Duarte Pio diz que crise exige fim da corrupção e classe política forte e séria – Diário de Notícias

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Apesar de ser inegável “a melhoria gradual das condições de vida e da economia portuguesa nas últimas décadas”, para Duarte Pinto é evidente que Portugal cresce “mais devagar do que a maioria dos outros países”.
© Orlando Almeida / Global Imagens
O herdeiro da Casa Real portuguesa, Duarte Pio, considera que a guerra veio agravar a já “bastante frágil” situação económica portuguesa e que a crise exige o fim das situações de corrupção e “uma classe política forte e séria”.
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“Esta crise obriga-nos a acabar de uma vez com todas as situações de gritante corrupção que temos vindo a ter conhecimento nos últimos tempos”, afirma Duarte Pio, na sua tradicional mensagem do 1.º de Dezembro, na véspera do dia da Restauração da Independência, à qual a agência Lusa teve acesso.
Para o herdeiro da Casa Real portuguesa, “esta é uma situação que sistematicamente produz uma sombra pesada sobre o país”.
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“Necessitamos de uma classe política forte e séria, e que esteja também decidida a fazer face aos desafios que se colocam a Portugal”, defende.
Duarte Pio acrescenta que a guerra vem agravar a situação económica portuguesa, “que já era bastante frágil”, alertando que “a inflação, a escassez de produtos, o aumento exponencial dos combustíveis e energia, vai dificultar ainda mais” a vida dos portugueses.
Apesar de ser inegável “a melhoria gradual das condições de vida e da economia portuguesa nas últimas décadas”, para Duarte Pinto é evidente que Portugal cresce “mais devagar do que a maioria dos outros países”.
“Considerando que temos vindo a perder competitividade e oportunidades, tanto nos períodos internacionais favoráveis, como nos desfavoráveis, esta evolução só se pode atribuir opções políticas e económicas erradas”, critica.
Segundo o herdeiro da Casa Real portuguesa, em Portugal “as pessoas e as empresas que obtêm sucesso são vítimas de inveja social e de perseguição fiscal”, enquanto as “inativas ou pouco produtivas são continuamente promovidas e incentivadas, criando um país de subsidiodependentes, viciadas em pedir e receber favores do estado e fundos da Europa”.
Duarte Pio começa a sua mensagem aos portugueses recordando que este ano foi marcado por uma realidade improvável, ou seja, uma guerra na Europa, que se tem “traduzido numa verdadeira tragédia humanitária, mas também económica”.
“Gostava de salientar a mobilização do povo português, que desde a primeira hora tudo fez para atenuar o sofrimento de milhares de refugiados. Tivemos todos conhecimento de inúmeras iniciativas concertadas ou espontâneas por parte dos portugueses mostrando uma vez mais que o nosso povo se mobiliza de forma solidária nos momentos mais importantes”, recorda.
A mensagem termina com uma referência à Jornada Mundial da Juventude que se vai realizar em Portugal em agosto de 2023, dando a igreja uma “oportunidade única de afirmar Portugal junto dos jovens num inspirador encontro de culturas que será com certeza inesquecível”.

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