Na bolsa de Valores, especuladores mantêm o olho na política – Diário do Nordeste

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Hoje, dia 15 de novembro, feriado pelo Dia da Proclamação da República, a Bolsa de Valores brasileira, a B3, não opera. Mas ontem ela funcionou e fechou em alta de 0,81%, aos 113.161 pontos. 
O dólar, por sua vez, recuou 0,64%, fechando cotado a R$ 5,29.
No pregão de ontem, a B3 oscilou entre subidas e descidas.

Reparem como o mercado financeiro opera à base da especulação: foi só o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, falar, no meio do dia, a favor da Pec da Transição, defendendo sua validade apenas para 2023, as ações negociadas na Bolsa começaram a subir e o pregão fechou em alta, reduzindo as perdas da semana passada, que foram de 5%.
Na opinião de analistas citados pelo Infomoney, um site especializado em economia, a posição assumida por uma parte do Congresso Nacional, no sentido de que as despesas do futuro governo sejam menores do que as já anunciadas deixa um pouco aliviados os investidores, que podem mesmo ser chamados, corretamente, de especuladores. 
No pregão de ontem, as ações do Magazine Luiza subiram 4,62%, depois de terem caído fortemente na semana passada. Os papeis da Lojas Americanas também tiveram alta de 3,70%, assim como os do Grupo Pão de Açúcar, que aumentaram 5,16%. 
Também registraram boa alta as ações da Azul Linhas Aéreas, que se elevaram 6,53% por causa da queda do dólar. A Azul, assim como todas as empresas aéreas, se beneficia quando o dólar cai, porque o querosene de aviação, com preço dolarizado, é o seu mais caro item de custo. 
As ações da Embraer fecharam em forte queda de 6,20% como consequência do seu balanço do terceiro trimestre, divulgado ontem, que registrou prejuízo de R$ 93,8 milhões. 
As grandes empresas frigoríficas também tiveram queda forte, como a Marfrig, cujas ações desabaram7,40%, e a JBS, cujos papeis caíram 3,09%.
E na vizinha Argentina, a inflação aproxima-se dos 100%, e por esta razão o governo do presidente Alberto Fernandes fechou um acordo com as redes de supermercados para congelar os preços de 1.500 produtos. 
O Ministério da Economia da Argentina batizou o programa de congelamento de “Preços Justos”.  
A previsão é de que o congelamento dure pelos próximos quatro meses. Será, digamos assim, um congelamento meia boca, porque os preços dos 1.500 produtos poderão ter reajustes de até 4% ao mês até fevereiro do próximo ano. 
Programas de congelamento de preços têm tudo para dar errado, e aqui no Brasil isso aconteceu no governo Sarney, durante o desastroso Plano Cruzado. Qualquer produto, seja na agricultura ou na indústria, tem custo de produção, que varia de acordo com a famosa lei natural da oferta e procura. 
Os argentinos, infelizmente, tomaram o caminho errado e hoje pagam caro, muito caro, pelos erros do seu governo. 
A situação da economia da Argentina se agrava a cada semana. O país ressente-se de quase tudo, principalmente de dólares para bancar suas importações. É uma pena.

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