Campeões másters, casal Shimizu atinge longevidade graças a foco no esporte – Yahoo Esportes
“Nós fomos feito um pro outro”. A frase faz parte da canção do cantor Lulu Santos. A mensagem da letra se encaixa perfeitamente na história do casal Shimizu, que mescla amor e esporte. Praticantes de exercícios físicos, eles fizeram do esporte porto seguro para vida carregada de energia que os levou até às conquistas internacionais no atletismo na categoria Master em 2016, no Americas Games, em Vancouver (Canadá).
Os simpáticos e pacientes senhores orientais descrevem em descontraída conversa o segredo de uma série de procedimentos para a longeva vida e o motivo que os faz companheiros há 64 anos. Além da rotina de exercícios, o aposentado e a dona de casa seguem a base da alimentação saudável: dosando o sal e o açúcar e sem excessos em qualquer comida, bem como cultivar com afeto relacionamentos familiares: geraram quatro filhos que lhes deram sete netos e quatro bisnetos. E mantém vínculos de amizades que perduram até hoje. Outro detalhe é a inexistência da admissão de remédios e doenças. E corpo são em mente sã: equilíbrio emocional na tomada de decisões ponderadas e agir com leveza buscando rir sempre.
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O santista Tomihiko Shimizu, de 95 anos, é filho do imigrante japonês Yasugiro, andarilho que desembarcou no Peru e de Kise Shimizu. O senhor Antônio, como é mais conhecido Tomi no Brasil, jogou tênis (Coopercotia), praticou remo (Clube de Regatas Tietê) e lutou judô com o amigo e professor Shinohara. Já a senhora Mitsu Hotsumi Shimizu, de 91 anos, natural da cidade japonesa de Fukushima, ou melhor, dona Inês, chegou aos três anos ao Brasil. Cresceu e trabalhou em uma loja de bijuterias, na Liberdade, maior reduto de nipônicos fora do Japão no centro da Capital paulista.
A oportunidade de ambos se conhecerem viria após Tomi visitar a região central da cidade. Nas folgas, ia às segundas-feiras ao cine Metro com amigo, onde conheceu a vendedora e a convidou para o jantar. Primeiros capítulos do romance e os detalhes pré-matrimônio realizado na Igreja Nossa Senhora do Carmo na Bela Vista, na região central de São Paulo. Seguiram na cumplicidade que embalou suas trajetórias, inclusive viagens ao Japão, onde viveram e competiram, mas retornaram, pois segundo o senhor Tomi, “tudo é extremamente cronometrado e mesmo quem chega adiantado, é considerado atrasado”, brinca. Eles amam o Brasil sobre todas as coisas.
Ao contrário do marido, a senhora Inês iniciou no esporte a partir dos 50 anos seguindo orientação médica. Teve incentivo indireto de parentes também, mas basicamente para evitar o sedentarismo. Do casal, apenas ela foi submetida a um procedimento em hospital. “Fiz uma cirurgia na bexiga”, cita e mesmo não administrando medicação – só segue atualmente com sessões de acupuntura – oferece dica que pode parecer inusitada, mas tem o sentido da vivência caseira: ”às vezes choramos porque as lágrimas tem analgésico natural”.
Inês e Antônio iniciaram no atletismo em 1987, no Centro de Práticas Desportivas da USP (CEPEUSP). No entanto, o suporte pessoal que perdura por 25 anos veio do curso comunitário de educação física para idosos na Escola de Educação Física e Esporte (EFE) da Universidade de São Paulo. As atividades são seguidas com disciplina e algumas vezes por semana por estes senhores quase centenários. Até a USP, o casal se desloca de carro, um Toyota Prius híbrido, pilotado por Tomi a partir de sua residência na zona oeste de São Paulo.
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Eles não param: praticam ainda boxe, tênis de campo, caminhada nórdica e mallet golf [espécie de mini golf com uso de taco de gate bol]. “Também viajávamos e adoramos dançar tango, bolero”, lembra Inês que nem na pandemia “deu um tempo”, mas com toda segurança. “Tomávamos todo cuidado. Mas fazíamos exercícios em casa (boxe, por exemplo)”. Já Tomi, que foi consultor de imóveis, lembra o momento negativo sem poder fazer a carga completa de exercícios devido ao momento da Covid-19. Mesmo assim sem perda do ânimo. “A opção ficou por conta de exercícios isométricos com uso de borracha em casa”, descreve.
Família de cultura calcada no esporte não poderia deixar de ter representante especial. Ela é Nathaly Kurata Doro, de 29 anos. A neta foi ranqueada entre as principais tenistas nacionais e disputou torneios internacionais (WTA e ITF). Tem 17 anos na modalidade que atuou até o início deste ano, além de ministrar várias clínicas. Casou e afastou-se temporariamente para dar a luz a pequena Sophie.
Nas zonas azuis, que são as regiões do planeta onde estão a maioria das pessoas mais idosas do mundo ou centenárias, a atividade física é uma prática frequente. Caminhadas, corridas de rua, ciclismo, natação, dança e academia são opções para mexer o corpo e estimular a vida longa. Antes de iniciar as atividades, a recomendação é passar pela avaliação médica.
Segundo especialistas da área de saúde, os exercícios físicos têm a capacidade de diminuir o estado crônico que o avançar da idade pode provocar. Durante e após estas atividades são liberadas substâncias na corrente sanguínea que geram efeitos rápidos: estimulam a liberação de hormônios, facilitam a queima de gordura, diminuem a glicemia, oferecem sensação de bem estar, aliviam o estresse, reduzem o risco de problemas cardiovasculares (infarto do miocárdio e AVC).
Especialistas da medicina tentam identificar o que determina a longevidade. Sugere-se que o mais provável é a combinação determinada por genes, ambiente e o estilo de vida. A constatação de pesquisadores coincide com a fala do casal Shimizu: fazem exercícios, comem vegetais, e frutas, selecionam produtos orgânicos (café descafeinado) e saboreiam carne vermelha com menor regularidade.
O senhor Tomi, por exemplo, nunca bebeu ou fumou. Comem peixe sempre e tofu. É um alimento milenar chinês com aparência de queijo, no entanto consiste em mistura de sal e leite de soja (tipo coalhado). Saudável, é opção para veganos, o que não é o caso deles, mas é rico em proteína vegetal, livre de colesterol, dotado de cálcio e fortalece os ossos.
Dentro deste contexto do mantra oriental da longa vida, em Okinawa (Japão) está a maior concentração de mulheres centenárias do mundo. Elas têm taxa muito menor de câncer de mama do que as que vivem em outras partes do mundo. E a explicação: o que comem, como se processa nos hormônios, bem como a expressão genética.
Há cerca de 37 anos, o senhor Antônio dá aulas para o pessoal da terceira idade em uma praça próxima a sua casa. Público bem mais ‘jovem‘ que ele na faixa dos 70 anos. “Nunca cobrei nada”, diz sobre ensinar de forma gratuita e prazerosamente a ginástica calistênica. Esta prática, ou melhor: a arte de exercitar os músculos com a finalidade de adquirir saúde, força e elegância de porte e movimento, apresenta divisão de oito grupos de exercícios localizados, associando música ao ritmo de movimentos. Não é necessário uso de aparelhos de academia, pois adota o próprio corpo para aumento de massa muscular.
Uma pergunta pode intrigar leitores: será que os Shimizu descansam? Sim, eles afirmam que nada do que fazem é para chegar à exaustão. É um prazer, como o jogar mexe-mexe. O jogo de cartas pode ter duas ou quatro pessoas. Depende do raciocínio lógico dos que participam estimulando a visão ampla de situações além de permitir interação dos componentes da mesa. Assim como tantas coisas que executam o casal, a resposta à pergunta para qual o sentido da existência que os mantém com chama acesa interminavelmente mesmo em idade avançada foi dada por Inês: “é saber que ele vive”, afirmou a senhora, que se fortalece também na religiosidade: é católica, mas mantém também a forte tradição dos sogros no respeito ao budismo.
Com centenas de medalhas, a velocista Inês já foi campeão mundial nos 100 metros na categoria 80 anos. Ela conquistou também há seis anos torneio no Canadá (University of British Columbia: ouro nos 100 e 200 metros rasos). E Tomi, ouro no salto em altura e distância. É polivalente, pois compete ainda em salto triplo. Segundo eles, não há mais adversários para as disputas. Alguns faleceram, outros talvez sem a mesma constância nas atividades. O fato é que o casal mostrou sua força nas disputas até no Japão e na Espanha. O sucesso dos Shimizu iniciou por feito de Tomi deixando marca no salto em distância de 1,47 m, recorde japonês em 1980, quando tinha 53 anos.
Durante a entrevista, a filha do casal Shimizu, Miriam, convidou o repórter a conhecer o Genmaicha. Trata-se de chá japonês, conhecido popularmente por chá de pipoquinha. Na verdade, é composto por folhas de chá verde, milho e grãos de arroz integral. Pesquisa sugere que servir-se da bebida regularmente oferece muitos benefícios à saúde devido aos polifenóis contidos na bebida. Com capacidade antioxidante maior que o chá preto e mais ativo que vegetais como alho, couve e espinafre. Fumantes que ingeriram a bebida por sete dias apresentaram níveis baixos de danos ao DNA. Além disto, o chá previne ao câncer de pele, pulmão, esôfago e estômago. E para mulheres é forte aliado contra o câncer de mama e ovário. A medicina chinesa cita a bebida que permite diminuição da pressão e reduz risco de desenvolver doenças cardiovasculares.
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O Corinthians ainda não decidiu se buscará a renovação do meia Ramiro, que tem vínculo com o clube até o fim desta temporada. A decisão passará muito sobre a resposta se o técnico Vítor Pereira permanecerá ou não no Timão em 2023. O jogador era carta fora do baralho da direção corintiana desde que voltou de empréstimo do Al Wasl, no meio deste ano. Foram feitas algumas tentativas de emprestar o atleta para se livrar dos salários até o fim da temporada, mas sem sucesso. Enquanto isso, Ramiro treinava com o time profissional e agradou o técnico Vítor Pereira principalmente em seu empenho e força física. O camisa 17 é considerado por VP um dos ‘pitbulls’ que o elenco corintiano possui. Com o impasse em relação ao futuro do atual treinador, a direção corintiana também não decidiu o que fará com Ramiro. A tendência é que em caso de permanência de Vítor, o clube alvinegro procure o estafe do meio-campista para conversar. Caso contrário, nenhuma tentativa de renovação deverá ser feita. Enquanto isso, os agentes do jogador trabalham no bastidores e conversam com alguns clubes do Brasil, conforme publicado inicialmente pelo ‘ge’ e confirmado pelo LANCE!. Contratado pelo Corinthians em 2019, duas temporadas após ter sido peça importante na conquista da Libertadores do Grêmio, Ramiro nunca apresentou o que se esperava no Timão. No total, o atleta fez 115 jogos pela equipe paulista, marcou seis gols e conquistou um título, o Paulistão de 2019, em seus primeiros meses no clube alvinegro.
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