Lula: ‘Derrotamos Bolsonaro, mas ainda temos que derrotar o bolsonarismo nas ruas’ – CartaCapital
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Faltam para nos livrarmos do Jair
O presidente eleito tratou dos manifestantes da extrema-direita ao anunciar os novos ministros do seu governo em Brasília
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ao anunciar os novos ministros nesta quinta-feira 21, também usou parte do tempo do discurso no CCBB em Brasília para tratar do bolsonarismo e de manifestantes de extrema-direita que seguem nas ruas contra a sua vitória após mais de 40 dias das eleições.
Segundo o eleito, a formação do novo governo anunciada no evento, com caráter mais plural e suprapartidário, é também uma forma que ele encontrou para seguir lutando contra os manifestantes extremistas, assim como foi a frente ampla montada por ele para derrotar Jair Bolsonaro (PL) nas urnas.
“Nós derrotamos o Bolsonaro, mas o bolsonarismo está nas ruas e raivoso, sem reconhecer a derrota que eles tiveram. Teremos que derrotar o bolsonarismo nas ruas para o País voltar a ser democrático e feliz porque esse é um compromisso nosso, que o povo volte a ser feliz, se encontrar e fazer um churrasquinho”, destacou Lula em um trecho do seu discurso.
Um pouco antes, o presidente, que toma posse no dia 1º de janeiro para comandar o País pela terceira vez, também refutou leituras políticas que dizem que os líderes dos movimentos bolsonaristas seriam empresários beneficiados em seus dois primeiros mandatos que ‘viraram as costas’ para ele. Segundo defendeu, a leitura faz pouco sentido:
“De vez em quando as pessoas falam que nós fizemos uma campanha e que a campanha foi difícil porque muita gente que recebeu benefícios no nosso governo passado viraram bolsonaristas e não votaram na gente. Queria pedir para vocês não cometerem esse equívoco”, afirmou. “Primeiro porque o voto é livre e segundo que nós, quando fizemos as políticas sociais, não pediamos para a pessoa votar na gente, a gente fazia sem ficar pedindo favor.”
Ao fim do discurso, Lula tornou a dizer que sua principal missão é fazer o Brasil ‘votar a ser feliz’ o que, nas palavras dele, seria garantir no mínimo três refeições diárias para todos, moradia digna e emprego de qualidade.
O evento desta quinta-feira, em que Lula pregou contra os bolsonaristas nas ruas, marcou a segunda etapa da indicação de novos ministros. Na primeira etapa cinco nomes haviam sido confirmados. Nesta quinta, o eleito revelou outros 17 integrantes do novo governo e prometeu que, até a próxima terça-feira, deve anunciar os outros 13 ministros restantes.
Getulio Xavier
Repórter do site de CartaCapital
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