Flávio Bolsonaro diz a interlocutores que pai pode passar a faixa para Lula – UOL Confere

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Texto em que o autor apresenta e defende suas ideias e opiniões, a partir da interpretação de fatos e dados.
Thaís Oyama é comentarista política. Foi repórter, editora e redatora-chefe da revista VEJA, com passagens pela sucursal de Brasília da TV Globo, pelos jornais Folha de S. Paulo e O Estado de S Paulo, entre outros veículos. É autora de “Tormenta – O governo Bolsonaro: crises, intrigas e segredos” (Companhia das Letras, 2020) e de “A arte de entrevistar bem” (Contexto, 2008).
Colunista do UOL
08/12/2022 12h18Atualizada em 08/12/2022 19h03
O senador Flávio Bolsonaro disse ontem a interlocutores que seu pai, o presidente Jair Bolsonaro (PL), está “bem mais animado” e pode “até concordar em passar a faixa para Lula”. Além do filho mais velho, também o vice-presidente Hamilton Mourão vem aconselhando o ex-capitão a comparecer à cerimônia de posse de seu sucessor.
Segundo afirmou Flávio, o pai, que tem se mantido mudo e apático desde a derrota, “começou a se mexer” estimulado pela eleição para a presidência do Senado.

O primogênito de Bolsonaro disse que o presidente já está recebendo senadores no Palácio da Alvorada e pedindo votos para Rogério Marinho. Foi de Bolsonaro a escolha do ex-ministro do Desenvolvimento Regional para disputar a presidência do Senado com Rodrigo Pacheco, o atual titular.
Bolsonaro está ouvindo de aliados que a chance de conquistar o comando do Senado representa a chance de se “vingar” de Alexandre de Moraes — pedidos de impeachment de ministros do Supremo têm no presidente da Casa o primeiro filtro— e também de “infernizar a vida de Lula”.
Da parte do PL, o partido do presidente, a eleição para o comando do Senado é prioridade.
Ontem, o senador Chico Rodrigues, que era do União Brasil, anunciou sua filiação ao partido. Com isso, a bancada de Valdemar Costa Neto no Senado, que já era a maior da Casa, cresce para 15 senadores.
O cacique trabalha para atrair novos nomes ainda antes do dia 2 de fevereiro, data da eleição para a presidência das Casas.
Seus argumentos: como em 2026, dois terços dos senadores encerram seus mandatos, os que pretenderem concorrer a nova eleição precisarão de tempo na TV e dinheiro do fundo partidário para suas campanhas — dois artigos que o PL tem de sobra.
Para se eleger presidente do Senado, o candidato precisa ter a maioria dos votos (secretos) dos 81 senadores.
Hoje, pelas contas do PL, a formação de um bloco com o PP e o Republicanos somaria pouco mais que 20 votos. E, ainda assim, a adesão da última sigla resta incerta — não é de hoje que o presidente do Republicanos, Marcus Pereira, ensaia aproximações com o PT.
A dedicação de Bolsonaro à candidatura de Rogério Marinho, portanto, é fundamental para a ambição de Valdemar Costa Neto de fazer o sucessor de Rodrigo Pacheco. Assim como na Câmara, a influência do ex-capitão no Senado extrapola os limites da bancada de seu partido — há senador “bolsonarista” até mesmo na sigla de Pacheco, o PSD.
Bolsonaro ensaia sua saída do claustro. E a eleição do dia 2 de fevereiro pode ser uma pista do tamanho com que ele surgirá.
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do UOL
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