EUA e Honduras analisam migração e combate à corrupção – UOL Confere

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10/01/2023 15h30
Delegações dos Estados Unidos e de Honduras iniciaram, nesta terça-feira (10), “um diálogo estratégico” sobre migração, combate à corrupção, segurança, prosperidade, direitos humanos e violência de gênero, informaram fontes oficiais.
A embaixadora dos Estados Unidos em Tegucigalpa, Laura Dogu, disse que o contato faz parte das conversas entre a vice-presidente americana, Kamala Harris, e a presidente hondurenha, Xiomara Castro, há um ano.

Harris esteve em Tegucigalpa em 27 de janeiro do ano passado, durante a posse de Castro. Ambas falaram sobre a criação de oportunidades e o combate à corrupção em Honduras, a fim de acabar com as causas da migração irregular para os Estados Unidos.
A chancelaria hondurenha informou, em nota, que nas deliberações “serão abordados temas como migração digna, segura, ordenada e humana, governança, (luta) anticorrupção, prosperidade social e econômica, segurança (…), violência de gênero e proteção de defensores dos direitos humanos”.
Dogu enfatizou que o diálogo sobre direitos humanos “é muito importante para nossos dois países” e que a delegação “bastante grande” proveniente de Washington mostra a importância que os Estados Unidos atribui à sua relação com Honduras.
O vice-chanceler hondurenho, Antonio García, destacou que a presença da missão dos Estados Unidos chefiada por Uzra Zeya, subsecretário de Estado para Segurança Civil, Democracia e Direitos Humanos, “indica que as relações com os Estados Unidos são abertas, fluidas”.
Para Honduras, a delegação é chefiada pelo chanceler, Enrique Reina.
O sociólogo cubano, americano e hondurenho Ricardo Puerta, especialista em questões migratórias, disse à AFP que o diálogo em Tegucigalpa “é um complemento” da cúpula entre os presidentes dos Estados Unidos (Joe Biden), México (Andrés Manuel López Obrador) e o primeiro-ministro canadense (Justin Trudeau) “em busca da agenda regional”.
Para Puerta, a reunião de Tegucigalpa pretende promover Honduras para a “integração” em bloco com Guatemala e El Salvador, o chamado triângulo norte da América Central, uma agenda que interessa aos Estados Unidos e aos demais países.
Nos três países e no México têm origem o maior fluxo migratório para os Estados Unidos. Eles também servem de ponte para cubanos, venezuelanos e africanos que seguem rumo ao Norte, provocando uma crise migratória na fronteira sul.

nl/gm/ms/mvv

© Agence France-Presse
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