F1 quer criar nova categoria feminina e iniciativa ganha apoio de Hamilton – Band Jornalismo

A Fórmula 1 deseja implantar uma nova categoria exclusivamente feminina em 2023. A informação foi dada pela ESPN norte-americana na última sexta-feira (21) e confirmada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), mas sem dar maiores detalhes de como funcionaria o campeonato.
Estima-se que 15 pilotas devem participar da nova categoria, todas elas adolescentes. A série serviria como uma “escada” para a Fórmula 3 e, posteriormente, para a Fórmula 2. Além disso, elas estariam habilitadas para participar das categorias de base da Fórmula 1.
A iniciativa foi apoiada por Lewis Hamilton, da Mercedes, em entrevista nesta terça-feira (25). Segundo o heptacampeão mundial, “é definitivamente um passo na direção certa”. Os comentários elogiosos foram dados quatro dias após o próprio piloto ter criticado a falta de visibilidade e de representatividade das mulheres no universo da Fórmula 1.
Porém, na mesma entrevista desta tarde, Hamilton voltou a destacar que não se trata apenas de encontrar pilotas: “Há milhares de empregos aqui. E muito, muito poucos cargos altos, especialmente para mulheres.”
O piloto inglês lembrou do projeto Ignite, que tem trabalhado com aproximadamente oito mil jovens mulheres que se interessam pela parte de engenharia da Fórmula 1. “Muito trabalho precisa ser feito, não apenas colocar os holofotes em meninas que tentam entrar nas corridas”, disse.
Por fim, Hamilton pediu por igualdade nos cargos superiores dentro das equipes de Fórmula 1, ocupados, segundo ele, por homens brancos. “Acho que só há uma pessoa de cor. E se houver mulheres, elas estão em segundo plano. Precisamos trazê-las mais para frente, para que as jovens que estão assistindo saibam que é possível que elas estejam aqui”, afirmou.
A expectativa é de que a nova categoria feminina não atrapalhe o funcionamento da W Series, inaugurada em 2019 e que vem sofrendo com problemas financeiros. A intenção da F1 é que as duas categorias aconteçam simultaneamente, já que a W Series abriga muitas pilotas mais experientes e os carros são mais parecidos com os da Fórmula 3 – ao contrário do estudado para a nova categoria, que teria pacotes mais semelhantes aos da Fórmula 4.
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