O novo escândalo que envolve o senador Flávio Bolsonaro – Revista Fórum

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O mandato de Jair Bolsonaro (PL) vai chegando ao fim e a lista interminável de escândalos envolvendo o futuro ex-presidente radical, seu governo e seus filhos não para de aumentar. Desta vez, a nova denúncia envolve o rebento 01, o senador da República Flávio Bolsonaro (PL-RJ).
Segundo o diário paulista O Estado de S. Paulo, Flávio está atuando como advogado, uma prática bastante controversa quando se trata de um senador, que por questões éticas tem bem reduzidas as suas áreas de atuação, e a contribuição do pupilo primogênito de Bolsonaro seria ao lado de um colega de profissão que é acusado de comprar sentenças.
Flávio tirou sua carteira da OAB em abril de 2021 e desde então está com um escritório que atua no Distrito Federal (DF). Embora interlocutores afirmem que ele tem se aproximado de juízes da Brasília, sobretudo de tribunais superiores, até agora o senador vinha mantendo discrição de suas atividades advocatícias, inclusive não permitindo que fossem revelados os nomes de seus clientes e de ações em que atua.
No entanto, a reportagem do Estadão mostrou que Flávio atua numa disputa privada entre herdeiros de uma antiga e conhecida fábrica de doces do Rio Grande do Norte, a Simas Industrial, que desde 2008 se enfrentam nos tribunais pela dissolução da sociedade e pela divisão dos R$ 18 milhões do capital da empresa. Mas o que chama a atenção é que o senador, ou seja, um ocupante do Senado do Federal e filho do presidente da República, tenha se associado a Erick Pereira, um advogado que é filho de um ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho (TST) que há 10 anos vem sendo denunciado pelo Ministério Público por acusações de compra de sentença judicial.
Erick Pereira já advogava para uma parte dos herdeiros da Simas Industrial, a que controla os negócios, e Flávio Bolsonaro surgiu, então, atuando na mesma frente. O advogado Willer Tomaz, amigo de Flávio e que está acusando o jogador da seleção Richarlison, assim como seus empresários, de serem “invasores” de uma mansão em Angra dos Reis, a qual o senador teria interesse de compra, é outro nome que aparece nos processos da indústria de doces potiguar.

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