Digitalização e tokenização de clubes são o presente necessário para o futuro iminente – MKTEsportivo

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Blockchain é a ferramenta de potencial para transformação digital e financeira que facilitará procedimentos capazes de elevar um clube a outro patamar
CEO e fundadora da StadiumGO!
No dia 31 de Outubro de 2008, 14 anos atrás, o Satoshi Nakamoto publicou um white paper intitulado “Bitcoin: a peer-to-peer electronic cash system”. De forma disruptiva esse  momento marca a criação de uma economia descentralizada, segura, auto auditável sem abrir chance para corrupção de transações e informações, tudo graças à tecnologia blockchain e sua governança.
A essa altura do campeonato, não restam dúvidas sobre as possibilidades ofertadas pela tokenização em diversas indústrias e mercados. No esporte mais popular do mundo, o futebol, as coisas não são diferentes. A adaptação às novas tecnologias em um mundo globalizado e pós-pandemia do COVID-19 soa como uma necessidade dentro do mercado esportivo. Clubes, Ligas, grupos e entidades desportivas têm aderido cada vez mais às estratégias digitais a fim de aumentar suas receitas, desenvolver brand-awareness e proporcionar aos seus consumidores experiências únicas e inesquecíveis.
Dentre as oportunidades que a digitalização de processos apresenta, as direcionadas aos torcedores viabilizam grandes adesões. Para Clubes de Futebol, unir forças com tecnologias blockchain tem se demonstrado uma aposta certeira. O surgimento de certificados, imagens colecionáveis e até mesmo prêmios em NFT são apenas o início da era da tokenização. A LaLiga, uma das mais conhecidas entidades de futebol global, já demonstrou ter confiança nos processos digitais. Os times pertencentes à primeira divisão do campeonato espanhol recebem ativamente suporte e incentivo à adesão de tokens e aos mais diversos modelos de investimentos virtuais. A estratégia de transformação digital permeia diferentes técnicas: além da criação de uma plataforma de NFT’s colecionáveis, o projeto conta com o desenvolvimento de um ecossistema dentro do metaverso, um passo importante rumo à inovação e às tendências do futuro.
A comercialização de ingressos na forma de ativos digitais e fan tokens se tornou uma febre lá fora e o Brasil não fica para trás. No território nacional, a Confederação de Tênis de Mesa (CBTM) e clubes como São Paulo, Vila Nova, Flamengo, Corinthians, Atlético Mineiro, Vasco, Coritiba e Botafogo deram um voto de confiança à onda tecnológica. Atuando como um utility token, a emissão desses ativos digitais opera diretamente com a fidelização de torcedores, fornecendo aos fãs do esporte a possibilidade de interagir com questões do time do coração, ter acesso a serviços ou produtos exclusivos e, sentimentalmente falando, se sentir parte dessa transformação.
Essa paixão pelo esporte é uma das coisas que move a StadiumGO. É satisfatório poder facilitar e democratizar o investimento em novas tecnologias que se baseiam na transparência. Há um tempo venho falando aqui sobre como é importante se atentar a essas tendências e inovações e sabemos muito bem dos benefícios proporcionados aos consumidores, principalmente neste novo momento de profissionalização do futebol nacional.
Desde 2021, a SAF (Sociedade Anônima do Futebol, Lei  14.193/2021) vem exercendo um papel importante no fomento da economia esportiva do nosso país. Com esta lei, as equipes de futebol se tornam clubes-empresa, separando o futebol da parte social e demais modalidades e atuando como fins lucrativos, em ambiente globalizado com prestação de contas aos sócios – acionistas e investidores. Vejo a blockchain como a ferramenta que estes players mais precisam, mesmo que ainda não saibam.
É como o Facebook e o Whatsapp, que são ferramentas de comunicação fundamentais no nosso dia a dia hoje, e que antes de suas criações, nem imaginávamos o quão importantes seriam. A importância da tokenização aos clubes e principalmente as SAFs está no potencial da blockchain em trazer governança e transparência. Mas, afinal, quais são as vantagens que um clube de futebol pode obter por meio da tokenização?
Processos e Governança
Uma SAF precisa de investidores, de proprietários. E depois disso, precisará engajar outros agentes do mercado para parcerias e alavancagem do negócio. Para atraí-los, ser regida sob princípios de governança e transparência é fundamental!
A tokenização dos processos operacionais e produtos, somadas à rastreabilidade do fluxo do dinheiro, são a receita perfeita para abastecer os relatórios da auditoria anual obrigatória em SAF, assim como também otimizam muito o tempo e recursos necessários para a boa execução do Conselho de Administração e do Conselho Fiscal. Pois uma vez na blockchain, se torna imutável e a garantia assegurada pela auditabilidade financeira é imensurável.
Além disso, o aumento da base de torcedores engajados com os conteúdos é um dos braços de retorno obtidos com a digitalização e tokenização de processos. Há uma redução nas chances de falha humana e perda de informações de clientes, visto que uma vez que os dados se encontram em sistemas blockchain, reverter esse quadro é praticamente impossível.
Consumo com Pertencimento
Os NFTs que possibilitam lastro em negócios e ativos reais, e com a autenticidade verificada por smart contracts, ingressos tokenizados e fan tokens são os grandes aliados quando o assunto é consumo com senso de pertencimento aos torcedores!
Muito se fala do potencial que estes produtos têm em gerar novas receitas. E de fato, são gigantes e já evidentes. Principalmente no Brasil, já que somos o segundo maior mercado de NFTs do mundo e movimentamos mais de 200 bilhões de reais em criptomoedas só em 2021. Mas, se somarmos estes resultados com os dados da pesquisa realizada pelo Google sobre preferência e engajamento na internet que diz que 70% do público brasileiro prefere futebol a outros esportes e 50% dos brasileiros declaram tem alto interesse em acompanhar conteúdos esportivos. Já pensou nas possibilidades?
Penso que estamos no início de uma oportunidade de mercado de usar produtos de tokenização para entregar mais valor a estes consumidores já assíduos em criptoativos e que amam futebol! Com produtos tokenizados, é possível engajar esse público antes, durante e após o jogo. Aproximá-lo do clube como holder, incentivando a co-criação dos ativos, utilizar air-drops para compensar os mais engajados, desenvolver collabs com as marcas patrocinadoras e rastrear esse consumo para melhor entender os anseios dos consumidores.
Produtos tokenizados oportunizam criar um ciclo de consumo. Aumentar o fluxo de caixa com a geração de novas receitas recorrentes. Diminuir o custo de marketing a cada novo lançamento, porque um produto já funciona como pré lançamento do próximo. A vitrine se conversa e se converge!

Reciclagem de Público
Já mencionei em outro artigo aqui, que hoje os clubes concorrem pela atenção da audiência com a Netflix, Amazon Prime, YouTube, Disney+, e plataformas de streaming no geral. Então, reciclar o público deixou de ser apenas essencial e parte do exercício de qualquer negócio, como também se tornou extremamente desafiador. Entender como esse público jovem se identifica com as marcas e as consome é o primeiro passo de uma longa jornada de fidelização do consumidor que o clube precisa percorrer.
Para ilustrar a reflexão, há alguns dias fui a um lançamento de uma casa na Vila Madalena-SP da qual a StadiumGO é parceria com o produto NFT AVATAR, a LOGIN HOUSE eXP. Um espaço super bacana e inovador que mistura bar, espaços de locação para produção de podcast e áreas para streaming e gamer. No evento de lançamento, observei mais de perto o quanto a nova geração mudou a forma de consumir e vibrar por uma marca.
Após as apresentações, as pessoas não aplaudiam. Me assustei, afinal sou da geração em que batemos palma pra tudo, até na conclusão do Hino Nacional na escola e claro, levamos advertência pelo excesso. Outros pontos que observei, é que os pedidos são todos online. Não há fila no balcão. Não há circulação de dinheiro físico. Não há banners de patrocínios pela casa e nem intromissão na experiência do consumidor. O público já chegou a casa sabendo exatamente o que iria encontrar, como seria atendido e os valores da casa. Por ter todas estas informações que a Login já nasceu com uma comunidade engajada, sentindo o “DNA da marca”.
Hoje em dia, os jovens se aproximam de marcas, produtos e projetos que combinam com seus valores e identidade, e que os façam se sentirem no centro, não apenas clientes, mas “parte”. A junção de produtos tokenizados, gestão digitalizada que otimiza a experiência do cliente, amparada na governança e transparência blockchain com processos que gerem conformidade e dados com relatórios analíticos por meio de BI, irão auxiliar o clube na tomada de decisão do que fazer, como fazer e porque fazer. É o teste A|B agilizado. O mundo muda muito rápido, é imprescindível contar com a tecnologia para não perder o “bonde que segue em movimento”.
Por mais que novidades tecnológicas assustem de início, é inegável o avanço que elas proporcionam. A gestão de um clube de futebol deve ter como alicerces a governança e a capacidade de reinvenção e adaptabilidade. A tokenização chegou pra ficar e é uma via de mão dupla na relação clube e torcedor. Vamos participar dessa revolução e ressignificação juntos?
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