Corrupção no Parlamento Europeu: EUA atacam a Europa – Causa Operária

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Para garantir a dependência da Europa ao combustível americano, EUA tentam sabotar ainda mais a relação dos países do continente com o Catar
No dia 11 deste mês, o Ministério Público Federal da Bélgica decretou a prisão preventiva de quatros pessoas investigadas no que está sendo chamado de o maior escândalo de corrupção no Parlamento Europeu. Entre elas, está Eva Kaili, agora ex-vice-presidente grega do Parlamento Europeu.
Os investigadores que atuaram no caso teriam achado cerca de 600 mil euros na residência de Eva, dinheiro que teria sido supostamente repassado “a pessoas com uma posição política ou estratégica dentro do Parlamento Europeu” para influenciar as decisões da instituição em prol do governo do Catar. A eurodeputada, por sua vez, assegurou que todas as movimentações financeiras que fez foram devidamente autorizadas pela Comissão Europeia e pelo Alto Representante para os Negócios Estrangeiros, Josep Borrell.
“O que a opinião pública precisa saber é que o Catar não precisou subornar Kaili porque ela foi ao Catar como representante do Parlamento Europeu, e os discursos e entrevistas que ela fez foram após um acordo e uma ordem”, afirmou o advogado de Kaili.
Além de Eva, Antonio Panzerini, social-democrata italiano, está sendo acusado de receber dinheiro de Doha para favorecer a imagem do país na instituição. Entretanto, em seu caso, o Marrocos também entra na jogada, apontado como um dos agentes do esquema de corrupção que procurava engrandecer sua reputação no Parlamento Europeu.
O episódio está sendo impulsionado pela imprensa burguesa dos principais países imperialistas como um absurdo, uma situação que mostra a fragilidade das democracias europeias. Entretanto, fato é que o capitalismo, enquanto sistema político, depende da corrupção para funcionar. Ou seja, sendo verdadeiro ou não, o caso acima é apenas um de milhares. Por que, então, está sendo tão propagado? Pois está sendo utilizado de maneira política.
Com a campanha em questão, cria-se ainda mais um motivo pelo qual o Catar, que foi profundamente atacado durante a Copa do Mundo deste ano, seria um país bárbaro, sujo e corrupto. Afinal, estaria tentando se infiltrar na Europa para mascarar os horrores de seu governo. Nada mais distante da realidade.
Trata-se de uma continuação da investida do imperialismo contra o Catar, pois se trata de um país que, em primeiro lugar, representa uma força anti-imperialista no Oriente Médio e que, por isso, precisa ser combatido.
Em segundo lugar, e mais importante para o caso discutido, o Catar é um importante fornecedor de energia na forma de petróleo e gás não só para os países árabes, mas para todo o mundo, inclusive para a Europa: no final de novembro, a Alemanha, por exemplo, fechou um acordo com a QatarEnergy para importar mais de duas milhões de toneladas de gás natural liquefeito (GNL) por ano.
O problema é que o Estados Unidos, o principal país imperialista do mundo, precisa de meios cada vez mais ousados para garantir a sua dominação em um momento em que a crise econômica atingiu patamares inéditos. Nesse sentido, tenta dominar até mesmo a Europa e, para tal, está gerando uma crise energética generalizada na região para torná-la dependente dos EUA energeticamente. Afinal, a Europa já não tem mais acesso nem ao combustível russo, nem ao combustível iraniano e, agora, ficará sem o combustível catarense.
Esse é, inclusive, um dos motivos por trás da guerra na Ucrânia e das sanções dos Estados Unidos contra os combustíveis russos, sanções essas que, no final das contas, prejudicam muito mais a Europa do que a própria Rússia.
Em outras palavras, o objetivo imediato da campanha dos EUA contra o Catar é fazer com que a União Europeia rompa o contrato com o país árabe para o fornecimento de gás. É daí que vem o escândalo de corrupção no Parlamento Europeu, um mero artifício para consolidar ainda mais o monopólio americano.
Até a UE vive esse problema da corrupção e a seita vem acusando sem provas os EUA, que não tem nada a ver com isso
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