Em jantar com ministro do STF, Bolsonaro se recusou a desmobilizar acampamentos golpistas – Diário do Centro do Mundo

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Há cerca de duas semanas, em um jantar com a presença do ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Dias Toffoli, em Brasília (DF), os aliados do presidente Jair Bolsonaro (PL) tentaram fazer um último esforço para convencer ele a reconhecer o resultado das urnas. Os bolsonaristas argumentaram que essa movimentação ajudaria a esvaziar os acampamentos golpistas pelo Brasil.
Durante o encontro, o presidente se isentou das responsabilidades e disse que “não mobilizou nada, então não vai desmobilizar nada”. Por outro lado, segundo a colunista Mariana Cardeiro, do Estadão, ele prometeu aos presentes, no entanto, que não faria “nenhuma aventura” em relação ao fim do seu mandato.
Um outro pedido foi feito ao presidente. Nessa ocasião, queriam que ele pagasse a dívida brasileira com organismos internacionais, o que foi anunciado pelo o Ministério das Relações Exteriores (MRE), também conhecido como Itamaraty, durante essa semana.
O jantar ocorreu na casa do então ministro das Comunicações, o deputado Fábio Faria (Progressistas). A reunião foi organizada como um “jantar de despedida” para Bolsonaro, que deixará o cargo no dia 31 de dezembro. O evento de Faria aconteceu uma semana antes ser exonerado do ministério, a pedido dele, para viajar para o exterior com a família.
Apesar de ter sido indicado pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para o Supremo, Toffoli manteve uma relação amistosa com o ex-capitão quando presidiu a Corte, entre 2018 e 2020.
Na avaliação de outros ministros, Toffoli pode ter acabado perdendo seu prestígio. O jantar de Toffoli com Bolsonaro foi mal visto por outros ministros, que apostam que ele não conseguirá “remendar” a relação com Lula. Além da proximidade com o atual presidente, Toffoli impediu o petista de, quando preso, ir ao velório do irmão.

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