Sainz lamenta e vê situação de Ricciardo como prova da forma que “F1 trata pilotos” – Grande Prêmio

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Você é tão bom quanto sua última corrida. A frase é um chavão muito comum na Fórmula 1 e no esporte a motor de maneira geral e demonstra o tamanho do imediatismo nas corridas de automóveis. Mas está correto? Segundo Carlos Sainz, sim, e é exatamente a situação de Daniel Ricciardo. O piloto da Ferrari saiu em defesa do australiano, que se vê perto de deixar o grid da categoria em 2023.
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De acordo com Sainz, o fato de Ricciardo se encontrar em situação tão complicada mostra uma faceta da F1: a maneira descartável como trata os pilotos, esquecendo glórias no primeiro momento difícil. Ricciardo tinha mais um ano de contrato com a McLaren, mas, com baixo desempenho, foi dispensado após o time inglês acertar com Oscar Piastri para 2023.
“Todo piloto sabe disso, porque já aconteceu com todo mundo em alguma escala. Você só é tão bom quanto sua última corrida, infelizmente, neste esporte. Isso é amplificado quando se trata de uma temporada: você é tão bom quanto sua última. É por isso que Daniel está numa situação tão difícil”, disse à revista inglesa Autosport.
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“Ninguém lembra do seus dias bons: a única coisa que conta é se você terminou a última classificação ou a última temporada 0s5 atrás. E não há nada que possamos fazer. É assim que o esporte nos mede e trata”, seguiu.
“É por isso que os pontos altos são tão altos. Quando você vence, é um herói. No seu melhor fim de semana, você é o melhor piloto do mundo. Ninguém é melhor que você. Aí, porém, quando passamos por um momento ruim, o esporte é muito duro”, continuou.
Ricciardo, por coincidência, chegou à McLaren justamente para substituir Sainz. Desde então, sofreu para acompanhar Lando Norris.
“Sinto por Daniel porque sei como ele é bom. Sempre o tive em altíssima conta. Ele entrou numa equipe e num carro em que não se sentiu confortável, e isso é bastante para a carreira começar a tomar um caminho diferente. Talvez ele tire um ano sabático ou não, mas se voltar em dois anos e vencer uma corrida, ninguém vai lembrar dos dois anos de McLaren. É por isso que, na F1, o foco tem de ser sempre a próxima corrida, porque nela dá para mudar a impressão de todos”, finalizou.
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