Estados e municípios participam da COP27 para tratar da política de clima – Revista Globo Rural

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Por Mariana Grilli — Redação Globo Rural
07/11/2022 08h33 Atualizado 07/11/2022
Embora os planos nacionais chamem mais mais atenção durante a Conferência do Clima da ONU (COP27), estados e municípios também se fazem presentes na programação do evento em Sharm El-Sheikh, no Egito. Soluções globais passam por ações locais e é nas esferas regionais que as tentativas de mitigação ao aquecimento global precisam ser colocadas em prática.
Enquanto a delegação do atual presidente Jair Bolsonaro já está no início da COP27, neste domingo (6/11), o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva deve estar na conferência na segunda semana de discussões, atendendo a convite do próprio governo do Egito. A expectativa é de que ele anuncie durante a conferência quem ocupará o Ministério do Meio Ambiente em seu governo, que começa em 1º de janeiro de 2023.
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Enquanto esse anúncio não é feito, representantes de São Paulo, Maranhão, Minas Gerais, Pernambuco, Santa Catarina e Rio Grande do Sul se articulam para contribuir com a redução das emissões de gases de efeito estufa no meio urbano e rural. A participação é encorajada pelo ICLEI – Governos Locais pela Sustentabilidade, principal rede mundial de governos locais dedicada ao desenvolvimento sustentável, da qual o Brasil faz parte como associado, entre 130 países.
Um dos temas que abrange os representantes brasileiros é “Transição (realmente) justa: a transformação energética acontece nas cidades”. Nesta ocasião, participam, entre outros políticos, os secretários de Meio Ambiente Eduardo Trani (SP); Inamara Melo (PE); Marjorie Kauffmann (RS); Leonardo Schorcht Ferreira (SC) e Marília Carvalho de Melo (MG).
A proposta do Maranhão é apresentar o Sistema de Fiscalização e Monitoramento do Agronegócio (SIFMA), que utiliza gerenciamento de banco de dados geográficos, séries temporais de imagens de satélite, inteligência artificial e modelagem agrometeorológica espectral. Desta forma, o sistema é capaz de analisar e validar áreas com plantações, definir área produtiva, estimar produtividade para os tipos de cultura soja e milho, além de monitoramento da vegetação nativa em todo o Estado.
Financiado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o projeto foi desenvolvido e coordenado pelo Gustavo Victorio, auditor fiscal da Secretaria de Fazenda do Maranhão. Ele explica que esta é uma plataforma de monitoramento da expansão agrícola, gestão territorial e regularidade fundiária, além de poder ser utilizada para detecção de desmatamento e rastreabilidade da produção.
“A ferramenta contribuirá para os objetivos e diretrizes do Sistema Jurisdicional de REDD+ e PSA do Maranhão além de subsidiar Programa da Agricultura de Baixo Carbono”, diz.
Já São Paulo apresentará o Plano de Ação Climática, que está em consulta pública e visa estabelecer metas e objetivos para alcançar a neutralidade das emissões de gases de efeito estufa até 2050. Além disso, o Estado representa os governos subnacionais da América Latina e Caribe.
“O esforço conjunto dos governos regionais é imprescindível para a implementação de medidas que visam a descarbonização da economia e a redução das emissões”, explica o subsecretário de Meio Ambiente de São Paulo, Eduardo Trani.
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