Bolsonaro perde a linha e ameaça suposto affair de Michelle – Revista Fórum

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Com medo de voltar para o Brasil e enfrentar os diversos processos que o esperam no Supremo Tribunal Federal, no Tribunal Superior Eleitoral e na Justiça comum, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) faz questão de ser bancado pelo PL enquanto passa uma temporada sem fazer absolutamente nada em Orlando, na Flórida. Mais cedo, o presidente do seu partido e suposto affair da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, Valdemar da Costa Neto afirmou para a Rádio CBN que o ex-mandatário voltaria ao Brasil ainda neste mês. Foi o suficiente para Jair perder a linha e iniciar uma briga de enormes proporções com o aliado.
Bolsonaro teria telefonado para Valdemar após sua entrevista à CBN ser repercutida em diversos outros meios de comunicação, exigindo o pagamento do salário combinado entre ambos. No entanto, como presidente de uma legenda que está com R$ 13,6 milhões bloqueados após embarcar em teorias conspiratórias do próprio Jair a respeito dos resultados eleitorais, Valdemar mantece-se firme em sua posição inicial a respeito do assunto: só irá bancar Bolsonaro após seu retorno ao Brasil.
Valdemar aposta que Bolsonaro pode ser útil para unir a oposição ao governo Lula, ao mesmo tempo que não quer ser acusado de financiar as ‘férias’ de alguém que pode vir a ser preso no futuro. Mas é claro que nenhum argumento de Valdemar, por mais racional ou pragmático que seja, convencerá o ex-presidente.
“Me dá dinheiro, porra!”, teria esbravejado Jair Bolsonaro a Valdemar da Costa Neto durante a ligação, de acordo com fontes próximas a ambos que falaram à coluna de Daniel César, no Último Segundo – Ig. As fontes relataram um “verdadeiro barraco” entre os dois, com trocas de insultos e xingamentos.
Bolsonaro teria ameaçado “colocar a boca no trombone” caso não recebesse, até o fim do mês, o pagamento de Valdemar. Em outras palavras, isso significa abandonar a sigla, jogá-la para ‘os leões’ do gabinete do ódio e “abrir a boca”. O ex-presidente ameaça que o partido terá “sérios problemas” caso comece a falar o que sabe. Valdemar, no entanto, garantiu que não irá ceder aos caprichos de Bolsonaro e que, para receber o salário acordado, terá de cumprir sua parte do acordo e voltar ao Brasil.
Em novembro passado, enquanto Bolsonaro chorava a derrota eleitoral, a ex-mulher de Valdemar da Costa Neto, Maria Christina Mendes Caldeira, afirmava nas redes sociais que a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro, seria “peguete” de Valdemar, além de manter relações com outro membro do PL, o ex-deputado Laerte Bessa (PL).
Um mês depois, em 30 de dezembro, Bolsonaro fugiu para os EUA com o rabo entre as pernas e acompanhado da ex-primeira-dama. A desculpa oficial é de que não queria entregar a faixa presidencial ao presidente Lula. No entanto, segundo aliados do ex-presidente, ele chorou e se desesperou com a possibilidade de ir preso no futuro, em especial sobre os crimes cometidos durante a pandemia, já verificados por uma CPI no Senado.

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