Concretização de projeto autoritário seria reduzir poder da elite política, diz pesquisador sobre Bolsonaro – O POVO
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A eventual concretização de um projeto autocrático por parte do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), candidato derrotado à reeleição, significaria redução de poder de uma elite política representada, por exemplo, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e pelo ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira. Se soma a essa realidade o fato de a suposta tentação autoritária não encontrar apoio numericamente decisivo na sociedade brasileira.
A avaliação é do doutor em Ciência Política pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Mario Schettino Valente. Tanto Lira como Nogueira, anota o professor, são representantes de uma elite política que tem maioria nas casas legislativas e sem a qual todos os governos têm vida política disfuncional.
Ao contrário de parcelas do núcleo ideológico encontradas no entorno do presidente Bolsonaro, os dois caciques do PP reconheceram Lula como vencedor da disputa nacional. Eles sintetizam o comportamento geral do sistema político que dá as cartas em Brasília.
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O pesquisador destaca que a manutenção da democracia é, no caso destas forças de centro-direita abrigadas em partidos que formam o chamado “centrão”, vital para a continuidade de seus privilégios na definição dos rumos do orçamento.
Os movimentos em frente a regiões militares se dispersam com o passar dos dias. A alegação de que houve fraude nas urnas que fizeram Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vencedor não tem lastro na realidade. Em grupos bolsonaristas nas redes sociais, têm circulado notícias fraudulentas segundo as quais o resultado da disputa pode ser revisto ou mesmo o País alvo de uma intervenção militar. Todas inteiramente falsas.
“A deterioração vai avançar”, diz Valente sobre o capital político de Bolsonaro. Questionado sobre se as comparações entre a realidade brasileira e a americana, com o episódio do Capitólio liderado indiretamente pelo republicano Donald Trump – contra o resultado que favoreceu o democrata Joe Biden – foram exageradas, ele responde que não. O risco de algo similar era iminente, mas os alertas serviram justamente para debelar as iniciativas.
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