F1: Resposta errada no simulador levou Mercedes a sofrer com W13 – UOL

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O W13 passou a ser associado com os problemas de porpoising que impactaram as equipes da Fórmula 1 em níveis distintos no primeiro ano do novo regulamento técnico, marcado pelo retorno do efeito solo. E segundo Mike Elliott, diretor técnico da Mercedes, um único ponto nas simulações iniciais de design levaram a equipe alemã a sofrer na temporada 2022.
Apesar da Mercedes ter conseguido resolver essa questão específica do porpoising, a equipe passou o restante da temporada resolvendo outros problemas que eram escondidos pela primeira dor de cabeça, conseguindo tornar o W13 um carro vencedor apenas no fim da temporada.
Um ponto fundamental nessa virada foi o pacote de atualização que a Mercedes levou para o GP dos Estados Unidos. À época, Toto Wolff revelou que a equipe havia rastreado os erros conceituais de design do W13 a “uma única decisão” tomada durante o processo de design. Isso foi descoberto graças à equipe fazer grandes modificações em seus procedimentos, em resposta ao porpoising.
Falando com o Motorsport.com, Elliott discutiu o impacto dessa decisão, enquanto manteve cautela ao falar sobre sua natureza precisa porque “teríamos que explicar o que estamos tentando fazer nas férias e onde estamos tentando ir” com o W14, carro de 2023.
“Mas o que mirávamos com o carro, e é interessante destacar isso, nós estávamos certos quando começamos. E aí tivemos um resultado no simulador que nos forçou a escolher uma direção levemente diferente”.
“É fácil voltar agora e dizer ‘por que isso aconteceu?’. Mas acho que com essas coisas, é sempre mais fácil olhar para o passado e dizer: ‘se não tivéssemos feito esse passo aqui, estaríamos em uma posição muito diferente'”.
George Russell, Mercedes W13
Photo by: Erik Junius
“Mas acho que naquele momento teria sido muito difícil de identificar essa anomalia nos dados. Vou tentar explicar de forma tangencial: se você pratica mergulho, há algo chamado ‘poço de incidente’. E se você é instrutor de mergulho, ensina aos seus alunos sobre isso”.
“E o motivo para ensinarmos isso é que o que acontece quando você olha para acidentes em mergulhos, a culpa nunca é da primeira coisa que dá errado, e sim porque as pessoas não abortam o mergulho quando a primeira coisa dá errado, e aí várias outras coisas acontecem, que te colocam em apuros”.
“Quando você olha pra trás na decisão que tomamos, é algo similar. E é por isso que era tão difícil de identificar essa primeira coisa. Virou depois uma cascata de coisas que vieram e nos deixaram onde estamos. Então quando você chega ao final, é muito fácil de ver onde errou”.
Sugestões pelo paddock diziam que o erro na simulação levou a Mercedes a dar sequência à sua abordagem com o zeropod, fazendo com que uma grande área traseira do assoalho flexionava sob alto downforce, causando o porpoising extremo no W13, mesmo sob velocidades mais baixas que os rivais.
Elliott sugeriu que o erro fundamental no design deixou a Mercedes com um potencial de performance que não poderia ser desbloqueada no W13, com o novo carro das Flechas de Prata sendo trabalhado para que isso não se repita.
“Terminamos em uma posição na qual começamos o ano na ponta do pelotão do meio, ocasionalmente um pouco abaixo disso. No final da temporada, gosto de pensar que acabamos com o segundo carro mais rápido”.
“Então, a decisão tomada inicialmente não foi a maior de todas. Estamos falando de algo que, se tivéssemos acertado de cara, talvez seríamos três ou quatro décimos mais rápidos. É muito difícil de saber porque não tínhamos como dar as cartas de novo naquele momento”.
“E seria arrogante de mim pensar que, se não fosse por esse erro, teríamos um carro para conquistar o título, porque não acho que seja o modo correto de olhar para isso. Algumas das atualizações que trouxemos no fim da temporada meio que confirmaram o que fizemos e o que precisamos fazer na sequência”.
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