Ao STF, Randolfe pede indiciamento de Michelle e investigação de atos golpistas – CartaCapital
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Faltam para nos livrarmos do Jair
A primeira-dama teria distribuido marmitas a manifestantes que faziam vigília no Palácio da Alvorada
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) apresentou nesta terça-feira 13 uma petição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, para incluir a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, no inquérito dos atos antidemocráticos.
O parlamentar argumenta que a primeira-dama teria sido “uma das financiadoras dos atos, por supostamente atuar no fornecimento de alimentação aos bolsonaristas” que faziam vigília em frente ao Palácio da Alvorada.
“Requer-se que seja apurada a conduta da Primeira-Dama, Michelle Bolsonaro, com seu eventual indiciamento para que seja investigada sua postura como, potencialmente, uma das financiadoras dos atos, por supostamente atuar no fornecimento de alimentação aos bolsonaristas – o que, naturalmente, possui muito mais uma conotação simbólica de apoio político aos atos antidemocráticos do que propriamente um suporte material ao seu estabelecimento; e, talvez, o apoio simbólico seja o mais importante nessas situações, na medida em que indicaria que os autoritários de plantão encontram respaldo nos próprios atuais residentes do Palácio”, escreve o senador no documento.
Randolfe também pede que sejam apurados os atos violentos de bolsonaristas após a prisão do cacique José Acácio Serere Xavante em Brasília.
Após a detenção do indígena, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, apoiadores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) tentaram invadir a sede da PF na capital federal e iniciaram um protesto que resultou no fechamento do Setor Hoteleiro Norte, onde o presidente Lula (PT) se encontrava, e de parte do Eixo Monumental.
Xavante é acusado de “condutas ilícitas em atos antidemocráticos”. A prisão foi solicitada ao Supremo pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelo prazo de dez dias para garantir a ordem pública.
Conforme a decisão, o cacique Serere, como é conhecido, teria realizado nos últimos dias “manifestações de cunho antidemocrático” em frente do Congresso Nacional, no Aeroporto de Brasília, em um shopping e em frente ao hotel onde Lula está hospedado.
Para a PGR, o cacique “vem se utilizando da sua posição de cacique do Povo Xavante para arregimentar indígenas e não indígenas” para cometer crimes, como ameaças de agressão contra Lula e ministros do STF.
“Excelência, não é novidade para ninguém que estamos vivenciando um momento singular, no qual as instituições democráticas estão sendo postas à prova diuturnamente”, acrescenta o senador. “Inclusive, esse foi o tom do discurso de Vossa Excelência ontem na cerimônia de diplomação no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral”.
Leia a petição na íntegra:
Camila da Silva
Repórter e Produtora de CartaCapital
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