Equipe de Armandinho entrega gabinete na Câmara de Vitória – Século Diário

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Suplente Chico Hosken assumirá cargo em substituição a vereador preso desde dezembro por apoio a ações golpistas
No dia em que o Brasil comenta um dos maiores atentados políticos de sua história com a invasão das sedes dos poderes em Brasília por militantes de extrema-direira, o vereador de Vitória Armandinho Fontoura (Podemos) ,preso desde 15 de dezembro acusado de usar o mandato para apoiar atos antidemocráticos, sofre mais um revés político. Depois de ser afastado pela Justiça, o vereador teve seu suplente, Chico Hosken (Podemos), convocado para assumir o mandato, o que implica a perda de salário do próprio Armandinho e todos seus assessores, abrindo caminho para o novo mandatário iniciar trabalhos com sua equipe própria. 
Neste dia 9 de janeiro, o atual presidente da Câmara, Delegado Leandro Piquet  (Republicanos), pediu à equipe do vereador encarcerado para liberar o gabinete para a equipe de seu substituto. “O gabinete foi entregue dentro dos trâmites legais, bem como os previstos em regimento, sendo oficiado todos os setores responsáveis”, informou em nota oficial a assessoria de Armandinho. 

Servidor público aposentado, músico e ambientalista, Chico Hosken entrou na Justiça para garantir a posse, dando a vacância do titular. Apesar de ser do mesmo partido, ele declarou não ter relações política com o antecessor a quem criticou por sua postura. “Nunca gostei da atuação dele, nunca deu atenção para ninguém. Também não deu espaço para ninguém no partido, sempre foi muito arrogante e acaba afastando todos. Acho que fez um mandato muito ruim, sem sentido, começou a imitar vereador e tentar pegar carona em ações da prefeitura”, disse o novo vereador ao Século Diário.
Para piorar, os atos de quebra-quebra em Brasília podem tornar ainda menos provável uma libertação de Armandinho, que está detido no Centro de Detenção Provisória de Viana justamente por conta de suas relações com milícias digitais, ataques a autoridades e apoio a atos antidemocráticos. Com a posse do suplente, a situação do vereador eleito fica ainda mais difícil de ser revertida, embora ele ainda não tenha sido cassado nem pela justiça nem pelo plenário da Câmara, apesar do Ministério Público do Espírito Santo apontar improbidade administrativa por uso do mandato e da estrutura pública em favor de ações antidemocráticas. A assessoria do parlamentar preso não quis comentar sobre o tema.
Vereador em primeiro mandato, ele havia sido eleito antecipadamente para ser o futuro presidente da Câmara de Vereadores de Vitória, a partir de 1º de janeiro. Porém, sua prisão ocorreu 16 dias antes da posse, junto a apreensão de computadores e documentos de seu gabinete e assim como ocorreu no dos deputados estaduais Capitão Assumção (PL) e Carlos Von (DC), estes mantidos em liberdade mediante uso de tornozeleiras eletrônicas e outras restrições. Também foram alvo da ação um empresário, um pastor e um jornalista.

Diante da situação inesperada, a Câmara foi especulando possíveis saídas para caso o vereador não fosse liberado da prisão. O próprio Armandinho Fontoura tentou assumir a presidência da Casa por procuração, o que foi negado. Os vereadores acabaram então realizando outra eleição que colocou Delegado Piquet (Republicanos), do partido do prefeito Lorenzo Pazolini, para presidir o legislativo.
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