Governo Lula mostra esforço pró mercado e juros futuros dão trégua – VEJA

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Os juros futuros sofreram fortes altas nesta primeira semana do ano, com o DI para 2025 saindo do patamar dos 12,69% no último dia do ano de 2022 e chegando a atingir 13,37% na quarta-feira, 4. Nesta sexta-feira, 6, no entanto, eles arrefeceram e oscilavam em torno de 12,87% após às 17h. “Estamos vendo um esforço do novo governo em fazer sinalizações a favor do mercado, principalmente em convergir o discurso entre os ministros”, diz Camila Abdelmalack, economista-chefe da Veedha Investimentos.
Nesta manhã, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva realizou a primeira reunião com os seus ministros, na qual afirmou que é possível fazer a economia voltar a crescer “com muita responsabilidade, distribuição de renda e de riqueza, e gerar emprego que garanta ao trabalhador um pouco de seguridade social”. Tanto a fala quanto a reunião foram um tentativa bem sucedida de amenizar o mal-estar e o temor que surgiu principalmente com a fala do ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, na quarta-feira, 4, que afirmou que há necessidade de fazer uma “antirreforma”, uma vez que a Previdência Social não seria deficitária.
Na própria quarta-feira, o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que não existe nenhuma proposta de revisão da reforma da Previdência em estudo. Outro fator que amenizou os temores do mercado financeiro foi o discurso de Simone Tebet durante sua posse como ministra do Planejamento na quinta-feira, 5. Assumindo as divergências que possui com o trio Lula, Alckmin e Haddad em relação à economia, ela afirmou que o plano de governo tem de abarcar todas as necessidades sociais “sem causar desarranjo nas contas públicas, de olho na dívida pública e nos indicadores econômicos”. Tebet afirmou ainda que “não há política social sustentável sem uma política fiscal responsável”.
Juros futuros e Selic
Também chamados de juros futuros, os juros DI são o quanto o mercado cobra de prêmio para investir no país, levando em conta as perspectivas de crescimento, inflação e principalmente o risco fiscal. A sua alta nos últimos dias refletiu principalmente a preocupação do mercado com o aumento do déficit público do país em decorrência das falas desencontradas dos ministros. “O mercado estava olhando um governo muito gastador, principalmente voltado para as políticas públicas. Esse medo de aumentar a dívida trouxe muita oscilação para a curva de juros, porque, se isso acontecer, a perspectiva é que haja uma inflação maior e o Banco Central tenha que subir mais a Selic”, diz Piter Carvalho, economista e chefe de mesa de operações da Valor Investimentos.
Ainda que os ânimos do mercado tenham se acalmado, a Valor já revisou a perspectiva da Selic para manutenção no patamar atual de 13,75% ao ano. “Dado o risco fiscal do novo governo e principalmente dificuldade de controlar a inflação e volta dos impostos sobre combustíveis, a perspectiva é de manter os juros altos por mais tempo”, diz Carvalho, considerando uma queda só no ano que vem. A Veedha, por sua vez, está revisando as expectativas.
“Esperávamos que a Selic teria condição de fechar 2023 ao redor de 12,25% com corte sendo iniciado no terceiro trimestre, no entanto, podemos revisar para a manutenção por maior tempo em 13,75%”, diz Abdelmalack. A revisão se deve à correção da expectativa de inflação para 2023 acima do teto da meta e 2024 acima da meta, pelo Boletim Focus, além de déficit primário para 2023 projetado acima de 1% do PIB. “Vai depender muito de como vai ser conduzida a política fiscal”, diz ela.
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