Bahia adere à Libra e tabuleiro das ligas nacionais está quase … – Cassio Zirpoli

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por | jan 5, 2023 | Nacional, Náutico, Nordeste, Pernambuco, Santa Cruz, Sport | 4 Comentários
Bahia x Guarani na Série B
A Fonte Nova durante a campanha do acesso. Hoje, o Baêa tem 45 mil sócios. Foto: Bahia/Twitter.
Fundada em 3 de maio de 2022, com a presença de 6 clubes, a Liga do Futebol Brasileiro (Libra) agora conta com 18 membros. O novo filiado é o Bahia, numa informação de Lauro Jardim, do jornal O Globo. O tricolor de Salvador era o único clube da Série A de 2023 que ainda não havia definido o seu caminho. Sempre houve o zum-zum-zum sobre a entrada na Libra, que conta com os sete times mais populares do país, mas foi preciso esperar o processo de constituição da Sociedade Anônima do Futebol do clube.
Com a SAF aprovada por 98% dos sócios, em 3 de dezembro, o caminho foi seguido no mês seguinte, deixando o tabuleiro quase pronto em relação à disputa da Libra com a Liga Forte Futebol do Brasil (LFF), também criada no ano passado, em 28 de junho. Neste início de 2023, 44 clubes já estão fechados com alguma liga, sendo 20 da Série A, 19 da B e 5 da C.
Considerando as duas principais divisões, realizadas no mesmo formato, com turno e returno, o Botafogo de Ribeirão Preto, hoje na segundona, é o único fora das ligas. Se a LFF tem mais adeptos, com 26 x 18, a Libra agora tem, de forma definitiva na temporada, mais membros na 1ª divisão, com 11 x 9. Ao todo, dez clubes do Nordeste já tomaram lado nessa trama, já contando com o Bahia, cuja nova direção ainda não fez isso oficialmente.
Atualizando o cenário, são sete nordestinos na “LFF”, incluindo dois grandes de PE e os dois grandes do CE, e três na “Libra”, tendo agora os dois grandes da BA e o Sampaio, que é o único do país a ter trocado de liga. Do G7 do NE, apenas o Santa Cruz segue distante deste importante processo. Isso ocorre, naturalmente, por hoje estar na Série D, apesar do apelo popular. Entretanto, a movimentação recente da Forte Futebol, com o ingresso de times até da Série C, pode ser um caminho para colocar o clube do Arruda no radar. As ligas, lembrando, não irão organizar campeonatos paralelos. Não se trata disso.
A intenção das duas “concorrentes” é organizar o modelo econômico do futebol nacional, iniciando com a divisão dos recursos gerados pelos direitos de transmissão do Brasileirão a partir de 2025, após o fim do acordo atual com a Rede Globo, que paga cerca de R$ 1,1 bilhão por edição pelas tevês aberta e fechada. A diferença das ligas está centrada, sobretudo, nos percentuais de cotas igualitárias, cotas por performance e cotas por engajamento/audiência. Os cenários variam entre 40%/30%/30% (Libra) e 50%/25%/25% (LFF), respectivamente.
Há chance de unificação dos ideais das ligas ou de uma organização simplesmente absorver a outra? Há. Contudo, hoje o tabuleiro é este. Com a Lei do Mandante vigorando, dando os direitos apenas aos jogos em casa (ou seja, 19 jogos na A e 19 na B), isso poderá implicar em aportes bem distintos aos participantes do BR daqui a dois anos. Nos bastidores, a venda de 20% de cada liga, para fundos internacionais, poderá gerar até US$ 900 milhões. A conferir.
A seguir, confira as composições das duas ligas nacionais, com 44 clubes confirmados até 5 de janeiro de 2023. A única observação fica por conta do ABC. Apesar da entrada na LFF ter sido aprovada na assembleia em que esteve presente, em 21 de dezembro, e de ter assinado a ata com os termos de negociação, o clube de Natal alega que ainda não está “vinculado”. Daí o asterisco.
11 na Série A: Bahia (BA), Botafogo (RJ), Bragantino (SP), Corinthians (SP), Cruzeiro (MG), Flamengo (RJ), Grêmio (RS), Palmeiras (SP), Santos (SP), São Paulo (SP) e Vasco (RJ); 7 na Série B: Guarani (SP), Ituano (SP), Mirassol (SP), Novorizontino (SP), Ponte Preta (SP), Sampaio Corrêa (MA) e Vitória (BA)
9 na Série A: Athletico (PR), Atlético (MG), América (MG), Coritiba (PR), Cuiabá (MT), Fluminense (RJ), Fortaleza (CE), Goiás (GO) e Internacional (RS); 12 na Série B: ABC* (RN), Atlético (GO), Avaí (SC), Chapecoense (SC), Ceará (CE), Criciúma (SC), CRB (AL), Juventude (RS), Londrina (PR), Sport (PE), Vila Nova (GO) e Tombense (MG); 5 na Série C: Brusque (SC), CSA (AL), Figueirense (SC), Náutico (PE) e Operário (PR)
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