Policial aposentado enforca criança de 6 anos por dizer ‘Lula lá’ – CartaCapital

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Caso ocorreu em Divinópolis, Minas Gerais; segundo a mãe, agressão só cessou quando o menino ficou inconsciente
Um policial militar reformado enforcou uma criança de 6 anos de idade após o menino dizer ‘Lula lá’ em uma padaria. O caso ocorreu em Divinópolis, Minas Gerais, no domingo 30, mas os detalhes das motivações políticas só vieram à tona nesta sexta-feira 4, com uma postagem nas redes sociais e uma entrevista da mãe da vítima ao jornal O Estado de Minas Gerais.
“Lá estavam o agressor, a mãe do agressor e o pai do agressor. Eles estavam discutindo Lula e Bolsonaro. Meu menino passou, o agressor passou a mão na cabeça dele e falou: ‘Você é Bolsonaro, você tem cara de ser Bolsonaro’. Aí meu menino falou: ‘Eu sou Lula lá’. No que ele falou, ele pegou meu filho pelo pescoço, enforcando meu filho, deixando ele sem ar até ele desmaiar. Quando ele desmaiou, ele soltou meu filho. Machucou o cotovelo dele”, contou Reisla Naiara Gomes, mãe da criança enforcada, ao jornal nesta sexta-feira.
Os detalhes, segundo a publicação, também constam no boletim de ocorrência registrado pela família da criança, que cobra justiça contra o agressor que ainda não teve sua identidade revelada. Até o momento, as informações dão conta de que ele tem 55 anos, é policial militar reformado e estava na padaria porque o estabelecimento pertence a sua família.

Na ocasião, o primeiro a chegar foi o pai da criança, que tem 75 anos e reagiu pedindo que as agressões parassem. O policial teria dito apenas se tratar de uma brincadeira. Após retomar a consciência, o menino foi levado para a casa e a polícia foi chamada apenas horas depois, pela mãe, ao saber do ocorrido.
Ao chegar no local, a polícia levou o menino ao hospital, mas não localizou o agressor para prestar maiores esclarecimentos. A mãe agora cobra que as investigações avancem, já que o jovem, além dos machucados, estaria com sequelas psicológicas, ‘sem querer sair de casa’ e ‘sem conseguir dormir’. Enquanto isso, diz ela, o agressor ‘continua andando por aí normalmente’.
A PM-MG confirma o episódio, alega ter atendido a criança assim que foi chamada, além de ter procurado o ‘suposto agressor’. Ela diz não ter tomado providências imediatas porque não conseguiu localizar o homem no endereço indicado. “O registro foi [então] encerrado e entregue à Delegacia de Polícia Civil, tendo em vista o suposto fato se tratar de crime comum”. A nota diz ainda que a delegacia do município dará seguimento à apuração do caso.
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