Terroristas que invadiram sedes dos Três Poderes tentaram incendiar o STF – Metrópoles
20/01/2023 2:00, atualizado 19/01/2023 19:58
O ato de 8 de janeiro, que destruiu parte do Supremo Tribunal Federal (STF), poderia ter sido ainda pior. Alvo de bolsonaristas extremistas, a Corte sofreu diversos danos estruturias e no seu acervo histórico. No entanto, um detalhe das cenas de vandalismo não havia sido divulgado: uma tentativa de colocar fogo no STF.
O Metrópoles apurou que os extremistas fizeram pontos de combustão dentro da Corte. No entanto, antes que o fogo subisse e tomasse conta da estrutura, o sistema contra incêndio disparou e jogou água nos carpetes. A umidade e a água disparada do teto conseguiram abaixar as labaredas.
Só isso, no entanto, não foi suficiente para cessar as chamas. Agentes de segurança do STF também precisaram agir e usar extintores para conseguir apagar os focos de incêndio no plenário, em salas e em salões do prédio sede.
Os bolsonaristas extremistas invadiram o prédio do Supremo Tribunal Federal (STF) por volta das 15h45 de domingo. Eles quebraram vidros, câmeras de segurança, salas inteiras, o plenário, e ainda vandalizaram o prédio com pichações.
Veja fotos dos atos:
Luís Nova/Especial Metrópoles
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Terroristas em invasão ao STFLuís Nova/Especial Metrópoles
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A Polícia Federal concluiu em 10 de janeiro a perícia no prédio do STF após os atos de vandalismo. A previsão é de que o laudo descritivo seja liberado pela PF em cerca de 30 dias.
A perícia técnica foi feita por aproximadamente 50 peritos e papiloscopistas da Polícia Federal, que coletaram digitais, materiais genéticos, pegadas e outros itens que visam identificar como ocorreram os crimes contra o STF e quem os praticou. O material será, agora, cruzado com as informações dos detidos após a depredação da Corte.
Foram usados scanners em 3D, drones e outros equipamentos tecnológicos, e todo conteúdo será analisado por diversos especialistas, que ajudarão na confecção do laudo.
Em estimativa divulgada no dia 19 de janeiro, o prejuízo calculado era de R$ 5,9 milhões.
Confira fotos do material destruído encontrado:
Breno Esaki/Especial Metrópoles
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–Breno Esaki/Especial Metrópoles
Breno Esaki/Especial MetrópolesBreno Esaki/Especial Metrópoles
Breno Esaki/Especial Metrópoles
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Gravações mostram que paredes foram destruídas e bustos jogados no chão. Portas ficaram cheias de buracos e várias vidraças foram quebradas. Computadores e televisões também foram quebrados. Nem aparelhos de ar-condicionado e fotocopiadoras escaparam da violência dos manifestantes.
No plenário do STF, poltronas foram arrancadas e móveis revirados. Objetos e móveis também foram retirados de dentro do prédio e largados no jardim.
Imagens de câmeras de segurança divulgadas pela Câmara dos Deputados na noite de segunda-feira (16/1) mostram que também houve tentativa de incendiar a Casa. Uma câmera posicionada no edifício mostra uma viatura sendo atirada no espelho-d’água do palácio. Em determinado momento, um dos carros é incendiado, e o outro, saqueado.
Eles atiram objetos contra os agentes. Bombas também são arremessadas, e o espaço é tomado por gás e fumaça de extintores de incêndio
Veja:
De acordo com a Câmara dos Deputados, 100 policiais legislativos da Casa Baixa atuaram durante o ataque.
Para despistar os golpistas, foram usados sprays de pimenta e granadas de gás lacrimogêneo. De acordo com a Câmara, oito agentes se feriram fisicamente; três deles foram hospitalizados.
A Polícia Legislativa da Câmara prendeu cinco pessoas no dia dos ataques. A maior parte foi detida no Salão Verde e, posteriormente, levada ao Plenário do Senado Federal.
No Senado, eles permaneceram com os demais detidos pelos policiais da Casa Alta. Ao todo, 44 pessoas foram presas pelos agentes legislativos.
Na última segunda, a equipe do Senado Federal também divulgou imagens de câmeras de segurança e de equipamentos acoplados ao uniforme de policiais legislativos da Casa.
Nos vídeos, é possível ver policiais tentando se proteger de bombas e de bolas de aço jogadas pelos terroristas. Assista:
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Flávio Dino
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