Sem rumo, a bancada do PL na Câmara agoniza: “Cadê o Bolsonaro?” – Metrópoles

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Blog com notícias, comentários, charges e enquetes sobre o que acontece na política brasileira. Por Ricardo Noblat e equipe
10/11/2022 10:00, atualizado 10/11/2022 15:03
“Temos um líder, e nós o seguimos. Um companheiro que hoje está passando talvez o pior momento de sua vida, porque esperava uma vitória. Imagina a sua angústia! Não consigo falar com ele… Talvez alguém consiga. É para dar essa força. Temos que levantar a cabeça. Temos que nos reinventar.”
O líder angustiado e isolado é Jair Bolsonaro. A declaração acima é do experiente deputado Jefferson Campos (PL-SP), eleito para seu sexto mandato, e foi dita ontem em uma grande reunião da bancada de seu partido (foto acima), na tentativa de juntar os cacos da derrota para Lula e seguir em frente. Parlamentares novatos também participaram da agenda.
O partido elegeu a maior bancada na Câmara da próxima legislatura, com 99 deputados, mas está sem rumo. Nessa reunião, foram discutidas maneiras de reagir. Houve defesa do apoio aos movimentos golpistas nas portas dos quartéis – falou-se até em acampar em frente ao Senado –, insistência no impeachment de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e ponderação de obstruir votações do Congresso no ano que vem.
“A partir de agora, não faremos acordo para mais nada enquanto não votarmos o impeachment de ministros do Supremo (STF) lá no Senado. Se os 99 deputados quiserem acampar em frente ao Senado, estou dentro. O que não podem é calar a nossa voz”, disse Marcelo Moraes (PL-RS).
O PL vê o futuro com pessimismo e muitas dúvidas. Sobrou até para o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que condicionou o apoio do partido à reeleição de Arthur Lira à Presidência da Câmara a um gesto recíproco no Senado; ou seja, Lira deveria apoiar alguém do PL para presidir a outra Casa.
“Ontem (terça), o Valdemar disse: ‘Nós vamos apoiar aqui o Arthur Lira, porque ele vai nos apoiar lá no Senado’. Imagina. O Arthur nos troca por PT, PSol, PP e PSD, e a gente vai ficar com a quinta escolha da Mesa (cargos de direção da Câmara). Vão nos engolir. Vamos para o embate”, afirmou Jefferson Campos.
“A notícia que corre é que o (Rodrigo) Pacheco já está reeleito lá no Senado”, afirmou Giovani Cherini (PL-RS).
“O problema será aqui mesmo (na Câmara). Lá (no Senado), já foi para o brejo”, emendou o deputado Vermelho (PL-PR).
Campos chegou a dizer que, “se Bolsonaro não reagir, ficará inelegível daqui a dois anos e não disputará a eleição”.
O líder do PL na Câmara, Altineu Côrtes (RJ), anunciou que serão feitas reuniões semanais para discutir ações do partido e que não serão cometidos “erros do passado”. Ele defendeu Valdemar.
“Temos um presidente do partido que é um cara de palavra, honesto; um cara que é reconhecido no meio político. Temos o presidente Bolsonaro. Basta nos organizarmos e partirmos para dentro”, disse Côrtes.
 
 
“A questão de violência contra mulheres. Alimentação é outro compromisso importante. Garantir a alimentação. E a questão do racismo. Que é uma coisa que a gente não consegue mais admitir na sociedade”. (Janja, mulher de Lula, sobre as prioridades do novo governo)
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A sorte do novo governo nacional depende do êxito político desta intrincada tessitura de formação e composição de um governo de Frente Ampla
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