Hamilton diz que F1 2021 teria outro resultado se Mercedes “gastasse R$ 1,5 milhão a mais” – Grande Prêmio

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Desde o GP de Singapura, o universo da Fórmula 1 está pautado por um só tema: a investigação da FIA (Federação Internacional de Automobilismo) com a possibilidade de Red Bull e Aston Martin terem ultrapassado o limite de US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) e, portanto, falhado no cumprimento do teto de gastos na temporada de 2021 da principal categoria de automobilismo do mundo.
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A entidade prometeu concluir e divulgar o resultado do julgamento na última quarta-feira (5), mas alegou “processo longo e complexo” e postergou a análise das apresentações financeiras para a próxima segunda-feira, 10 de outubro.
Enquanto isso, a F1 segue debatendo sobre o tema. O regulamento atual diz que uma violação de menos de 5% do valor do teto orçamentário antes fixado em US$ 145 milhões (R$ 782 milhões, na cotação atual) — que hoje representa cerca de US$ 7,2 milhões (R$ 38 milhões) — é vista como sendo de menor peso, podendo acarretar em multa
Mas será que US$ 7,2 milhões podem ser vistos como representantes de uma violação pequena? A Ferrari discorda e diz que “qualquer milhão, qualquer descumprimento que você permitir no limite orçamentário, se transformará em alguns décimos de segundos no carro”. E, nas entrevistas coletivas desta quinta-feira (6), antes do GP do Japão, Lewis Hamilton ficou ao lado da escuderia italiana.
“Lembro que, em 2021, atualizamos o carro pela última vez em Silverstone e, ainda bem, foi ótimo — conseguimos lutar com tal melhoria. Mas aí assistíamos a Red Bull atualizar o carro deles a cada fim de semana. Eles tiveram, acho, pelo menos mais quatro atualizações a partir daquela corrida”, começou a falar Hamilton, preparando o terreno para externar crença de que o resultado daquele campeonato teria sido diferente se a equipe alemã pudesse gastar mais.
E, segundo Hamilton, ‘somente’ US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão, aproximadamente, na cotação atual) teriam bastado.
“Se tivéssemos gastado US$ 300 mil em um novo assoalho ou uma asa adaptada, isso teria mudado o resultado do campeonato, naturalmente — porque poderíamos competir melhor na próxima corrida em que fizéssemos isso. Então espero que não seja esse o caso (brecha no limite orçamentário), para o bem do esporte”, afirmou o heptacampeão mundial.
O piloto da Mercedes também reiterou confiança de que a FIA irá lidar com a questão da maneira mais transparente e correta possível.
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“Acredito que Mohammed (Ben Sulayem, presidente da entidade) e a FIA vão fazer o que é certo com o que quer que eles tenham descoberto. É nisso que temos de ter fé. É importante para todos nós, todas as milhares de pessoas que estão trabalhando — acho importante ter transparência em toda a organização e sempre temos que nos manter fiéis à responsabilidade”, contou Hamilton.
“Vimos, em anos anteriores do esporte, coisas do tipo sendo tratadas em segundo plano. Não acho que esse seja o novo caminho a seguir com a nova maneira de trabalhar com Mohammed. Acho que a integridade é muito importante para ele, como é para a F1 hoje em dia com a nova gestão. Então eu acho que temos boas pessoas no comando. Espero que tenhamos a governança certa, também”, finalizou o britânico.

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