Natureza, exclusividade e excelência na Bahia – Istoé Dinheiro

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Celso Masson
É uma manhã de sábado no Alto da Pitinga, bairro formado por luxuosas residências de veraneio com vista privilegiada para o mar a poucos minutos do centro de Arraial D’Ajuda, no sul da Bahia. De chinelo havaiana, bermuda, camiseta e boné, um rapaz que nem sequer aparenta ter chegado aos 30 anos circula em meio às obras da segunda fase do residencial Falésia, que terá um total de 20 casas quando estiver pronto, em fevereiro de 2023. Ele observa o reboco de uma parede, passa o dedos pelo chapisco, chama um operário e comenta: “Cuidado que aqui pode trincar”. A reposta é imediata: “Já colocamos uma tela para evitar trinca, pode ficar tranquilo”. E o rapaz segue adiante, agora inspecionando as estacas de um empreendimento contíguo, batizado Azul, onde em breve haverá outras 16 casas, com quatro ou cinco suítes, todas com piscinas privativas, algumas com vista eterna para o Atlântico.
Quem observa a cena pode supor que aquele jovem é apenas um tipo curioso ou o proprietário de um dos imóveis do condomínio em obras, ansioso para pegar as chaves de sua futura casa de praia. Difícil é acreditar que se trata de quem idealizou e coordena tudo nos mínimos detalhes, desde a escolha de arquitetos, paisagistas e decoradores até o modo como são feitas as fundações e o calçamento. Somados, os dois empreendimentos vizinhos no Alto da Pitinga têm Valor Geral de Venda (VGV) que supera a cifra de R$ 180 milhões. E eles são apenas duas das nove unidades de negócios do Grupo Nampur, criado há cinco anos pelo empresário paulista Victor Meireles. Quando a conta inclui tudo o que a Nampur já entregou ou prevê lançar até 2025, seu landbank beira R$ 1,5 bilhão. Algo quase inimaginável para uma empresa tão jovem e que tem como controlador e CEO alguém que completou 30 anos em setembro passado.
Se os números do negócio impressionam tanto quanto a precocidade de seu idealizador, tudo fica ainda mais interessante quando entra em cena a visão de Meireles sobre a região que ele escolheu para empreender — e a maneira como conseguiu escalar os ativos da companhia, sempre baseado em um conceito de lifestyle que tem a natureza no centro de tudo. Até o nome Nampur vem daí: ele evoca “natureza pura”, segundo Meireles.
1 de 3 ALTO PADRÃO Duas das villas construídas pela Nampur em Arraial D’Ajuda pela Nampur, de Victor Meireles (foto ao lado). Com apenas 30 anos. ele controla a empresa que já soma um landbank de R$ 1,5 bilhão
Foto: Divulgação
2 de 3 Victor Meireles
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Nascido em uma família de classe média em São Bernardo do Campo (SP), ele viu o pai, Adelson de Sousa, prosperar rapidamente no setor de tecnologia. Depois de ter sido catador de ferro velho e office-boy em um banco, Sousa entendeu que a informática era um tema promissor. Passou a produzir conteúdo em publicações especializadas até criar a IT Mídia, empresa que há duas décadas organiza o IT Forum, líder do setor. Seguindo o exemplo do pai, Meireles também abraçou a tecnologia antes de se aventurar no ramo imobiliário. Em 2013, ele foi um dos fundadores do iai?, sigla para Instituto de Artes Interativas, uma escola para desenvolvedores de aplicativos (devs). “Quando vendi o iai? ganhei algum dinheiro e passei a procurar locais do litoral brasileiro para investir”, afirmou.
Desde os anos 90 sua família já frequentava Arraial D’Ajuda e Trancoso, que pertencem a Porto Seguro (BA). A região se tornou a preferida para o jovem investidor pela ampla oferta de atrativos. As praias são de águas limpas e temperatura agradável o ano todo, algumas com falésias e piscinas naturais. O patrimônio histórico e natural é bem preservado graças aos órgãos de fiscalização e à própria comunidade. Há ótimas opções gastronômicas, atividades culturais (o belíssimo teatro L’Occitane é apenas um exemplo) e práticas esportivas que vão do mergulho ao golfe. A isso se soma a facilidade de acesso. Porto Seguro tem um aeroporto internacional que recebe 2,2 milhões de passageiros por ano, além de pistas para aviação executiva em condomínios. “Estamos a duas horas ou menos de voo de diversas capitais”, afirmou Meireles.
HELIPONTO Escolher a região com os atributos capazes de atrair o interesse de futuros compradores foi o primeiro passo. Os seguintes foram encontrar terrenos exclusivos e contratar profissionais de excelência que pudessem materializar os conceitos de bem-estar que norteiam a Nampur. Um dos primeiros projetos foi a Villa Greda, que ganhou protagonismo mundial na capa da badalada Condé Nast Traveller, revista focada em destinos de luxo. Com uma vista exuberante da praia de Mucugê, ela forma um minicondomínio com as vizinhas Bahia Blue e Arraial Blue, de altíssimo padrão, com direito a heliponto homologado. “Desenvolvemos villas e residências que exigem respeito à cultura, à herança local e ao meio ambiente”, disse Meireles. Para que isso seja possível, a Nampur escolhe colaboradores a dedo, alguns deles pela forte ligação com o entorno. É o caso da arquiteta Sara Romana Afonso, de origem francesa e que adotou Trancoso para viver e trabalhar. Ela dividiu o projeto do Falésia com o paisagista Luiz Carlos Orsini, que entre outros projetos tem no currículo uma parte do Instituto Inhotim, em Brumadinho (MG).
1 de 2 INTEGRAÇÃO COM A FLORESTA Perspectiva ilustrada do residencial A Mata, com casas de teto verde que preservam a vista do mar logo à frente. Revestidas com madeira, salas de estar (abaixo) podem ser totalmente abertas.
Foto: Divulgação
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Os arquitetos convidados pela Nampur usam materiais rústicos como madeira roliça e palha de dendê na estrutura e no acabamento. As casas têm muita área envidraçada para receber iluminação natural e ventilação cruzada para reduzir a necessidade de ar-condicionado. Projetado para ter 18 residências em um terreno de 44 mil m2, o residencial A Mata, no Alto do Segredo, em Trancoso, é um exemplo de integração total com a natureza. A implementação em declive e os tetos verdes de cada unidade se integram à vegetação nativa formando um contínuo de jardins. Os carros ficam estacionados em uma área remota e o acesso às casas só pode ser feito caminhando ou em veículos elétricos para evitar emissões e barulho. Uma curta caminhada leva à praia, acessível pelo beach club Flô, recém-inaugurado.
Com 27 casas projetadas por Caio Bandeira, o residencial Brisa, no melhor ponto de Arraial, tem apenas oito unidades em estoque. Há ainda novos projetos na Praia do Espelho e até dentro do Hotel Fasano, em Trancoso.
“Diversão, mas também paz, espaço, harmonia, família e amigos, saúde e felicidade. Isso é Nampur.” A frase está em um folheto de vendas da empresa, para a qual sobram clientes dispostos a pagar acima de R$ 5 milhões por um imóvel de praia. Apesar de fiel, ela não diz tudo o que é a Nampur. A empresa atua para deixar um impacto positivo nas comunidades, seja por meio de programas sociais como Sementes Brilhantes, que atende cerca de 100 crianças, seja ao investir no patrimônio histórico. É o caso do sino da Igreja de São João Batista, no Quadrado de Trancoso. Depois de 50 anos em silêncio, ele foi reativado em 2020 graças a uma doação da Nampur.
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