Crítica de Lula ao Banco Central pela política de juros e inflação é busca por novo inimigo com quem qu… – JC Online

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O problema do discurso de Lula é que no dia seguinte são os operadores do Governo que têm que pagar as taxas de juros cobradas pelos bancos pela rolagem dos títulos públicos da União.
Falando para reitores de universidades e institutos federais, ontem, no Palácio do Planalto, o presidente Lula da Silva voltou a criticar o Banco Central pela política de juros e inflação. Ele se queixou especialmente do fato de a autoridade monetária ser independente. E apontou um descompasso entre a Selic e o IPCA, que mede o aumento dos preços dizendo que “a gente poderia nem ter juros”.

Poderia não presidente! E como sua excelência (até pelo fato de ter ocupado duas vezes a presidência da Republica), não tem mais o beneplácito da ignorância sobre o tema é preciso ir com calma. Lula sabe o que provoca aumento das taxas de juros de um país como o Brasil e que a inflação só baixa quando o Governo ajuda na regularidade na cadeia de suprimentos de produtos e serviços. Portanto, com esse discurso Lula faz política.

Lula avalia que o ex-presidente Jair Bolsonaro não lhe faz mais oposição. E por isso decidiu eleger o mercado financeiro como o adversário da vez de modo a empreender um embate de modo a sustentar seu discurso.

Ele reclamará não apenas do BC, pela impossibilidade de escolher alguém que, em lugar de ser o guardião da moeda seja o defensor de suas teses macroeconômicas. Também vai continuar se queixando da má vontade dos agentes econômicos com seu Governo tentando relacionar a questão da fome (um tem mais do que pertinente) com a questão dos gastos (que chama de investimentos) públicos.

O problema desse discurso é que no dia seguinte são os operadores do Governo que têm que pagar as taxas de juros cobradas pelos bancos pela rolagem dos títulos públicos da União e sentirem como eles estão disparando no longo prazo.

O discurso de Lula da Silva com os reitores de universidades e institutos federais, a maior parte com conhecimento das noções de macro economia, é estratégico. Ele sabe que os juros (Selic) estão a 13,5% não vão baixar, ao menos até o fim do primeiro semestre. E que esse é um movimento global de todos os Bancos Centrais, inclusive, o FED americano.

Sabe também que dificilmente a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) vai reduzir a taxa de 13,75% ao ano. Assim como ele sabe que a fixação da meta de inflação de 3,25% deve ser perseguida por ações concretas do Governo; E que isso lhe tira o discurso de que crescimento com inflação é tolerável por que gera renda.

O presidente, definitivamente, não é como Jair Bolsonaro uma pessoa que não conhece de economia. Lula interessa-se, ler e aconselha-se muito bem sobre o que faz os juros subir e a inflação descer. E é isso que lhe permite construir um discurso político para ir ao embate como líder que deseja eliminar a fome e reduzir a pobreza.

Todas as pessoas minimamente informadas desejam isso. E mais ainda os agentes econômicos que sabem que num país com as características da economia brasileira gerar renda é fator de crescimento direto pelo potencial de consumo hoje reprimido, exatamente pela redução da renda na ponta.

O presidente sabe muito bem que quando a economia vai bem, seu prestígio melhora. O que Lula deve ter percebido é que Jair Bolsonaro não lhe deixou um país com as bases de crescimento como Fernando Henrique e que ele, rapidamente, catapultou. E viu que fazer o Brasil voltar a crescer vai exigir mais expertise e eficiência da gestão que o discurso quixotesco.

Mas ele não está disposto a pedir tempo. Isso foi possível perceber já transição e nas promessas – todas mais do que justas – do salário mínimo à atualização da tabela do imposto de renda; do pagamento no Bolsa Família de R$ 150 por filho e retomada do Minha Casa Minha Vida.

O que ele não percebeu é que essa “lista de desejos” vai exigir tempo, articulação de suas equipes e processamento operacional. E orçamento. Isso é o que vai travar as entregas e aumentar a pressão dos destinatários.

Mas como Lula é do ramo, ele já tratou de encontrar culpados pelas não entregas. E aí, taxa de inflação, Selic desorganização do aparelho do Estado viram argumento. Isso é Lula sendo mais do que nunca Lula da Silva.
Cidadãos portugueses, incluindo brasileiros com dupla cidadania, poderão requerer o visto Tratado de Investidor (conhecido pela sigla E2) para morar e trabalhar nos Estados Unidos. Isso significa que uma pessoa que tenha US$ 100 mil dólares para investir, pode pedir o visto, extensivo a cônjuge e filhos menores de 21 anos. Cerca de 400 mil brasileiros possuem a cidadania portuguesa e passam a ter o direito a solicitar o E2 para morar nos EUA. Mas atenção: o visto E2 não é o Green Card que permite o portador morar permanentemente nos EUA. Embora sua concessão de cinco anos possa ser renovada.
A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Recife), tem altas expectativa para o comércio do Recife no Carnaval. A entidade estima que haverá um incremento entre 10% e 12% nas vendas deste ano no comércio do Recife, comparado com 2022. A lista de produtos mais procurados inclui fantasias, adereços, camisas, calçados, cosméticos, tecidos, material para acabamento como pedrarias. A lista envolve ainda insumos para bares e restaurantes e matéria-prima para costureiras, contratação de profissionais para instalação de som, decoração e iluminação em eventos e serviços de estamparias para roupas e tecidos.

A empresa Gartner, líder mundial em pesquisa sobre as remessas mundiais de computadores revelou no último trimestre de 2022 forma vendido de 65,3 milhões de computadores. É o é o maior declínio trimestral desde 1990. Em 2022, o mercado global de PCs atingiu 286,2 milhões de unidades, em uma queda de 16,2% em relação ao ano anterior. A avaliação é que as empresas estão estendendo os ciclos de vida dos equipamentos e atrasando as compras ampliando os níveis de estoque de PCs. Mas existe a interpretação de que baixa oferta de equipamentos causada pela alta demanda e pelas interrupções na cadeia de suprimentos até 2021.

A Petrobras informa que superou a meta de produção de óleo e gás natural e chegou a 2,684 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), superando a meta de 2,600 milhões de boed em 3,2% em 2021. A companhia iniciou a produção de duas novas plataformas ao longo do ano de 2022. Ao longo de 2022, foi alcançada a capacidade máxima de produção de óleo das plataformas P-68, nos campos de Berbigão e Sururu, e do FPSO Carioca, no campo de Sépia.

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É jornalista desde 1977 e formado pela Unicap. É Mestre em Ciências da Linguagem desde 2018. Já atuou no Jornal do Brasil, O Globo e Diário de Pernambuco. Assina a Coluna JC Negócios desde 1998, tendo apresentado programas de Economia nas TVs Tribuna e Jornal. Escreve sobre mídia digital e apresenta o programa Momento Econômico na Rádio Jornal de segunda a sexta, às 17h30
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