Depois da PF afastar 3 conselheiros do TCE, por corrupção, Jerson Domingos assume a corte – Correio do Estado
Acessiblidade
Política
CORRUPÇÃO
Investigação aponta que os conselheiros eram parte de esquema que fraudava processos licitatórios
08/12/2022 12h58
celso bejarano
Arquivo Correio do Estado
Depois de enfrentar uma nebulosa manhã, nesta quinta-feira (8) com o afastamento de três conselheiros, incluindo o presidente da corte fiscal e o corregedor, por corrupção, o comando do TCE (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) anunciou que o vice-presidente Jerson Domingos é quem vai chefiar o tribunal.
“Em função de decisão do Ministro do Superior Tribunal de Justiça, Francisco Falcão, o conselheiro Jerson Domingos assume, interinamente, a presidência do Tribunal de Contas de Mato Grosso do Sul nesta quinta-feira, 8 de dezembro de 2022”, diz a nota emitida pela assessoria de imprensa do TCE.
Diz também o comunicado: “Ainda hoje o presidente, conselheiro Jerson Domingos, deve se reunir com os demais conselheiros e diretores da Corte de Contas para deliberações”.
Na nota, contudo, o tribunal não menciona uma sequer linha sobre a operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (8), pela Polícia Federal que afastou três dos sete conselheiros da corte.
Decisão judicial, assinada pelo ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Francisco Falcão, devido ao esquema de licitação fraudulenta, determinou o afastamento do presidente do TCE, Iran Coelho das Neves e outros dois conselheiros, Waldir Neves Barbosa e Ronaldo Chadid. O trio, conforme a decisão, será monitorado por tornozeleiras eletrônicas.
A operação, batizada de Terceirização de Ouro, envolveu, além dos investigadores da PF e também da Receita Federal e Controladoria Geral da União.
Os investigadores informaram até agora que a trama conta com a participação de servidores públicos implicados no desvio de recursos públicos, direcionando contratos e através de processos licitatórios fraudulentos.
Os cargos dos conselheiros do TCE são vitalícios e os salários deles superam a casa dos R$ 30 mil.
O TCE só existe justamente para evitar que os recursos públicos sejam desviados.
PREVISÃO
A contribuição externa para a atividade econômica no Brasil será menor, com vários países preocupados em combater a inflação alta que se espalhou pelo mundo por causa dos desequilíbrios causados pela covid-19 e pela guerra na Ucrânia
08/12/2022 19h11
Presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva Divulgação
O próximo ano será “desafiador” para a economia, mas há dúvidas sobre como o novo governo do PT reagirá ao cenário, conforme economistas da Fundação Getulio Vargas (FGV).
A contribuição externa para a atividade econômica no Brasil será menor, com vários países preocupados em combater a inflação alta que se espalhou pelo mundo por causa dos desequilíbrios causados pela covid-19 e pela guerra na Ucrânia. E impulsos temporários ou atípicos, alguns associados à pandemia, não se repetirão.
O quadro foi desenhado nesta quinta, 8, por pesquisadores do Instituto Brasileiro de Economia (FGV Ibre), que participaram de seminário transmitido pela internet, organizado em parceria com o Estadão.
Os especialistas externaram preocupações sobre como a política econômica do novo governo enfrentará os desafios “Acho que 2023 é desafiador porque, do ponto de vista cíclico, precisamos desacelerar”, disse Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre.
Após a divulgação dos dados do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre, o FGV Ibre passou a projetar crescimento econômico de 3% neste ano. Só que, para 2023, a expectativa é de desaceleração.
Ciclos
Segundo Silvia, a desaceleração cíclica tem a ver com a combinação de aspectos específicos da crise causada pela pandemia, com políticas de estímulo fiscal ao consumo e com um cenário externo mais desfavorável em 2023.
O problema é que parece haver uma “grande dificuldade de entendimento” sobre esse diagnóstico no gabinete de transição, conforme os sinais emitidos até aqui, disse ela.
Nos discursos públicos dos integrantes da equipe de transição e no formato da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que permitirá abrir espaço no Orçamento de 2023 para gastos inicialmente tidos como essenciais, os pesquisadores do FGV Ibre identificaram uma postura favorável ao aumento de despesas públicas de forma indiscriminada.
Em suas apresentações no seminário, tanto Silvia Matos, coordenadora do Boletim Macro do Ibre, quanto José Júlio Senna, chefe do Centro de Política Monetária do FGV Ibre, reconheceram que o Orçamento de 2023 feito pelo governo Jair Bolsonaro (PL) não se sustenta.
Por isso, requer ajustes, inclusive com mudanças nas regras fiscais, como o teto de gastos. Senna chegou a elogiar as perspectivas de mudanças nas políticas públicas em áreas diferentes da política econômica, como relações exteriores, meio ambiente e assistência social.
O pesquisador Armando Castelar, também participante do seminário, afirmou ver nos sinais iniciais da equipe de transição de governo um viés favorável ao aumento da carga tributária. Especialmente se o ex-prefeito Fernando Haddad for confirmado como ministro da Fazenda.
“Haddad tem feito discurso de aumentar imposto. Ele não fala isso, fala em reforma tributária, mas a prioridade para isso parece ser pelo aumento da carga”, afirmou Castelar.
De acordo com Silvia, o maior problema de uma política econômica sustentada no aumento indiscriminado de despesas do governo está relacionado à inflação elevada.
Por isso, disseram os pesquisadores do FGV Ibre, seria importante que, a partir de 2023, a política fiscal atuasse de forma combinada com a política monetária.
Ou seja, que a dinâmica de despesas do governo não estimulasse a demanda excessivamente.
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MAIS TROCAS
Também foi divulgada exoneração de Valério Azambuja, mas novo nome da pasta de Segurança ainda não foi revelado
08/12/2022 18h51
Prefeitura designa novo Ouvidor-Geral do município e Assessor-Geral Marcelo Victor/Correio do Estado
Dando continuidade na dança das cadeiras que está fazendo na gestão do Executivo Municipal de Campo Grande, a prefeita da Capital, Adriane Lopes (Patriota) divulgou nesta quinta-feira (9), a exoneração de mais duas pessoas que ocupavam cargos no alto escalão da prefeitura.
De acordo com a edição extra do Diário Oficial de Campo Grande (Diogrande) foram retirados dos cargos o então secretário especial de Segurança e Defesa Social, Valério Azambuja, e Marcos Haroitto Guedes Shishido, que desempenhava o papel de Ouvidor-Geral do Município, da Controladoria-Geral municipal.
Ainda conforme o que consta no Diogrande, Marcos Haroitto também foi exonerado do cargo comissionado de Gestor de Projeto, também da Controladoria-Geral de Campo Grande.
Além das exonerações, a prefeitura ainda nomeou para o cargo de Ouvidor-Geral Robson Batista Dias. Para a função de secretário especial de Segurança e Defesa Social, ocupado anteriormente por Valério Azambuja, ainda não houve a divulgação da nomeação oficial.
Entretanto, como divulgado pelo Correio do Estado, um dos nomes cotados para desempenhar tal função é o do vereador Coronel Alírio Villasanti (União Brasil).
Em entrevista para reportagem, o parlamentar não confirmou se irá assumir a pasta e acrescentou que ainda não recebeu o convite de Adriane para integrar a secretaria, mas pretende avaliar a possibilidade caso seja convidado.
Na mesma edição extra do Diário Oficial, ainda foi divulgada a nomeação de Clodoaldo Jesus dos Santos em cargo comissionado, para desempenhar a função de Assessor-Chefe, no gabinete da prefeita. Anteriormente, a vaga era ocupada por Maria Cristina Navarro Garcia de Souza.
Os nomes divulgados nesta quinta-feira (8) não foram os únicos a participarem do troca-troca do Executivo. Ainda na segunda-feira (5), a prefeitura oficializou, por meio do diário Oficial da Capital (Diogrande) a nomeação de Alexandre Ávalo Santana para a Procuradoria-Geral do Município.
No entanto, este é apenas um retorno, já que Ávalo desempenhou a função de janeiro de 2017 a agosto de 2022, quando pediu afastamento do cargo para concorrer a uma vaga de desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS).
Ainda na esteira das novas nomeações, na terça-feira (6), tomou posse o novo secretário de Saúde Municipal, Sandro Benites, que irá chefiar a pasta em substituição a José Mauro Filho, que tinha sido nomeado pela gestão do então prefeito Marquinhos Trad (PSD).
Sandro desempenhava mandato como vereador da Capital pelo Patriota, mesmo partido da prefeita. A nomeação aconteceu em meio a polêmicas, já que diversos parlamentares disseram não saber do acordo do vereador com a prefeita para ocupar a pasta.
Além disso, Sandro esteve presente nas manifestações bolsonaristas que acontecem há mais de um mês em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO) por insatisfação com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para a presidência da República
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