Perondi diz que se aposentou da política e afirma que secretário da … – Rádio Progresso
O médico e ex-deputado federal Darcísio Perondi afirmou em entrevista ao programa Rádio Ligado que não está exercendo mais atividade política. Filiado ao MDB, Perondi dedicou 25 anos à medicina e 25 anos ao parlamento, sendo eleito deputado federal por sete mandatos.
“Eu gosto, acompanho, tenho opinião, mas não estou participando de nada na política. Estou aposentado, mas trabalho como médico e quero ver se atuo até os 80 anos”, informou, dizendo que hoje com 75 anos se considera um atleta, praticante corridas quatro vezes por semana.
Questionado sobre a atuação de parlamentares em prol da Colmeia do Trabalho, o médico afirmou que as lideranças precisam de determinação, energia, foco e relacionamento com a bancada federal. “Hoje, um deputado federal tem R$ 32 milhões para distribuir. Se incluir emendas de bancada e de comissão, vai a R$ 50 milhões cada parlamentar. Temos que ter projetos. A diretoria do Hospital de Caridade de Ijuí (HCI) foca bem, porque é uma das alternativas para a difícil recuperação do hospital. Dependemos muito das lideranças de Ijuí sonharem e buscarem relacionamento”, informou o conselheiro da casa de saúde.
O médico enfatizou que sob o ponto de vista da saúde, Ijuí tem uma extraordinária estrutura, com uma rede pública fantástica. No entanto, disse que o secretário da Saúde, Márcio Strassburger, possui uma visão limitada e que problemas antigos devem ser superados. “O Bom Pastor e o Caridade estão abertos para ajudar o município e isso é uma decisão da prefeitura. O secretário da Saúde (Márcio Strassburger) foca muito na rede básica, que é uma visão estreita. É um bom moço, mas é uma visão estreita. Ijuí tem que resolver. Não adianta eu dizer que Ijuí está uma maravilha, e o ouvinte precisar pegar uma ambulância e ir para outros municípios por causa da regionalização”, relatou.
Ainda sobre a saúde, o médico disse que o município precisa resolver o problema das transferências de pacientes. “Precisa de mais entendimento. O próprio prefeito (Cossetin) ou sua assessoria tem dificuldade pra entender que a saúde é um dos grandes motores econômicos, traz gente e dinheiro de fora, gerando emprego. Essa visão que está precisando, mas acho que vai dar certo”, destacou Perondi, informando ainda que o HCI é um dos quatro maiores hospitais do Estado, superando Caxias, Rio Grande e Pelotas na tecnologia e em profissionais.
Perguntado sobre a eleição presidencial, o político afirmou que “a pior das democracias é melhor que a ditadura. “A democracia permite isso. Entra outra ideologia e modelo econômico. Eu torço que dê certo”, disse.
Perondi criticou o ministro da previdência, Carlos Lupi, que propôs uma contrarreforma da previdência. “Ele não sabe nada”.
“Quando vejo o próprio Lula dizer que vai fazer um revogaço nas leis trabalhistas, tenho que dizer que temos 8% de desempregados. A Dilma entregou para o Temer com 14%. Um dos frutos foi a reforma trabalhista”, afirmou.
Perondi conclui que sente um pouco de medo do governo que assume, mas que tem esperanças. “O presidente disse que é uma estupidez o teto de gastos. Eu fui um dos relatores. Foi decisiva para a recuperação financeira do hospital, por exemplo. Mas eu torço que dê certo”, finalizou.