Quais são as promessas de Bolsonaro na reta final da campanha – Gazeta do Povo
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A campanha de Jair Bolsonaro (PL) apostou na divulgação de pautas propositivas entre as estratégias nesta reta final do segundo turno. Em propagandas eleitorais e inserções divulgadas na rede nacional de TV desde o último sábado (23), o candidato à reeleição relembrou promessas que constam no plano de governo e reforçou propostas apresentadas durante o período eleitoral.
Entre elas, a a isenção do Imposto de Renda (IR) a pessoas físicas que recebem até cinco salários mínimos (R$ 6.060) e o fortalecimento do Saúde Digital, programa apelidado pela campanha de “Zap da Saúde”.
Propaganda eleitoral divulgada no domingo (24) diz que o objetivo do “Zap da Saúde” é agilizar o atendimento médico mediante a marcação de consultas e exames médicos pelo celular. A promessa é acabar com as filas integrando e digitalizando informações sobre o histórico médico e de medicamentos dos pacientes, além de facilitar a reserva de remédios contemplados pelo programa Farmácia Popular.
Entre outras promessas feitas ao longo da campanha e reforçadas nas recentes propagandas e inserções estão: a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 em 2023; a criação de um programa de “perdão” das dívidas das famílias; o aumento real (acima da inflação) do salário mínimo e das aposentadorias; e a aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) da redução da maioridade penal.
O foco em propagandas propositivas e as pautas abordadas integram estratégias traçadas pela campanha que visam atingir os eleitores das classes C, D e E, ou seja, os eleitorados de classe média e de baixa renda. O objetivo é converter votos, reduzir a rejeição e mitigar possíveis abstenções no próximo domingo (30), data do segundo turno.
A apresentação de pautas propositivas em si já é apontado por interlocutores da campanha como uma abordagem que tem por intuito reduzir a rejeição de Bolsonaro e alcançar os eleitores que optaram por presidenciáveis da terceira via no primeiro turno, como Simone Tebet (MDB), Ciro Gomes (PDT), Soraya Thronicke (União Brasil) e Luiz Felipe d’Avila (Novo).
A leitura feita pela campanha é de que os eleitores que optaram por esses candidatos rejeitaram Bolsonaro e Lula e podem ser estimulados a votar no presidente apenas mediante a apresentação de propostas concretas para o país. Não à toa a campanha presidencial voltou a citar a promessa de “perdão” das dívidas das famílias, como abordou Ciro em diferentes oportunidades da campanha.
A promessa de Bolsonaro prevê quitar dívidas e “limpar o nome” de brasileiros endividados em outros bancos e instituições financeiras mediante a “compra” desses débitos pela Caixa Econômica Federal. Segundo a campanha, 4 milhões de pessoas e 400 mil empresas poderiam ser enquadradas em um programa que abateria até 80% das dívidas. A proposta chegou a ser comentada em 6 de outubro, em evento no Palácio da Alvorada.
O entendimento entre coordenadores eleitorais é de que a absorção de eleitores da “terceira via” por meio de uma agenda propositiva pode atingir diferentes grupos do eleitorado. O fortalecimento dessa estratégia passou pelas diferentes pautas abordadas. Entende-se que o perdão de dívidas, por exemplo, atinge eleitores de baixa renda e da classe média, e pode tirar votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A isenção do Imposto de Renda para que recebem até R$ 6 mil, por exemplo, foi adotada com o intuito de converter votos entre eleitores das classes C. Já o Auxílio Brasil em R$ 600 com adicionais de R$ 200 para quem conseguir emprego com carteira assinada e o aumento do salário real e das aposentadorias atingem as classes D e E.
Embora as estratégias da campanha de Bolsonaro miram uma base eleitoral ampla, com potencial para atingir até mesmo os das regiões Norte e Nordeste, o intuito é converter e ampliar votos majoritariamente no Centro-Sul, especialmente os de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo.
A meta é ampliar a diferença no Rio e em São Paulo e conseguir uma virada em Minas Gerais ao ponto de dar tranquilidade à provável derrota no Nordeste, atesta o deputado federal Márcio Labre (PL-RJ). Ele afirma que a campanha não tem expectativas de que Bolsonaro sairá vitorioso entre os nordestinos e que as estratégias adotadas visam compensar em outros estados e regiões a derrota esperada.
“A campanha está jogando todo o arsenal que pode para compensar o Nordeste. Da Bahia para cima dificilmente dá para reverter, sobra tentar estabilizar o voto que já tem para manter o capital político e consolidar os votos de quem vota pelo presidente por convicção”, diz Labre. “O que dá para fazer é ampliar no Rio, em São Paulo e virar em Minas, que acaba sendo o termômetro [eleitoral], para ter alguma tranquilidade”, complementa.
O deputado aliado pondera que é possível virar votos no Amazonas e alguns no sul do Pará. A campanha de Bolsonaro gravou propaganda na zona rural do Distrito Federal na segunda-feira (24) para exaltar as titulações de terra pelo governo federal. A aposta é de que essa pauta possa ajudar de alguma forma na conversão de votos e contra abstenções nas regiões Norte e no Centro-Sul.
Em inserção no horário eleitoral, Bolsonaro elogia ainda a nova composição do Congresso Nacional e diz que, se reeleito, terá a oportunidade de aprovar a redução da maioridade penal para crimes hediondos. “Jovens de 16, 17 anos que, por ventura, cometerem crimes como sequestro, estupro e roubo seguido de morte, pagarão pelos seus atos. Lugar de jovem é na escola se preparando para o futuro”, diz.
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