Pesquisa descobre que o TikTok falha ao combater desinformação política – Canaltech

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Por Alveni Lisboa | Editado por Douglas Ciriaco | 27 de Outubro de 2022 às 16h35
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Um levantamento feito pela Global Witness em conjunto com a equipe Cybersecurity for Democracy da Universidade de Nova York (NYU) revelou que o TikTok tem problemas para filtrar desinformação sobre política e eleições. A pesquisa analisou também o Facebook e o YouTube, mas a rede social chinesa foi a que apresentou o pior desempenho.
Para chegar à conclusão, os pesquisadores fizeram um teste simples de criar anúncios com informações falsas ou conteúdos "potencialmente perigosos" e submeteram à aprovação. O resultado surpreendeu: 90% das propagandas falsas foram aprovadas pela plataforma de vídeos curtos.
Alguns anúncios tinham apenas detalhes enganosos, como datas incorretas das eleições nos Estados Unidos ou requisitos de votação enganosos. Em outros casos, foi usada uma linguagem negativa que desencorajava as pessoas a votar — o voto nos EUA é facultativo, mas candidatos não podem incentivar a abstenção.
O relatório ainda é preliminar, mas os números são bem significativos, em especial considerando se tratar de uma das redes sociais mais importantes do mundo. O TikTok já passou da fase de ser apenas uma plataforma de jovens e adolescentes, o que atraído maior atenção de políticos e estrategistas digitais.
Até o momento, o TikTok nos Estados Unidos não se posicionou sobre os achados dessa pesquisa. Os norte-americanos deverão ir às urnas eleger parte dos senadores, governadores, deputados federais e representantes estaduais, nas chamadas midterms, algo como "eleições intermediárias".
A rede social chinesa é bem restritiva quanto a conteúdos eleitorais e anúncios políticos. Não são permitidas a inserção de propagandas pagas, campanhas de arrecadação de fundos para políticos ou financiar influenciadores digitais para falar bem. Se for identificada tal prática, a conta é automaticamente desmonetizada e pode ser suspensa da plataforma.
É por isso que o resultado impressiona tanto, indicando uma falha no algoritmo para analisar imagens e punir os emissores. Em fevereiro deste ano, a plataforma criou uma área exclusiva dedicada a combater boatos. Em uma parceria firmada com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), prometeu lutar contra a disseminação de conteúdos falsos ou duvidosos sobre as urnas eletrônicas, cujo poder de viralização é imenso.

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