Pacheco faz visita ao STF e conversa sobre reconstrução – Poder360

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez uma visita ao STF (Supremo Tribunal Federal) nesta 5ª feira (12.jan.2023) e conversou com ministros da Corte.
O encontro foi feito para “manifestar solidariedade” sobre os estragos causados pela invasão de extremistas no domingo (8.jan). O prédio do Supremo foi o mais danificado pelos atos de vandalismo, que atingiram também o Congresso e o Palácio do Planalto.
Pacheco se reuniu com a presidente do STF, ministra Rosa Weber, e com os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.
Eles conversaram sobre o planejamento da reconstrução do edifício, “severamente destruído”, conforme informou o Supremo, em nota.
Leia a nota do STF, divulgada às 18h09 de 12.jan.2023:
“A presidente do STF, ministra Rosa Weber, e ministros da Corte se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, na tarde desta quinta-feira (12).
“Pacheco fez uma visita de cortesia para manifestar solidariedade após os graves ataques sofridos pelo Supremo no último domingo. Os ministros relataram ao senador o planejamento da reconstrução do edifício-sede, severamente destruído.
“Participaram do encontro os ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.”
No Supremo, os extremistas depredaram cadeiras de ministros, quebraram vidraças, picharam paredes e deixaram o plenário completamente destruído. Na estátua da Justiça, que fica em frente à Corte, os manifestantes radicais escreveram “perdeu, mané”.
A frase é uma referência direta à declaração do ministro do STF Roberto Barroso feita em 15 de novembro de 2022. Na ocasião, ao ser abordado por um homem em Nova York, nos Estados Unidos, com perguntas sobre o código-fonte das urnas eletrônicas, o magistrado respondeu: “Perdeu, mané. Não amola”.
Além das pichações no prédio do Supremo, outras áreas da sede da Corte foram danificadas.
Em vídeos compartilhados nas redes sociais, é possível ver móveis revirados e vidros estilhaçados. A porta do armário onde é guardada a toga do ministro Alexandre de Moraes foi arrancada. Gravação realizada dentro do STF mostra extremistas comemorando a depredação.
Assista às cenas de depredação no STF (54 seg): 

Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
Linha do tempo da invasão
SÁBADO PRÉ-INVASÃO (7.jan)
DOMINGO (8.jan)



2ª FEIRA (9.jan)
3ª FEIRA (10.jan)
4ª FEIRA (11.jan)
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