Deputados da base de Lula articulam contra extinção da Funasa – Metrópoles

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Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e Natália Portinari
07/01/2023 8:00, atualizado 07/01/2023 9:10
A extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) gerou uma reação negativa no Congresso que pode levar ao primeiro teste de fidelidade da base do governo Lula.
Deputados da bancada do PSD articulam para derrubar a medida provisória de Lula que acabou com o órgão voltado a ações de saneamento básico. A votação da medida pode ocorrer assim que acabar o recesso parlamentar.
O assunto deve ser tema da reunião de líderes da Câmara dos Deputados marcada para a próxima segunda-feira pelo presidente da Casa, Arthur Lira. Alguns líderes do Centrão são simpáticos à ideia de reverter a extinção, mas há quem veja a proposta como apenas uma ameaça do PSD para conseguir mais espaços no governo.
Servidores da Funasa estão otimistas de que conseguirão aliados para reverter a MP. Eles estiveram com o senador Marcelo Castro, do MDB, e o futuro senador Hiran Gonçalves, do PP, que são contrários ao fim do órgão.
O Movimento dos Servidores e Colaboradores da Funasa divulgou também que Florentino Neto, deputado do PT do Piauí, é contrário à medida. “Com uma oxigenada no modelo administrativo, o órgão tem todas as condições de continuar, exercendo seu papel original e ajudando na promoção da saúde e do bem-estar da população”, diz Florentino.
O presidente da Funasa, Miguel da Silva Marques, era indicado de Diego Andrade, do PSD de Minas Gerais. Durante a transição, o PT havia prometido manter a Funasa nas mãos do PSD, segundo integrantes do partido de Gilberto Kassab.
A equipe de transição do governo Lula recomendou a extinção do órgão por avaliar que ele havia perdido o propósito e estava sendo usado para atender emendas parlamentares e não para uma função específica, o que tornava a estrutura redundante com a do ministério.
 
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