Ferrari anuncia encerramento da colaboração com Schumacher após quatro anos – Grande Prêmio
Ferrari e Mick Schumacher vão seguir caminhos diferentes a partir de agora. Em uma nota enviada à imprensa nesta quinta-feira (15), a escuderia italiana anunciou que, por uma decisão conjunta, as duas partes optaram por não renovar o contrato que as uniu nos últimos quatro anos.
O time de Maranello recordou que o filho de Michael chegou à equipe em 2019 por meio do programa de jovens pilotos e, ao longo do caminho, conquistou o título da Fórmula 2 antes de saltar para a categoria máxima do automobilismo mundial pelas mãos da Haas.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
“A Scuderia Ferrari e Mick Schumacher decidiram mutuamente não estender a colaboração depois de trabalharem juntos por quatro anos, com Mick fazendo parte da Academia de Pilotos da Ferrari”, anunciou a equipe em nota. “Mick se juntou à família Ferrari no programa de jovens pilotos de 2019 e, como piloto do FDA, competiu na Fórmula 2 por dois anos com a Prema. Ele venceu três corridas e garantiu o título de 2020. No ano seguinte, ele estreou na Fórmula 1 com a Haas. Ele correu pela equipe por dois anos, iniciando 43 corridas e somando 12 pontos, terminando em sexto no GP da Áustria deste ano e em oitavo no GP da Inglaterra. Além disso, ele cobriu o papel de piloto reserva da Scuderia Ferrari na temporada 2022 da Fórmula 1”, seguiu.
“A Scuderia Ferrari agradece Mick por esses quatro anos e muitos quilômetros percorridos juntos, e deseja a ele todo o melhor no futuro”, completou.
A saída de Schumacher da Academia de Pilotos da Ferrari não chega como surpresa, especialmente após o jovem alemão de 23 anos perder a vaga na Haas. Com o fim da relação com os italianos, ele agora tem mais liberdade para buscar outras oportunidades profissionais.
Ao longo de 2022, Mick foi constantemente batido por Kevin Magnussen, o que levou a equipe norte-americana a optar por Nico Hülkenberg para 2023. Apesar da forma, a Mercedes manifestou interesse em contar com Schumacher como piloto reserva em 2023, com Toto Wolff, chefe da equipe, falando abertamente sobre a importância da família para a marca alemã.
A equipe alemã se vê sem Stoffel Vandoorne, que rumou para a Aston Martin, e sem Nyck de Vries, que topou a missão de embarcar ao lado de Yuki Tsunoda na AlphaTauri em 2023.
“Não é segredo para ninguém: não escondo o fato de que a família Schumacher pertence a Mercedes. Gostamos muito de Mick”, disse Wolff.
Pai de Mick, Michael foi integrante do programa de jovens pilotos da Mercedes a partir de 1990 e defendeu a equipe no retorno à F1 pós-aposentadoria, entre 2010 e 2012, ajudando a construir as bases para o período de domínio da Flecha de Prata no esporte.
No GP de Abu Dhabi, última corrida da temporada 2022, Mick destacou que estava buscando opções para o futuro e assumiu que a Mercedes era uma das alternativas. Com a saída da Ferrari, o caminho fica mais livre para um acordo.
“A Mercedes é uma marca incrível e o que eles alcançaram na Fórmula 1 é incrível”, elogiou. “Com certeza, estou analisando as minhas opções, e a Mercedes é parte delas”, completou.