Arábia Saudita mira sediar fábricas da Fórmula 1 – Grande Prêmio

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A Arábia Saudita já atraiu algumas categorias para realizar corridas nos últimos anos. Fórmula 1, Fórmula E e o próprio Dakar que, em 2023, realiza sua 45ª edição no país árabe. Para se desgarrar da dependência do petróleo e embora seja também uma forma de sportswashing, que é usar o esporte para tentar passar para o mundo uma imagem de uma nação em transformação, o governo saudita quer dar um passo a mais: levar fabricantes ao país.
Segundo revelou o site MotorSport, a Arábia Saudita tem como foco a McLaren e Aston Martin. Eles são acionistas minoritários do McLaren Group, que gerencia o time dentro da F1, e os segundos maiores acionistas da marca Aston Martin, que tem sua equipe chefiada por Lawrence Stroll na categoria e recebe patrocínio da Aramco, petrolífera estatal saudita.
Khalid Bin Sultan Al-Faisal, que é presidente da Federação Saudita de Automobilismo e Motociclismo, deixou claro que o objetivo é ganhar experiência com essas fabricantes para, no futuro, criar equipes próprias e levar um piloto saudita à F1.
“Queremos criar um hub”, disse ele, em entrevista ao site inglês. “Temos grandes empresas que podem ajudar o futuro do esporte a motor. É isso que esperamos e é para isso que estamos trabalhando. Espero que possamos trazer um dos grandes fabricantes”, seguiu.
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“Com todos os investimentos que estamos fazendo em automobilismo, estamos indo nessa direção. Espero que possamos abrir e trazer uma sede para a Arábia Saudita ou contratar pessoas que possam nos ajudar a fabricar carros, para criar nossas próprias marcas e ter nossos próprios IPs [direitos de propriedade]”, acrescentou.
Nos últimos anos, a Arábia Saudita já teve um empenho forte para entrar nas maiores categorias do esporte a motor. Na F1, construiu o circuito de Jedá e estreou a pista em 2021. Ano passado, a Dorna anunciou que assinou com o príncipe Al-Faisal um memorando de intenções para levar o Mundial de Motovelocidade ao país no futuro. O WRC também estuda ter uma de suas etapas na Arábia Saudita em 2024.
“Nosso objetivo não é apenas receber eventos internacionais, queremos estar mais envolvidos. Queremos ter engenheiros, queremos ter mecânicos, queremos construir carros, queremos ser criativos”, explicou.
“Queremos muito ter um campeão, um piloto que possa disputar o campeonato de Fórmula 1, que possa disputar a MotoGP. Estamos investindo muito em infraestrutura, na construção de pistas na Arábia Saudita. Queremos construir academias para nos envolvermos mais, equipes sauditas com pilotos sauditas ou outros pilotos para correr em equipes sauditas. Ainda falta muito, mas esperamos que em 2030, 2035, 2040 possamos atingir nossos objetivos”, encerrou.
É importante ressaltar que a McLaren tem contrato para seguir com sua instalações em Woking por quase duas décadas. A Aston Martin, por outro lado, vai estrear sua nova fábrica em Silverstone neste ano.

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