O que tem sido feito em São Paulo para estimular a coleta seletiva? – Jornal O São Paulo

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Diariamente na cidade de São Paulo, 12 mil toneladas de resíduos domiciliares são gerados, mas a minoria desse montante é reciclado. Em setembro, por exemplo, das 260 mil toneladas de coleta domiciliar, apenas 5,1 mil toneladas tiveram como destino a coleta seletiva. 
“Isso não significa que apenas esse total foi para a reciclagem, pois há toda uma coleta feita pelo comércio e pelas cooperativas que não entram no nosso sistema, além dos clandestinos”, detalhou, ao O SÃO PAULO, Mauro Haddad Nieri, gerente de saneamento ambiental da SP Regula, agência da Prefeitura de São Paulo responsável pela regulação e fiscalização de serviços de coleta de lixo na cidade. 
Em 2020, primeiro ano da pandemia, quando boa parte das pessoas permaneceu em isolamento social, a coleta de recicláveis na cidade teve alta de 17,4% em relação a 2019. 
“No começo da pandemia, as pessoas estavam em casa, houve a expansão das compras on-line, delivery de alimentos, e isso gerou um grande aumento de recicláveis. Com a volta da rotina de atividade externas para muitas pessoas, esse volume de recicláveis coletados diminuiu. Ao mesmo tempo, aumentou o número daqueles que comercializam estes materiais, pois muitos com o seu próprio carrinho entram na rota da coleta seletiva e recolhem o material para poder vender”, explica Nieri. 
De acordo com a SP Regula, a coleta domiciliar seletiva ocorre nos 96 distritos de São Paulo, atendendo 76% das vias da cidade. O serviço é executado pelas concessionárias Loga e Ecourbis. Os caminhões passam em dias e horários específicos nos bairros, mas não é incomum encontrar moradores que dizem desconhecer o dia da coleta seletiva. 
“As empresas que fazem a coleta têm a obrigação de fazer essa divulgação e a conscientização ambiental. Além disso, no site da Prefeitura e no site Recicla Sampa, nós concentramos essa informação detalhada sobre o dia, hora e minuto que o caminhão vai passar. De fato, recebemos reclamações de pessoas que não sabem o dia da passagem do caminhão, mas lembro que como essa informação está disponível na internet, muitas vezes os catadores clandestinos passam no local minutos antes e fazem a recolha do material de melhor qualidade”, pondera Nieri. 
O gerente da SP Regula afirma que tem havido uma ampla divulgação sobre o serviço nas redes sociais, bem como nas escolas. Lembra, ainda, que nas redes sociais, YouTube e site Recicla Sampa há explicações sobre como separar os resíduos, onde estão os pontos de descarte de resíduos especiais e outros detalhes. 
Os recicláveis coletados nas residências são destinados prioritariamente às 25 cooperativas de reciclagem habilitadas no Programa Socioambiental de Coleta Seletiva da Prefeitura, as quais ficam com 100% do lucro das vendas dos materiais, gerando renda para cerca de 940 famílias de cooperados. Os materiais também são enviados para as duas centrais mecanizadas de triagem, operadas pela cooperativa Coopercaps, onde passam pelo processo de triagem, prensagem, pesagem e depois são comercializados pela cooperativa por meio de um leilão eletrônico. 
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A Prefeitura mantém cerca de 120 ecopontos, locais onde as pessoas podem fazer a entrega voluntária e gratuita de pequenos volumes de entulho (até 1 m3), de grandes objetos (como móveis e poda de árvores) e resíduos recicláveis. O funcionamento é de segunda-feira a sábado, das 6h às 22h, e aos domingos e feriados, das 6h às 18h. 
Destaque-se que o descarte de materiais como óleo de cozinha, pilhas, filmes de raios-x e remédios não deve ser feito no lixo domiciliar nem encaminhado aos ecopontos. No site Recicla Sampa há o endereço dos locais específicos onde estes materiais podem ser descartados. 
Além disso, a Prefeitura e outros órgãos públicos recorrentemente fazem campanhas pontuais para o recolhimento desses materiais. Até 18 de novembro, por exemplo, estão montados pontos para o descarte de lixo eletrônico e pilhas no Metrô, nas estações Jabaquara e Tucuruvi (Linha 1), Palmeiras-Barra Funda, Sé, República e Tatuapé (Linha 3), Vila Prudente, Paraíso e Clínicas (Linha 2) e São Mateus (Linha 15). 
Um levantamento divulgado em janeiro pela SP Regula indicou que existem 1,4 mil pontos viciados de descarte de lixo na cidade. Em 2016, eram cerca de 4 mil. 
Nieri explica que há duas razões principais para que ainda existam tais locais. “Quando o munícipe coloca para fora de casa o lixo, há catadores clandestinos que reviram os sacos e acabam espalhando os resíduos e descartando o resto nos pontos viciados. E existem os locais que se tornaram pontos viciados para o descarte de grandes volumosos, como sofás, por exemplo. As empresas da varrição têm metas semanais de recuperação desses pontos, o que inclui revitalizações, comunicação do entorno, explicação de como fazer a coleta seletiva, os horários que passam os caminhões e quais os ecopontos mais próximos. Além disso, fiscais da SP Regula e das subprefeituras fazem a fiscalização deste descarte irregular”, assegura, dizendo, ainda, que a Prefeitura tem investido em tecnologias para realizar esse monitoramento e a repressão a quem descarta irregularmente. 
“Notadamente, não é o mora- dor próximo dos pontos viciados que joga os resíduos. São pessoas até de outros bairros. Isso também é impulsionado por quem acaba chamando um carrinheiro que pega esses materiais volumosos, anda algumas quadras e descarta em pontos viciados”, complementa. 
Nieri lembra que o cidadão pode denunciar o descarte irregular de resíduos por meio do serviço 156 (pelo telefone ou Portal 156) e que essa informação é repassada em tempo real para as empresas de varrição. “O pagamento feito a elas também está atrelado a esse serviço. Assim, elas irão fazer a limpeza e, se perceberem que o local está se transformando em um ponto viciado de lixo, deverão recuperá-lo”, detalha. 
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1)Em casa ou no trabalho, separe o que é lixo comum do que é resíduo reciclável; 
2) Antes de colocar algum item nos recicláveis, faça uma mínima limpeza: retire sobras de comida e de líquidos que estejam no reciclável;

3) O material que vai para o reciclável precisa estar seco. Um papel com óleo, por exemplo, não deve ir para os recicláveis, pois ele não será aproveitado e ainda poderá “contaminar” os demais, ou seja, sujar itens que estavam em boas condições para a reciclagem;

4) Sempre que possível, compacte o item a ser reciclado para economizar o espaço e facilitar o transporte. Assim, amasse as latinhas, tire o ar das garrafas plásticas, desmonte e dobre as embalagens Tetra Pak e os papéis;

5) Não contrate serviços clandestinos para o descarte de grandes volumes. Leve-os aos ecopontos. A lista de endereços pode ser vista neste link;

6) Resíduos de saúde, pilhas, baterias, remédios, óleo de cozinha, roupas, lâmpadas e eletrônicos não devem ser colocados junto com os recicláveis. Veja os locais específicos onde descartá-los aqui;
7) Ainda resta alguma dúvida sobre como fazer a coleta seletiva? Acesse aqui
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