Coluna: Política & Políticos – Alessandro Vieira, Legalizando a 'carona' – JDV – Jornal do Vale do Itapocu

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17/11/2022
Por Redação JDV

Projeto de lei do senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) garante o transporte nacional e internacional e segurança pessoal ao presidente e vice-presidente da República eleitos, durante as atividades de transição do governo. O projeto de Vieira surge depois que Lula da Silva (PT) e comitiva viajaram para a Cúpula do Clima das Nações Unidas, no Egito, em jato particular do empresário José Seripieri Filho, dono das empresas Qualicorp e dono da QSaúde (planos de saúde).
 
Opositores condenaram a relação entre Lula e o empresário, preso em 2020 pela Lava Jato por suposto caixa dois para a campanha do então candidato ao senado em 2014, José Serra (PSDB-SP). Em2018, no primeiro turno Vieira apoiou Marina Silva (Rede/Solidariedade). No segundo, Jair Bolsonaro, então no PSL, a quem faz oposição atualmente. Segundo o senador eleito, Wellington Dias (PT-PI), Lula ‘pegou carona’ porque o PT não tinha dinheiro para bancar uma aeronave fretada.
Segundo o senador, o custo de um voo para o Egito, em avião fretado, seria em torno de R$ 1 milhão.
 
*O presidente eleito, Lula da Silva (PT), prometeu uma “luta muito forte” contra o desmatamento da Amazônia, afirmando que conversará “muito” com os povos indígenas. Que, sabidamente, vendem as florestas a quem paga mais há décadas. Em seu discurso na COP27 no Egito, Lula afirmou que o futuro Ministério dos Povos Originários é uma medida de justiça, para que os indígenas “não sejam tratados como bandidos”.
*Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e foram publicados em abril deste ano: Nos primeiros três anos do governo de Jair Bolsonaro (2019 a 2021), o desmatamento anual médio na Amazônia foi de 11,4 mil quilômetros quadrados. Nos primeiros três anos do governo Lula, foram desmatados, em média, 24 mil quilômetros. Ou 105% a mais que que a média nos governos do antecessor, Fernando Henrique Cardoso (19,9 mil).
*Liderados pelo governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), que apoiou Lula, nove governadores da bacia amazônica pediram celeridade nas conversas para apoios internacionais. Em 2021 Barbalho teve bloqueio de bens de R$ 12 milhões, citado em Ação Civil Pública pela compra superfaturada de 1.600 bombas de infusão usadas no tratamento da Covid-19.
*Ainda segundo o Inpe, entre janeiro a outubro, 3.197 km quadrados foram desmatados no Pará, o equivalente a 34% da destruição em toda a Amazônia Legal. A Noruega é o maior contribuinte do fundo de apoio internacional, atualmente com US$ 641 milhões disponíveis para ações no meio ambiente. Pode vir dinheiro grosso por aí, logo, logo. E com risco de muitas raposas na porta do galinheiro.
*A Câmara de Joinville aprovou projeto de lei da vereadora Tânia Larson (União Brasil), proibindo a inauguração de obras públicas- solenidade, cerimônia ou coisa que o valha, sem que o empreendimento esteja apto para funcionar imediatamente. Até para conter egos inflados e a demagogia típica do meio político já precisamos de leis.
*A Comissão de Viação e Transportes da Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei relatado pelo deputado Carlos Chiodini (MDB) que regulamenta a atividade de operador logístico, ramo empresarial que oferece serviços integrados de transporte, armazenagem e gestão de estoques de mercadorias para empresas dos setores industrial, comercial e agropecuário. Chiodini presidiu esta comissão em 2021.
 

Aceleradas quando do seu início em 2021, as obras de duplicação as obras de duplicação do trecho urbano da BR-280, de responsabilidade do governo do Estado, estão em ritmo do “quase parando”.  “Visitamos outras obras no feriado (15), com as empresas trabalhando para cumprir os cronogramas, mas não vi ninguém nesse trecho”, observou o deputado Vicente Caropreso (PSDB). De fato, é notória a lentidão. Por exemplo, mesmo que já removida a tubulação de gás natural que passa por ali, a duplicação da Ponte do Portal ainda está no papel.
 
Uma estimativa do Departamento Nacional de Infraestrutura feita em 2019, indicava cerca 600 áreas para desapropriações ao longo da BR-280, no trecho de 36 km entre o porto de São Francisco do Sul e a BR-101. Na Justiça Federal corre mutirão de conciliação para desapropriação de mais 21 áreas, entre São Chico e Araquari. A duplicação da mais importante rodovia do Vale do Itapocu, entre o porto até Nereu Ramos, em Jaraguá do Sul, se arrasta há quase nove anos. Em todo o trecho são mais de mil desapropriações, em parte já resolvidas.
 
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