Libra e LFF: conheça os clubes em cada grupo e entenda a divisão atual no futebol brasileiro – LANCE!

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Grupos querem criar liga única para organizar as Séries A e B do Brasileirão (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
As negociações pelo futuro do futebol brasileiro estão divididas em dois grupos: a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) e a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF). Os dois blocos têm como objetivo a criação de uma liga única para organizar as Séries A e B do Campeonato Brasileiro, mas ainda apresentam divergências.
Abaixo, o LANCE! detalha os clubes presentes em cada grupo e explica os motivos da divisão atual do futebol brasileiro.
DIVISÃO ENTRE OS BLOCOS 

Liga do Futebol Brasileiro (Libra) foi fundada em maio deste ano por sete clubes: Bragantino, Cruzeiro, Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Santos e São Paulo. O bloco aumentou nos últimos meses e conta atualmente com 16 equipes. 

Eles não formam maioria entre os times de Série A e B, mas estão na frente no poderio econômico e na concentração de torcida. Em busca de diminuir a diferença numérica para a LFF, a Libra fechou com dois clubes recém-promovidos para a Série B: Vitória e Mirassol. O Botafogo-SP deve seguir o mesmo caminho nas próximas semanas.

Clubes da Libra (16): Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória.
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A Liga Forte Futebol do Brasil (LFF) surgiu pela divergência de alguns clubes com propostas da Libra. O grupo é formado por 25 equipes, mas pode ver esse número diminuir porque quatro integrantes foram rebaixados para a Série C de 2023.

Apesar do menor poderio econômico, a LFF teve uma vitória recente em relação à Libra. Ao todo, cinco times que fazem parte do bloco vão disputar a Libertadores 2023 (Inter, Fluminense, Athletico-PR, Atlético-MG e Fortaleza) – contra três da Libra (Palmeiras, Corinthians e Flamengo).

Clubes da LFF (25): Athletico-PR, Atlético-MG, América-MG, Atlético-GO, Avaí, Brusque*, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA*, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico*, Operário*, Sampaio Corrêa, Sport, Tombense e Vila Nova.

* Clubes que jogarão a Série C em 2023
PRINCIPAL DIVERGÊNCIA: DIVISÃO DE RECEITAS

Os times estão em dois grupos separados por não entrar em consenso sobre a divisão de receitas. Os que estão na Libra aceitam uma diferença maior entre o que mais recebe e o que menos recebe, enquanto os da LFF pregam uma divisão com menos distância.

O estatuto inicial da Libra previa a divisão de 40% da receita dividida igualmente entre todos os participantes da competição, 30% de variável por performance e 30% por engajamento.

O Futebol Forte se espelha em ligas europeias e quer uma divisão diferente: 45% divididos de forma igualitária, 30% sobre performance e 25% por apelo comercial. O grupo entende que a diferença máxima de receita entre os clubes não deve ultrapassar 3,5x.
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Há conversas em andamento para alcançar um consenso sobre o tema e reuniões técnicas ocorreram nos últimos meses. Enquanto não chegam a um acordo, os dois blocos procuram separadamente por investidores. 

As empresas responsáveis pelas negociações da Libra com o mercado são a Codajás Kapital Sports e o BTG Pactual. A LFF é representada por três empresas: XP Investimentos, Alvarez & Marsal e LiveMode.

A Libra, inclusive, avançou nas negociações com o Mubadala Capital, fundo ligado ao governo dos Emirados Árabes Unidos (EAU). A LFF, no entanto, divulgou nota oficial nesta semana negando que recebeu proposta do fundo árabe (leia mais aqui). O bloco garante que tem outros investidores interessados e vai avaliar todas as propostas.

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