Políticos comemoram decisão do STF contra Bolsonaro – Poder360
Ex-presidente foi incluído em inquérito sobre atos que levaram aos ataques de 8 de Janeiro
Congressistas comemoraram nas redes sociais a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal), de incluir o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no inquérito sobre os atos de 8 de Janeiro, em Brasília.
No Twitter, houve quem pedisse a extradição de Bolsonaro, que está com a família nos EUA, e a responsabilização do procurador-geral da República, Augusto Aras. Políticos também utilizaram ironias com “tic-tac”, onomatopeia de contagem do tempo muito usada por apoiadores de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
Leia alguns tuítes de congressistas sobre o tema:
Senador Renan Calheiros (MDB-AL):
Senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP):
Ministro da Secom (Secretaria de Comunicação Social), Paulo Pimenta:
Senador Paulo Rocha (PT-PA):
Deputado federal Patrus Ananias (PT-MG):
Deputado federal Ivan Valente (Psol-SP):
Deputado federal Marcon (PT-RS):
Deputado federal Rubens Otoni (PT-GO):
Deputado federal Paulo Guedes (PT-MG):
Senador Humberto Costa (PT-PE):
Na 6ª feira (13.jan), Moraes incluiu Bolsonaro nas investigações sobre atos com pautas consideradas antidemocráticas que levaram aos ataques do 8 de Janeiro. Eis a íntegra (189 KB) da decisão.
A determinação atendeu a um pedido da PGR (Procuradoria Geral da República) apresentado no mesmo dia (íntegra – 144 KB). O documento cita uma publicação feita por Bolsonaro nas redes sociais, em 10 de janeiro, questionando o resultado das eleições presidenciais de 2022.
Bolsonaro divulgou um vídeo afirmando, sem provas, que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) “não foi eleito pelo povo”, mas “escolhido” pelo STF e pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral). No dia seguinte, a postagem foi retirada do ar.
Segundo os integrantes do MPF (Ministério Público Federal) que assinam a representação entregue à PGR, o ex-presidente teria cometido o ato ilícito de incitar publicamente a prática de crime, prevista no artigo 28 do Código Penal.
Por volta das 15h de domingo (8.jan.2023), extremistas de direita invadiram o Congresso Nacional depois de romper barreiras de proteção colocadas pelas forças de segurança do Distrito Federal e da Força Nacional. Lá, invadiram o Salão Verde da Câmara dos Deputados, área que dá acesso ao plenário da Casa. Equipamentos de votação no plenário foram vandalizados. Os extremistas também usaram o tapete do Senado de “escorregador”.
Em seguida, os radicais se dirigiram ao Palácio do Planalto e depredaram diversas salas na sede do Poder Executivo. Por fim, invadiram o STF (Supremo Tribunal Federal). Quebraram vidros da fachada e chegaram até o plenário da Corte, onde arrancaram cadeiras do chão e o Brasão da República –que era fixado à parede do plenário da Corte. Os radicais também picharam a estátua “A Justiça”, feita por Alfredo Ceschiatti em 1961, e a porta do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os atos foram realizados por pessoas em sua maioria vestidas com camisetas da seleção brasileira de futebol, roupas nas cores da bandeira do Brasil e, às vezes, com a própria bandeira nas costas. Diziam-se patriotas e defendiam uma intervenção militar (na prática, um golpe de Estado) para derrubar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A organização do movimento havia sido monitorada previamente pelo governo federal, que determinara o uso da Força Nacional na região. Pela manhã de domingo (8.jan), 3 ônibus de agentes de segurança estavam mobilizados na Esplanada. Mas não foram suficientes para conter a invasão dos radicais na sede do Legislativo.
Durante o final de semana, dezenas de ônibus e centenas de carros e pessoas chegaram à capital federal para a manifestação. Inicialmente, o grupo se concentrou na sede do Quartel-General do Exército, a 7,9 km da Praça dos Três Poderes.
Depois, os radicais desceram o Eixo Monumental até a Esplanada dos Ministérios a pé, escoltados pela Polícia Militar do Distrito Federal.
O acesso das avenidas foi bloqueado para veículos. Mas não houve impedimento para quem passasse caminhando.
Durante o domingo (8.jan), policiais realizaram revistas em pedestres que queriam ir para a Esplanada. Cada ponto de acesso tinha uma dupla de policiais militares para fazer as revistas de bolsas e mochilas. O foco era identificar objetos cortantes, como vidros e facas.
Desde o resultado das eleições, extremistas de direita acamparam em frente a quartéis em diferentes Estados brasileiros. Eles também realizaram protestos em rodovias federais e, depois da diplomação de Lula, promoveram atos violentos no centro de Brasília. Além disso, a polícia achou materiais explosivos em 2 locais da capital federal.
SÁBADO PRÉ-INVASÃO (7.jan)
DOMINGO (8.jan)
2ª FEIRA (9.jan)
3ª FEIRA (10.jan)
4ª FEIRA (11.jan)
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