Como Steve Bannon ajudou bolsonaristas a atacar ministros do STF em Nova York – Diário do Centro do Mundo

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Os ataques de bolsonaristas contra cinco ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que participaram de um evento do grupo Lide, em Nova York, mobilizaram a polícia da cidade norte-americana e até mesmo a polícia diplomática dos EUA. Os extremistas teriam sido contratados pelo estrategista-chefe da Casa Branca na gestão do ex-presidente americano Donald Trump, Steve Bannon.
O ex-estrategista de Trump teria financiado os bolsonaristas com diárias de 100 dólares e fretado os ônibus dos manifestantes golpistas.
No primeiro dia do Lide Brazil Conference, na última segunda-feira (14), o Departamento de Polícia de Nova York (NYPD) foi alertado pelo consulado-geral do Brasil na cidade sobre a alta dos atos golpistas, e enviou oito policiais para a porta do Hotel Sofitel, onde os ministros ficaram hospedados.
No dia seguinte, com o aumento da agressividade dos manifestantes, o efetivo quase dobrou para 15 policiais. De acordo com a jornalista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, metade deles eram do setor de inteligência, se vestiam à paisana e não eram identificados como agentes pelos bolsonaristas, segundo uma fonte diplomática que participou das negociações com o NYPD.
Uma outra parcela dos agentes estava uniformizada e atuava com o policiamento ostensivo. Já um terceiro grupo utilizava uniformes de tropa de choque. Sete viaturas tiveram que ser deslocadas para o hotel.
Os protestos já eram previstos, porém, a violência exponencial dos manifestantes no primeiro dia surpreendeu, além dos gritos e xingamentos, se aproximaram fisicamente de ministros, bateram nos óculos da mulher de um deles, e até mesmo chegaram a se jogar na rua na frente de uma Van que os transportava, dando socos no carro para tentar impedir a viagem.
O ex-presidente dos Estados Unidos e o Bannon teriam aconselhado o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL), a se rebelarem contra o resultado das eleições no Brasil. Segundo as informações do The Washigton Post, Bannon confirmou o encontro com o deputado.
Nessa reunião, eles conversaram sobre as manifestações antidemocráticas que fecharam rodovias e ocuparam espaços em frente aos quartéis.
Um outro ex-assessor de Trump, Jason Miller, também confirmou que almoçou com Eduardo, na Flórida, para conversarem sobre “censura digital e liberdade de expressão”. O filho do presidente também teria participado de reuniões após o segundo turno, no resort de luxo Mar-a-Lago, que pertence a Trump, em Palm Beach, na Flórida.
Bannon foi condenado no mês passado a quatro meses de prisão. O ex-funcionário da Casa Branca foi acusado de prejudicar o andamento de investigações sobre o ataque ao Capitólio, que aconteceu em janeiro de 2021.

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