Estado volta a ter dois times na Copa do Brasil em 2024 – Correio do Estado

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As duas equipes que forem as finalistas do Estadual deste ano ficarão com as vagas
02/01/2023 10h00
judson marinho
Operário será o representante de Mato Grosso do Sul na competição neste ano, quando o Estado terá apenas uma equipe – Valdenir Rezende/Arquivo/Correio do Estado
Mudança de regra na Copa do Brasil do ano de 2024 devolve para o futebol de Mato Grosso do Sul a segunda vaga na competição, à qual tinha perdido direito a partir de 2021. 
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) apresentou, no dia 26 de dezembro de 2022, o regulamento da Copa do Brasil deste ano, que também traz novidades relevantes com relação à edição de 2024.
A entidade mudou os critérios de classificação para a Copa do Brasil, cujas vagas eram distribuídas via ranking nacional de clubes. A partir de 2024, o critério de classificação passará a ser conforme a posição no ranking nacional de federações.
Com isso, a medida acabou fortalecendo as federações estaduais, uma vez que 80 das 92 equipes que vão disputar o torneio em 2024 sairão de competições estaduais.
Segundo o vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul (FFMS), Marcos Tavares, a recuperação da vaga é uma conquista política da federação.
“O presidente [da CBF] Ednaldo [Rodrigues] veio do cargo de presidente da federação baiana e passou as mesmas dificuldades que passamos aqui. E ele em sua campanha foi sensível a isso, valorizando o trabalho das federações estaduais”, disse Tavares.
Com a mudança, os critérios de classificação para a edição de 2024 da Copa do Brasil serão os seguintes: critério 1 – 12 vagas: para os clubes classificados para a Conmebol Libertadores de 2024, os campeões da Copa do Nordeste, da Copa Verde, do Campeonato Brasileiro da Série B de 2023 e clubes complementares oriundos do Campeonato Brasileiro da Série A de 2023, respeitando a ordem da classificação final, caso seja necessário para se completar as 12 vagas; critério 2 – 80 vagas: para os clubes classificados nas competições estaduais de 2023, excluídos os clubes já identificados no critério 1, a distribuição de vagas por estado deverá seguir a base do posicionamento de cada federação no Ranking Nacional de Federações de 2024.
Sendo assim, do 1º ao 2º colocado, seis vagas; do 3º ao 5º, cinco vagas na Copa do Brasil; do 6º ao 14º lugar, apenas três vagas; e do 15º ao 27º, duas vagas (que é o caso da federação de MS). 
“Foi um grande ganho para MS [a volta da segunda vaga]. Espero que isso possa trazer para o Estadual uma melhora na qualidade técnica e na contratação de jogadores em 2023, deixando mais atrativa a competição para o público”, declarou Tavares.
Na Copa do Brasil, Mato Grosso do Sul vai completar três anos com apenas uma equipe representando o Estado, sendo o time campeão estadual do ano anterior à edição atual da Copa do Brasil.
O ano de 2021 foi o primeiro com participação solo de equipes do Estado: o Águia Negra, da cidade de Rio Brilhante.
No ano seguinte, foi a vez da equipe de Costa Rica ser o único representante sul-mato-grossense a disputar a primeira fase. Este ano será a última vez em que MS terá representante solo na Copa do Brasil, com o Operário, atual campeão estadual. 
Com a queda nos últimos anos da federação sul-mato-grossense no ranking federativo, Mato Grosso do Sul disputou por três anos (2020, 2021 e 2022) a fase de grupos do Campeonato Brasileiro Série D com apenas uma equipe do Estado.
Isso porque o regulamento da quarta divisão foi alterado, acrescentando uma fase pré-eliminatória, nos anos de 2020 e 2021, em que as equipes que detinham a segunda vaga das oito entidades estaduais com o pior posicionamento no ranking disputavam, em jogos de ida e volta, uma vaga na fase de grupos.
Nesses dois anos, a equipe Aquidauanense jogou a fase preliminar e foi eliminada nas duas oportunidades.
A partir deste ano, novamente houve uma mudança no regulamento da Série D, que tirou a segunda vaga das quatro piores federações ranqueadas, deixando MS com vaga única.
Apesar de manter a indigesta 25ª colocação no ranking nacional da CBF, a FFMS iniciará este ano na penúltima colocação nacional.
Com a divulgação do novo tabelamento, que tem como base o desempenho dos clubes federados entre 2019 e 2023, Mato Grosso do Sul ficará com 1.276 pontos, atrás de federações como a de Rondônia, que terá 1.293 pontos, e ocupará a 26ª posição do ranking nacional.
Neste ano, a FFMS está à frente das federações rondoniense, penúltima colocada, assim como a federação amapaense, lanterna da lista.
Saiba: Segundo o vice-presidente da Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul, Marcos Tavares, não será necessário reunir as 10 equipes participantes do Estadual deste ano para a mudança de regulamento, já que a escolha da segunda vaga é traçada de forma técnica e está garantido que o segundo colocado (vice-campeão) do Estadual 2023 estará classificado para a Copa do Brasil 2024.
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LUTO
Corpo do ex-jogador, morto na última quinta-feira (29), chegou ao estádio que o projetou ao futebol às 4h54
02/01/2023 09h15
Velório do Rei do Futebol, na vila Belmiro, em São Paulo Divulgação
O adeus ao Rei do Futebol necessitou paciência e protetor solar. Quatro filas em zig-zag em uma das laterais do estádio da Vila Belmiro, em Santos, marcaram o início do velório de Pelé, às 10h desta segunda-feira (2). Amigos e parentes foram os primeiros a entrar.
O corpo do ex-jogador, morto na última quinta-feira (29), chegou ao estádio que o projetou ao futebol as 4h54, após duas horas de cortejo desde o Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo.
Integrantes de uma torcida organizada soltaram fogos na chegada do corpo em carro funerário escoltado por batedores e carros da polícia. Ao redor do estádio há várias faixas em comércios e casas em homenagem a Pelé.
Desde então, a fila foi crescendo lentamente até torcedores e fãs chegarem em peso, a partir das 8h30.
Há cerca de mil jornalistas credenciados entre brasileiros e estrangeiros, como ingleses, italianos, mexicanos e de países sul-americanos.
O caixão foi colocado em uma tenda no meio do gramado por volta das 9h30. O ex-atacante Pepe, parceiro histórico de Pelé com a camisa do Santos, foi um dos primeiros a se aproximar.
Pouco antes, o sistema de som da Vila tocou o hino do Santos e uma música cantada pelo Rei, em que ele dizia que era o Pelé e que havia vindo de Três Corações (MG).
O gari Saulo Duarte Soares, 36, de Juquiá (SP), chegou a Santos na sexta-feira (30) exclusivamente para participar do funeral.
Antes de entrar na fila, viu a homenagem com drones ao Rei na virada do ano, na Praia do Gonzaga
Nesta terça iria ver Pelé pela segunda vez. A primeira foi quando era ainda adolescente, na inauguração de um ginásio em sua cidade
“Vou entrar na fila quantas vezes conseguir até amanhã [terça]”, afirmou o gari, que disse contar com a colaboração de vizinhos da Vila para ir ao banheiro, comer e tomar banho.
O velório vai sem interrupção, até as 10h desta quarta (3), quando sairá o cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, onde mora dona Celeste, mãe de Pelé.
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, foi a primeira autoridade a chegar nesta segunda.
Pouco depois, chegou ao local o presidente da Fifa, Gianni Infantino. Também estão confirmadas as presenças do chefe da CBF, Ednaldo Rodrigues, do governador Tarcísio de Freitas (Podemos) e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), além de ex-jogadores do Santos, que têm uma entrada exclusiva no estádio.
Muitos anônimos vieram de longe, como a servidora pública Adriana Bonfim, 53, que pegou um voo no início da noite de domingo em Brasília, alugou um carro em São Paulo e passou madrugada à espera do início do velório.
“Fiz isso pelo que ele representou ao Brasil”, disse.
LUTO
Velório acontece das 10h de segunda (2) e vai até as 10h de terça-feira (3) (horário de São Paulo)
02/01/2023 08h15
Velório de Pelé é realizado na Vila Belmiro, em São Paulo DIVULGAÇÃO
Antônio da Paz, 69, ainda morava no Sul da Bahia quando ouviu o locutor do rádio gritar alucinadamente. Era a narração do milésimo gol de Pelé, em pênalti contra o Vasco no Maracanã, no Rio, em 10 de novembro de 1969.
Essa história ele não se cansava de contar no começo da madrugada desta segunda-feira (2) em frente a um dos portões da Vila Belmiro.
Seu Antônio da Paz era o terceiro colocado na fila para ver o corpo do ex-jogador que vai ser velado no campo do estádio do Santos, a partir das 10h desta segunda.
Com roupa amarela, uma coroa na cabeça e uma réplica da taça da Copa do Mundo na mão, o ajudante de vendedor ambulante pegou um ônibus em Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo, onde mora atualmente, e chegou à porta da Vila na hora do almoço de domingo (1), e só arredou pé do seu lugar para ir ao banheiro.
“Fiquei três dias na porta do hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo rezando por ele”, afirmou, mostrando um cartaz em que pedia orações pela recuperação de Pele, que morreu na última quinta-feira (29) vítima de câncer.
Por volta da 1h o corredor cercado por grades, por onde passarão os torcedores, tinha cerca de dez pessoas. Entre elas estava o pintor Emílio Carmo, 58, morador na Casa Verde, zona norte de São Paulo.
Ainda criança, assistiu ao um jogo do Santos no antigo estádio Palestra Itália, na Pompéia, zona oeste. E nunca mais deixou de ser santista. “O Santos empatou em 1 a 1 com o Palmeiras, com gols de Pelé e Ademir da Guia, olha que privilégio eu tive”, afirmou o torcedor que chegou na fila por volta das 11h de domingo.
Vestido com a camisa do clube e uma bolsa com lanches de pão com mortadela e água, o torcedor disse que estava ali pela mãe, santista fanática, e que morreu há seis meses aos 93 anos.
Por volta de 1h20, a servidora pública Adriana Bonfim, 53, buscava informações sobre o velório aos que estavam na fila. Ela havia acabado de chegar.
Moradora em Brasília, a torcedora do Flamengo pegou um avião por volta das 18h, pousou no aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, alugou um carto e desceu a serra apenas para acompanhar o enterro do Rei do Futebol.
“Vim por tudo que ele representou para o país”, afirmou. “Tentei convencer os homens da família, em vão. E como achei uma passagem aérea com preço bom, vim sozinha mesmo.”
O corpo de Pelé era esperado por volta das 3h30 na Vila Belmiro, que já conta com tapumes para evitar o acesso das pessoas por onde o carro funerário vai entrar.
O velório, que será aberto ao público e ininterrupto até as 10h de terça (2). O enterro, no cemitério Memorial Necrópole Ecumênica, terá acompanhamento apenas de parentes e pessoas próximas.
Haverá um cortejo pelas ruas de Santos, até o canal 6, onde mora dona Celeste, mãe do jogador.
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