Moradores pedem novas praças e parques nos bairros na Grande Vitória – Tribuna Online
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Quadras poliesportivas, campos de society e pistas de skate. Pontos de encontro e lazer para crianças, jovens e idosos, as populares praças são uma importante ferramenta de promoção da qualidade de vida de qualquer comunidade.
Não à toa, moradores da Grande Vitória reconhecem o valor desses espaços e desejam mais valorização dos locais.
No bairro Vila Nova, em Vila Velha, a quadra poliesportiva do centro comunitário é um exemplo de bom uso por parte da comunidade. O marítimo Luciano dos Santos, 44 anos, conta que foi ali que o projeto Vila Nova Basquete surgiu, há mais de 10 anos.
Desde então, o grupo, que possui de jovens a equipes acima de 40 anos, já disputou vários torneios e campeonatos de basquetebol, tanto regionais quanto estaduais.
“É um espaço muito importante, que atrai jovens e adultos. Vejo que quanto mais estrutura tem a quadra, mais segurança se passa para a população”, comentou Luciano.
As noites de segunda, terça e quinta-feira, a partir das 20 horas, ficam reservadas para os treinos do projeto.
A filha de Luciano, Isabela Dias, 15, é uma das beneficiadas do espaço. Isso porque a quadra do bairro também é o local onde o professor de Educação Física Gilmar da Silva, 59, dá aulas de basquete, as quais Isabela frequenta.
Atendendo cerca de 100 crianças da rede municipal, além dos moradores de Vila Nova, o professor se orgulha das conquistas, que incluem a participação em competições internacionais.
“Queremos levar o basquete para lugares onde ele não chega. O esporte é uma ferramenta para ajudar no desenvolvimento das crianças e dar a elas um futuro”, destacou.
Para Gilmar, o ideal seria que todas as praças tivessem condições de ofertar a maior quantidade possível de esportes.
“Também é preciso contratar professores e estagiários que possam acompanhar as crianças nessas atividades”, acrescentou.
Estudos globais comprovam a eficácia desse investimento. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cada R$ 1 investido no esporte, R$ 3 são economizados na área da saúde pública.
Isso porque a atividade física regular, somada ao bem-estar proporcionado pela prática esportiva, contribui para a redução de problemas de saúde, como obesidade, doenças cardiológicas e diabetes, entre outros.
Tornar as praças atrativas, seguras e confortáveis. Essa é uma das principais tarefas das autoridades competentes para que os espaços públicos sejam, de fato, para todos.
O arquiteto e professor Tarcísio Bahia lembra que o público que frequenta esses espaços é diverso, por isso, as autoridades devem olhar a demanda com atenção, especialmente nos bairros mais vulneráveis.
“As prefeituras já perceberam que instalar esses equipamentos em áreas mais carentes é uma forma de prestar assistência social às comunidades”, avaliou.
Uma opção observada pelo professor é a construção de grandes centros esportivos, que são capazes de englobar toda uma comunidade beneficiada.
“Na falta de espaço adequado, uma sugestão seria fragmentar os equipamentos ao longo dos bairros, ofertando academias populares numa região, uma quadra em outra, e assim por diante”, pontuou Bahia.
O professor acrescenta que apenas novas construções não bastam. É preciso criar uma estrutura nos bairros que possibilite uma rotina ao redor desses equipamentos.
“Requer a contratação de professores para auxiliar nas atividades, providenciar iluminação para quem só pode frequentar o espaço à noite, realizar a cobertura das quadras para que a chuva não impeça a prática, entre outros cuidados”, listou.
Em tempos de jogos on-line, realidades virtuais e inúmeras opções de redes sociais, o educador físico Christian Rosa alerta que as crianças têm deixado as atividades físicas, inclusive por meio das brincadeiras de rua, em segundo plano.
“O índice de crianças fora do peso ideal é bem maior que o índice de alguns anos atrás. Na minha época, levávamos bronca de nossos pais para voltar para casa e sair da rua. Hoje, é literalmente o contrário”, observou.
O benefício do esporte se estende do corpo para a mente. “A possibilidade de fazer amizades e interagir com pessoas é sempre uma ferramenta preciosa no combate à depressão”, afirmou Rosa.
COBERTURA DE QUADRAS
Para o professor de Educação Física e técnico de voleibol Robson Ribeiro, 53 anos, embora existam muitos espaços esportivos na Grande Vitória, algumas melhorias são fundamentais.
“Não temos nesses espaços quadras cobertas e, principalmente, ginásios. Isso dificulta a prática em dias de chuva ou com muito sol”,
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