheiro público.
Alexandre de Moraes exigiu dos militares todas as informações da apuração paralela organizada pelas Forças Armadas para descreditar as eleições a pedido de Jair Bolsonaro. Deu 48 horas para receber os dados.
Simone Tebet passará a partir desta semana a ter destaque maior na campanha de Lula, com inserções nos programas de TV e com viagens pelo país.
Na audiência pública no STF nesta segunda-feira, 17, para discutir a abertura de novos cursos de medicina no país chamou atenção dos presentes o alinhamento entre a lobista Elizabeth Guedes, irmã do ministro da Economia, e os colegas de seu irmão, os ministros da Educação, da Advocacia-Geral da União e até o da Saúde.
A volta de Sérgio Moro revela mais uma falta de rumo da campanha de Jair Bolsonaro do que uma estratégia maior em busca de mais votos. A função de Moro era intimidar Lula no debate.
Levantamentos do Ipec e da CNT/MDA mostram estabilidade no cenário eleitoral até aqui, com Lula à frente de Bolsonaro. No entanto, ainda não é possível medir o impacto do debate do último domingo nos resultados.
A campanha de Lula está dividida entre aqueles que defendem que ele diminua o ritmo de viagens e se prepare para participar de todos os debates marcados. E há aqueles que defendem ações de rua e que Lula vá somente ao debate da Globo, dois dias antes da eleição.
Logo após ser eleito, Moro foi em busca de Bolsonaro. O presidente quer usar o senador eleito para reeditar o espírito de 2018, quando a pauta anti-corrupção ajudou na sua eleição.
Informações preliminares apresentadas há pouco pela Polícia Civil de São Paulo dão conta que a troca de tiros que ocorreu próxima a evento de campanha de Tarcísio de Freitas teria sido motivada pela presença de policiais nos arredores de Paraisópolis, zona sul de SP.
Presença de Sergio Moro ao lado de Bolsonaro no debate da Band abriu espaço para críticas à postura do ex-juiz, que deixou o governo com críticas pesadas ao presidente. As redes sociais foram inundadas com vídeos e postagens antigas para expor a contradição.
Tarcísio de Freitas teve que abandonar, nesta segunda-feira (17), ato de campanha em Paraisópolis, na zona sul de São Paulo, devido a uma troca de tiros.